Newsletter ECD #127

A “nossa” Newsletter, junto com o “nosso” Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas e dicas que nem todo mundo tem acesso e de dar voz a vocês que comentam, sugerem, indicam, debatem comigo aqui, reconhecendo a importância de todas e todos vocês para o mercado e para o planeta.

É um motivo de orgulho ter vocês aqui conosco lendo, comentando, enviando sugestões, debatendo semanalmente as principais notícias do Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, ambientalismo, saúde, filmes, livros, músicas, teorias para adiar o fim do mundo e outras coisas, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter, pode mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #125 e algumas anteriores

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-125     

Aproveito e recomendo aos Geólogos que se filiem ao sindicato, isso é muito importante para toda a sociedade.

 

Gostaria de relembrar que temos uma campanha no “Apoia.Se” para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos nessa Newsletter e no Podcast. A campanha, para quem quiser e puder contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples, você escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. A transação é segura como qualquer compra online e mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente.

Agradeço demais aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Augusto Amável, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Bruno Bonetti, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Geotecnysan, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, João Lemes, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Larissa dos Santos, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marina Melo, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Renato Kumamoto, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 7 apoiadores anônimos.

 

Gostaria também de convidar vocês a ouvir os primeiros episódios do Screening de Notícias, nosso mini-podcast derivado do nosso Podcast Áreas Contaminadas, apresentado por Lillian Koreyasu Riyis. A ideia com o SdN é trazer as principais notícias do GAC, meio ambiente, economia, saúde e de outros assuntos relacionados, fazendo comentários da nossa visão sobre os fatos, da mesma forma que aqui na Newsletter, mas em formato “podcastal”. Espero que gostem. Temos 07 episódios no ar!!!!!

 

Episódio #132 do Podcast Áreas Contaminadas foi ao ar, com um pouco de atraso, na última sexta (25/11). Foi um episódio daqueles mais curtos, técnicos, direto ao ponto, pensados para ajudar mais as pessoas que trabalham no dia a dia do GAC e fazem as coisas acontecerem e nem sempre podem participar dos grandes fóruns de discussão, a chamada “Base da Cadeia Alimentar”.

Eu não sou químico, tampouco a química faz parte da minha especialidade, então, possivelmente cometi alguns erros e imprecisões, e espero que os ouvintes que conhecem mais essa ciência me desculpem e me enviem as erratas!!!

Mas eu me senti com a “obrigação” de falar sobre esse assunto por alguns motivos: primeiro porque muita gente que me ouve está iniciando na área, ou é de um setor específico dentro do ecossistema do GAC (amostragem, sondagem, acompanhamento de campo, escrita de relatório) e quer ter uma visão mais global do nosso setor. Nós, no Podcast e na Newsletter, temos a pretensão de cobrir os principais temas da nossa ciência para que todo mundo tenha um entendimento básico adequado para trabalhar e evoluir no GAC, então, a nossa proposta, a nossa “obrigação” é falar de tudo, ainda que não seja a minha especialidade.

Segundo, porque a Química é uma ciência fascinante, eu adoro entender mais a química, ler sobre o assunto, compreender como funcionam as coisas, e dentro do GAC, é uma ciência fundamental. Na minha opinião, entender a Química é essencial, eu diria até que é obrigatória para realizarmos um trabalho minimamente adequado dentro do GAC. Terceiro, porque um aluno nosso do curso de Pós em Remediação de Áreas Contaminadas, o Marcio, um cara muito legal e aluno muito dedicado, me pediu há algum tempo para fazer um episódio com esse tema, pois ajudaria muito profissionais como ele e como vários amigos dele, que sentiam essa lacuna, afinal cursos de química são extensos, complexos, e tratam da Química como um todo, e o profissional que está na nossa área precisa começar pelos conceitos que ele trabalha no dia a dia, para aí sim, voltar na formação completa em Química. Esse episódio tenta preencher essa lacuna.

Por fim, minhas recentes conversas com o Silvio, com o Rafael Sato e com o Michel, me estimularam, me ensinaram o suficiente para eu tentar me aventurar aqui nesse tema.

