O Sindicato dos Geólogos no Estado de São Paulo – SIGESP – foi fundado e oficialmente reconhecido pelo Ministério do Trabalho em 11 de janeiro de 1980, cuja representação de classe foi precedida pela AGESP – Associação Profissional dos Geólogos no Estado de São Paulo que, desde meados de 1968, iniciava o trabalho de organização da categoria dos Geólogos em prol de maior fortalecimento e reconhecimento profissional. Por isso, suas trajetórias, como Associação e como Sindicato estão unidas.
O interesse na transformação da Associação Profissional (AGESP) em Sindicato (SIGESP) já era antigo e tornou-se público através da Circular 1/71, divulgada pela diretoria empossada naquele ano, em que manifesta esta providência como um dos principais objetivos da gestão, visando possibilitar uma luta oficial por melhores salários e condições de trabalho.
Não obstante à existência do sindicato, a própria Associação assumia demandas similares a estas, como pode-se perceber através da Circular 2/71 (entre outras), sendo: obter reconhecimento e representatividade junto ao CREA; divulgar eventos da categoria como Congressos, cursos e palestras; elaborar pesquisa salarial; apoiar a formação de outras associações e da FENAGE, a Federação Nacional dos Geólogos, que coordena a ação de todas as entidades desta classe profissional; realizar excursões; coordenar o interesse do grupo representado; manter a bolsa de empregos, divulgando e gerando oportunidades profissionais; publicar informativos periódicos; entre outros.
Até 1971 existiam no Brasil 6 Associações Profissionais de Geólogos: AGESP, AGEG (Associação dos Geólogos do Estado da Guanabara), APSG (Associação Profissional Sul-Brasileira de Geólogos), AGECO (Associação dos Geólogos do Centro-Oeste) e AGEPE (Associação dos Geólogos de Pernambuco). Neste sentido, era intuito da associação incentivar a formação de um maior número de associações de geólogos, bem como o aumento do número de associados, para, entre outros objetivos, possibilitar o reconhecimento da categoria junto ao CREA, uma vez que o número dos engenheiros estava entre milhares e o de geólogos apenas somava algumas centenas de profissionais.
Ainda pelas gestões subsequentes, os objetivos e atividades eram mantidos, ampliando a cada dia o impacto e a visibilidade de sua atuação. Por volta de 1975, outros assuntos passaram para a pauta da AGESP, como por exemplo a necessidade de denunciar a situação de empresas irregulares e geólogos estrangeiros no setor de mineração brasileiro. Deste modo, intervia junto às autoridades nacionais para a reversão do quadro, como vemos no trecho a seguir:
Entre os anos de 1977 e 1979 ocorria a fase de transição. Através da Circular 002/79, todos os associados foram convidados para uma mesa redonda no dia 29 de março para debate sobre o tema, dando continuidade aos trabalhos do “Programa de Transformação da AGESP em Sindicato”, que fora aprovado em Assembleia Geral realizada em dezembro de 1977.
O debate de 79 contou com o apoio dos convidados: Jon Maitrejean – Presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo, com o tema “ Vantagens e desvantagens da transformação em Sindicato” e David Morais – Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, com o tema “O Papel do Sindicato na Defesa do Profissional”.
O processo de transformação, até 1979, já havia sido aprovado pelo MTB de São Paulo e tramitava em Brasília naquele ano, com previsão de obtenção da carta sindical até fevereiro de 1980, feito que foi conquistado dentro do prazo previsto, consolidando-se em janeiro.