Espero que tenha ficado adequado e que ajude a nossa comunidade. Repito que estou a disposição para expor as erratas aqui. Quem tiver sugestões, recomendações, apontamentos, é só falar!!!!!

 

Episódio no Youtube: https://youtu.be/5zBkW5m5kCU

Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/episode/2EP0UQcJWYnGDVKMdO2qLB?si=RBKWcbGDQqG2Si0XyhfTUg

Episódio no Apple Podcasts: https://podcasts.apple.com/br/podcast/epis%C3%B3dio-132-qu%C3%ADmica-aplicada-ao-gac/id1513230638?i=1000587438054

 

 

Na próxima semana, teremos o Episódio #133 do Podcast Áreas Contaminadas. Nele, conversarei sobre dois temas muito importantes, que foram temas de trabalhos apresentados na II Conferência AESAS sobre GAC: Atenuação Natural Monitorada e o uso do QGIS como ferramenta gratuita e muito eficiente de gerenciamento de projeto de investigação de área contaminada. Essa conversa foi muito interessante, pois falei com o autor e apresentador desses dois trabalhos na Conferência, o meu amigo Diego Silva. Mais uma vez foi uma conversa muito legal, que aprendi bastante. Foi também muito esclarecedora. Se você tem dúvida, questionamento ou interesse por algum desses temas, não perca o episódio #133, na próxima quinta.

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Falando sobre o nosso Podcast, nessa semana que passou, estive com Michel Tognoli e Rafael Sato em um projeto um pouco diferente: fizemos a gravação de um episódio especial, em um estúdio apropriado. Será um episódio em áudio e em vídeo. Me senti como os jovens falam por aí: não tenho nem roupa para apresentar esse podcast!!!!! Em breve!!!!

 

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Lucas Venciguerra, Deivid Migueleti, Daniela Alarcon. Obrigado, pessoal!!!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: Cetrel (Geólogo/Engenheiro Sênior), Antea (Técnico de Campo), Lazzarini (Estágio), Geoambiente/Rio Preto (Técnico de Campo), , Antea (Técnico de Campo), Lazzarini (Estágio), Geoambiente/Rio Preto (Técnico de Campo), Raízcon (Analista Pleno). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- A dica de música de hoje ficou a cargo da Daniela Alarcon, que nos brindou com o maravilhoso texto abaixo, sobre uma perda enorme (mais uma) para a Música Popular Brasileira na última semana. Dani fala de Erasmo Carlos:

 

Ficaram as canções, e você não ficou  


Este mês de novembro não está fácil para a MPB. Depois de Gal e Boldrin, foi a vez de mais um grande nome da música brasileira se despedir. Com seus 1,93 m de altura e personalidade unanimemente amável, Erasmo Carlos era chamado pelos amigos de Gigante Gentil e marcou a memória de várias gerações, desde a Jovem Guarda, passando por pérolas do rock nacional e até os hits inesquecíveis e sucessos de rádio interpretados por incontáveis vozes consagradas e que, arrisco dizer, TODO MUNDO sabe cantar.

 

Criado por uma mãe solo no subúrbio carioca, Erasmo explodiu ainda jovem como Tremendão e nunca parou de produzir. Foram 50 anos de carreira e mais de 600 composições deixadas, entre as quais fica impossível não citar a genial parceria dele com Roberto Carlos. Uma coincidência triste sobre as composições dos dois está a canção Meu nome é Gal, que chegamos a mencionar na ocasião da morte da cantora. Gal Costa morreu menos de duas semanas antes dele.

 

A obra de Erasmo falou de rebeldia (eu sou terrível ♫, é proibido fumar), gentileza (eu não quero mais conversa com quem não tem amor ), existencialismo (é preciso saber viver ), amores e desamores (detalhes tão pequenos de nós dois ♫; devolva-me; do fundo do meu coração, não volte nunca mais pra mim ); e além de tabus envolvendo gênero (em “sexo fágil” ou “um homem pra chamar de seu, mesmo que seja eu”, na voz de Marina Lima) e sexualidade (com destaque para o disco de inéditas "Sexo" lançado por ele em 2011 com parcerias de Arnaldo AntunesAdriana CalcanhottoNelson Motta e Liminha).

 

A quem tiver a oportunidade, fica a recomendação da autobiografia “Minha Fama de Mau”, que traz muitas curiosidades sobre sua vida - incluindo a infância como vizinho de Tim Maia - suas histórias de sucesso e também as dores das perdas que teve ao longo da vida. O livro virou filme em 2019 e está disponível para assistir no Youtube por R$ 3,90 - fica a dica para a sessão pipoca deste domingo.

 

Para escutar, a sugestão é As Canções que Você Fez pra Mimálbum de Maria Bethânia lançado em 1993 só com composições de Roberto e Erasmo. Foi, até agora, o disco mais vendido da carreira dela. [Mas prepare o lencinho, porque é de doer o coração.]

 

E a canção que escolhemos para encerrar essa homenagem é Além do Horizontecantada nesta versão pelo próprio Erasmo, cuja letra fala por si.

 

Além do horizonte deve ter

Algum lugar bonito pra viver em paz

Onde eu possa encontrar a natureza

Alegria e felicidade com certeza.


Lá nesse lugar o amanhecer é lindo

Com flores festejando mais um dia

Que vem vindo

Onde a gente pode se deitar no campo

Se amar na relva escutando

O canto dos pássaros

 

Aproveitar a tarde sem pensar na vida

Andar despreocupado sem saber

A hora de voltar

Bronzear o corpo todo sem censura

Gozar a liberdade de uma vida sem frescura.

 

Se você não vem comigo tudo isso vai ficar

No horizonte esperando por nós dois

Se você não vem comigo nada disso tem valor

De que vale o paraíso sem amor?

 

Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranquilo pra gente se amar...

 

Valeu, Erasmo!!!!!!

 

- Anuncio, com muita alegria, que estão abertas as inscrições para o processo seletivo da 10ª turma de Pós-Graduação em Remediação de Áreas Contaminadas no SENAC. As aulas vão se iniciar em março/2023. O curso tem duração de 1 ano, com aulas aos sábados, normalmente presenciais, e aulas online em um dia da semana (terça ou quinta). Mais informações e inscrições no site: https://www.sp.senac.br/centro-universitario-senac-santo-amaro/pos-graduacao/pos-em-remediacao-de-areas-contaminadas?inscricao=true

 

- Como vocês devem ter ficado sabendo, essa semana tivemos uma notícia grandiosa para o GAC, provavelmente a maior desde que começamos a escrever essa Newsletter: O ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, em uma de suas questões de Química, usou, como pano de fundo, o Gerenciamento de Áreas Contaminadas, mais especificamente uma Técnica de Remediação por Oxidação Química In Situ (ISCO) com uso de persulfato de sódio. A questão não foi sobre o GAC em si, ou seja, o Gerenciamento de Áreas Contaminadas não é um conhecimento necessário para estudantes do ensino médio, mas é um belo “cenário” para uma questão. O ENEM procura sempre contextualizar as suas questões. Para quem é mais antigo, vai certamente se lembrar das questões de vestibulares nos anos 80-90 que eram fortemente baseadas em conhecimento “decorado”, fórmulas memorizadas por musiquinhas mnemônicas, e coisas desse tipo. Há alguns anos, o tipo de questão vem mudando, especialmente no ENEM, para questões que levam à reflexão e que buscam avaliar não o conteúdo memorizado, mas sim a capacidade de interpretação e de relacionar os conceitos com o “mundo real”, com a vida das pessoas. Isso para nós é muito bom, pois mostra que o GAC deve fazer parte do dia a dia das pessoas “comuns”, da preocupação dessas pessoas com a saúde pública e com o meio ambiente. Isso me lembra os vários projetos engavetados aqui de tornar o GAC mais conhecido fora do nosso meio, também uma conversa há dois anos com Leonardo Marquesani nesse sentido e o episódio #111 do Podcast, com o próprio Leonardo, mais a Cristina Maluf, Mateus Evald e Otávio Rodriguez, falando sobre a Conferência Battelle e uma palestra muito importante que eles viram lá justamente sobre a necessidade de uma melhor comunicação. Em resumo, é muito importante trabalharmos para que a sociedade compreenda o GAC e seu papel na promoção da saúde pública e de um ambiente equilibrado para todos. Que venham mais questões sobre o GAC!!!!!

 

- Outra notícia muito importante da semana, ligada diretamente ao GAC: Nos bastidores, muita gente tem especulado como vai ficar a Cetesb no novo governo paulista, de Tarcísio de Freitas, quando ocorrerá uma mudança de grupo político que está à frente do estado de SP desde Franco Montoro, em 1982. Todos nós sabemos que, se a Cetesb se enfraquecer, as exigências para o GAC ficarão menores e, se essas exigências diminuírem, certamente o mercado de investigação e remediação ficará menor, pois ninguém imagina os Responsáveis Legais, voluntariamente, fazendo mais do que é exigido pelos órgãos ambientais para reabilitar a sua área, certo?

Na sexta houve uma sinalização importante: o governador Tarcísio anunciou que haverá uma “fusão” entre a Secretaria de Transportes e Logística com a Secretaria da Infraestrutura e Meio Ambiente (que tinha sido criada também em uma fusão pelo ex-Governador João Dória). A Cetesb estará nessa nova supersecretaria, junto com DAEE, Sabesp e outras. Nós já sabemos que, quando há uma fusão, a tendência é “buscar sinergia” e, na prática, reduzir custos, investimentos e pessoal. Na minha visão, é um sinal problemático, pois subordina o Meio Ambiente aos grandes interesses econômicos de transportes, logística e infraestrutura. Se o Meio Ambiente tem um “status” equivalente já é difícil, imaginem se ficarmos subordinados a uma pasta dessa. Tarcísio também disse que vai colocar pessoas de sua estrita confiança para cuidar da infraestrutura paulista. Sem entrar no mérito da infraestrutura em si, nós tivemos no período em que Tarcísio foi ministro, uma amostra da preocupação desse grupo político com o meio ambiente. Penso que teremos novidades em breve, e não serão muito boas.

Enfim, o nome da nova secretária foi anunciado: Natália Resende, procuradora federal e ex-consultora jurídica do Ministério da Infraestrutura com Tarcísio. Vamos aguardar

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/tarcisio-vai-criar-supersecretaria-com-meio-ambiente-infraestrutura-logistica-e-transporte,2be07e832f5b1e8e112be51c32ac66e9b7g2sdog.html

 https://diariodotransporte.com.br/2022/11/25/tarcisio-de-freitas-anuncia-advogado-para-a-casa-civil-e-uma-procuradora-federal-para-nova-supersecretaria-que-reunira-transportes-infraestrutura-e-meio-ambiente/

 

- Lucio Alexandre, como complemento ao Episódio #132, dedicado à Química Aplicada ao GAC, me sugere, no LinkedIn, um texto de sua autoria, falando sobre a Química Ambiental, e aponta as referências básicas para o seu entendimento. Leiam o artigo do Lucio no LinkedIn: https://www.linkedin.com/pulse/conhe%C3%A7a-qu%C3%ADmica-ambiental-lucio-alexandre/

 

- Aqui um vídeo bem didático e interessante sobre hidrogeologia, falando de conceitos importantíssimos como porosidade, armazenamento específico e vazão específica, tendo como base um “aquífero” experimental que é um copo com areia e cascalho. Mas dá para entender muito bem o conceito. https://www.youtube.com/watch?v=TG49dDFozOQ&t=17s

 

- Outro vídeo, uma indicação de Lucas Venciguerra, é da Solinst do Canadá explicando como funciona um poço CMT. Falamos um pouco sobre esse tipo de dispositivo, que é um “poço multinível em um único furo”, em outras ocasiões, mas esse vídeo é muito legal e dá para vocês terem a visão de como funciona. Como curiosidade, esse CMT foi desenvolvido pelo grande Murray Einarson, um dos maiores nomes da investigação de áreas contaminadas do mundo. https://www.youtube.com/watch?v=2UYg2R080j0

 

- Outro vídeo que indico é esse aqui, que fala especificamente sobre coeficiente de armazenamento. O vídeo é muito interessante, não só pelo conceito em si, que já seria extremamente relevante para nossa atividade no GAC, mas pelo que nos leva a pensar. Todo meio vai ter um coeficiente de armazenamento. Quando tomamos banho, não é 100% da água que escorre pelo nosso corpo, mesmo que nosso corpo esteja perpendicular à horizontal, portanto, a favor da gravidade (tudo bem que alguns, como eu, têm uma certa protuberância abdominal que suaviza a verticalidade, mas vocês entenderam, certo?). Ou seja, mesmo em uma condição muito favorável ao escoamento, a nossa pele retém parte das gotas de água pela tensão superficial, e isso ocorre com qualquer coisa: um veículo na chuva, as folhas das árvores, etc. Imaginem então o que acontece nos poros do solo. Compreender isso é muito importante para as nossas investigações e, especialmente, para as nossas remediações. Não é só porque há um gradiente que a água vai toda para onde nós queremos. Muito dessa água, que pode estar contaminada, vai ficar armazenada pela tensão superficial, e só vamos acessá-la amostrando a superfície que a está “segurando”, ou seja, o solo. Enfim, assistam ao vídeo, é muito interessante. https://www.youtube.com/watch?v=SPunca56Vds

 

- Dica de Lucas Venciguerra: um arquivo bem grande, com todos os resumos da conferência sobre remediação de áreas contaminadas que ocorreu agora em 2022 na Austrália. Pelo que podemos ver nos resumos, um evento também bem grande, equivalente à nossa II Conferência AESAS. Vejam os resumos!!!! Proceedings - 9th International Contaminated Site Remediation Conference – Adelaide, Australia     https://www.dropbox.com/s/t5jlk9abpoixw19/CleanUp_2022_proceedings_Rev_A_2UP_SEC_FINAL_10.09.22.pdf?dl=0

 

- Dentro dos assuntos ambientais que temos tratado aqui, em muitas ocasiões entra o termo “Antropoceno”, que seria uma nova Era Geológica, representado pelo período em que o ser humano causou mudanças no ambiente tão severas que essas mudanças afetam o planeta como um todo de maneira irreversível. Lívia Oliveira critica o uso do termo, ao chamar para a discussão a tabela internacional estratigráfica e o chamado “tempo geológico”. Ali, se estabeleceu que estamos no Holoceno. Muitas vezes eu me referi ao período atual e às mudanças ambientais profundas (que talvez sejam até geológicas) como “Capitaloceno”, que acho mais apropriado que Antopoceno. Mas vamos ler quem realmente entende do assunto, leiam o artigo da Livia, mais uma indicação de Lucas Venciguerra: https://igeologico.com.br/antropoceno/

 

- Dentro desse tema, vídeo bem legal de David O’Neal falando sobre Limites do Crescimento. É possível haver um crescimento econômico infinito? O vídeo faz um paralelo do atual conceito do Decrescimento com a 2ª grande publicação ambientalista, após o Primavera Silenciosa, que é o “Limites do Crescimento”, de 1970, que muita gente chamou de “Relatório Meadows”. Muito interessante, vale a pena assistir: https://www.youtube.com/watch?v=IGEpiIJeh5I

 

- Deivid Migueleti recomenda texto muito interessante: Um jovem guatemalteco de 24 anos, Daniel Núñez, ficou orgulhoso em ter uma foto sua escolhida pelo Museu da História Natural de Londres como a foto do ano na categoria “vida selvagem”. Núñez disse: “Não planejei essa foto. Eu estava pilotando meu drone e quando vi aquele momento, pensei: 'tenho de capturar isso porque é uma maneira de mostrar o mau estado do Lago Amatitlán.". O Amatitlán é um lago na Cidade da Guatemala. A imagem, belíssima, mostra como uma microalga, que cresce descontroladamente no lago devido à poluição, tinge a água de um verde fosforescente e espectral durante os meses mais quentes do ano. Uma foto muito bonita de um problema ambiental gravíssimo decorrente da contaminação da água. Curiosamente é também um demonstrativo do Racismo Ambiental, como apontou o Deivid. O lago é dividido em dois, porque no Século XIX foi construída uma ferrovia atravessando o lago, e para fazer a ferrovia, construíram uma barragem, que dividiu o lago. A parte norte é bastante poluída, causando o problema com as microalgas que gerou a foto. A parte sul está em condição muito melhor, onde mora a população mais rica, não há indústrias, nem aporte significativo de esgoto. Leiam a reportagem e vejam a foto maravilhosa. https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63629754

 

- Coincidentemente, Lucas Venciguerra me enviou outro texto sobre o Racismo Ambiental, esse do WWF no LinkedIn. O texto destaca o Racismo Ambiental “local”, onde os mais pobres são mais afetados pelos problemas ambientais locais, e também o Racismo Ambiental “global”, onde os países em desenvolvimento e mais pobres costumam ser escolhidos para instalação de indústrias poluidoras, além de sofrerem mais com os impactos da emergência climática, mesmo quando não estão na lista dos maiores emissores de gases de efeito estufa. De acordo com o IPCC, a mortalidade causada por tempestades, enchentes ou secas é 15 vezes maior em países de alta vulnerabilidade comparativamente aos países ricos. https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7000095600213921792/?utm_source=share&utm_medium=member_android

 

- Flávio Ferlini Salles, que foi meu convidado no Episódio #128 do Podcast, lançou, junto com seu amigo Fernando Thuler, o Podcast “Par e Ponto”, dedicado a conversar semanalmente com pessoas que falam de questões ambientais globais, mas tentando aproximar essas grandes questões do dia a dia das pessoas. No primeiro episódio, eles entrevistam Gilberto Natalini, que, entre muitas outras coisas foi vereador da cidade de São Paulo, é médico, é militante político e ambientalista há muitos anos. Ele chegou a lutar contra a ditadura militar no final dos anos 60, então a luta dele realmente já é antiga. Boa parte de sua carreira política foi no PSDB, atualmente ele está no PV (desde 2011). Natalini fala de assuntos bem interessantes em uma conversa muito agradável. Ouçam o Par e Ponto: https://www.youtube.com/watch?v=QbTOLsmdTRI

 

- Falando em Podcasts ligados à nossa área, o episódio #050 do Podcast da Nicole Latin America traz Bianca Brandizzi para falar de economia circular. É muito interessante. https://www.youtube.com/watch?v=Z3Y2SqrY3G8

 

- Outro texto bem legal do Igeológico, indicado por Lucas Venciguerra, é esse escrito por Jhonatan Magalhães, que fala sobre como é o curso de graduação em Geologia. Para quem está lendo aqui e ainda em dúvida sobre qual curso fazer, ou tem irmãos, primos, amigos mais jovens, em idade de escolher a carreira, essa é uma indicação interessante. http://igeologico.com.br/graduacao-em-geologia/

 

- Há algumas semanas falamos sobre o desaparecimento dos caranguejos do Ártico, os famosos “snow crabs”. Spencer Roberts, um jornalista ambiental, fez um trabalho extenso sobre o fenômeno, que é muito interessante, olhando por muitos ângulos diferentes. Mas gostaria de chamar a atenção de vocês para um ângulo, que tem tudo a ver com o GAC: muitas vezes, as populações dos Snow Crabs eram superestimadas, porque os pesquisadores faziam uma amostragem no mar em um ponto e extrapolavam essa amostra para um volume gigantesco de mar. Acontece que os Snow Crabs se aglomeram em “pods”, criando por conta própria um verdadeiro “efeito pepita” da sua população. Imaginem pegarmos uma única amostra de solo junto à fonte, analisarmos a concentração, digamos, de PCE, e extrapolarmos essa concentração para o volume de solo da área inteira, teremos uma massa de PCE maior que a que foi produzida no Brasil. Por outro lado, se coletarmos uma amostra no lugar errado, na profundidade errada, com o equipamento errado, preservada errada, teremos uma resposta também errada, de que “não há PCE no solo”. Então, é interessante vermos esse caso e traçarmos os paralelos com o GAC. Leiam a reportagem, é bem legal.  https://nautil.us/where-have-all-the-snow-crabs-gone-248247/

 

 

 

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (https://youtube.com/c/ecdtraining ) passamos dos 1200 inscritos!!!!!! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 487 inscritos, no Facebook (https://www.facebook.com/ecdambiental ) temos mais de 900 seguidores, e no Instagram (@ecdambiental) já passamos dos 1100 seguidoras e seguidores e 57 colaboradores financeiros no Apoia.Se.

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.

 

Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER

 

Marcos Tanaka Riyis

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