Newsletter ECD #128

A “nossa” Newsletter, junto com o “nosso” Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas e dicas que nem todo mundo tem acesso e de dar voz a vocês que comentam, sugerem, indicam, debatem comigo aqui, reconhecendo a importância de todas e todos vocês para o mercado e para o planeta.

É um motivo de orgulho ter vocês aqui conosco lendo, comentando, enviando sugestões, debatendo semanalmente as principais notícias do Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, ambientalismo, saúde, filmes, livros, músicas, teorias para adiar o fim do mundo e outras coisas, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter, pode mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #127 e algumas anteriores

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-127

Aproveito e recomendo aos Geólogos que se filiem ao sindicato, isso é muito importante para toda a sociedade.

 

Essa semana tivemos a honra de ter mais 2 inscrições aqui. Somos atualmente em 637. Sejam bem-vindos Henrique e Fernando!!!!!

 

Gostaria de relembrar que temos uma campanha no “Apoia.Se” para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos nessa Newsletter e no Podcast. A campanha, para quem quiser e puder contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples, você escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. A transação é segura como qualquer compra online e mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente.

Agradeço demais aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Augusto Amável, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Bruno Bonetti, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Geotecnysan, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, João Lemes, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Larissa dos Santos, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marina Melo, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Renato Kumamoto, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 7 apoiadores anônimos.

 

Gostaria também de convidar vocês a ouvir os primeiros episódios do Screening de Notícias, nosso mini-podcast derivado do nosso Podcast Áreas Contaminadas, apresentado por Lillian Koreyasu Riyis. A ideia com o SdN é trazer as principais notícias do GAC, meio ambiente, economia, saúde e de outros assuntos relacionados, fazendo comentários da nossa visão sobre os fatos, da mesma forma que aqui na Newsletter, mas em formato “podcastal”. Espero que gostem. Temos 07 episódios no ar!!!!!

 

Episódio #133 do Podcast Áreas Contaminadas foi ao ar, na última quinta (01/12). Sim, o primeiro do mês de dezembro/22, ou seja, esse ano já era, pessoal!!!!! Nele, eu converso mais uma vez com meu grande amigo Diego Silva. Quem quiser conhecer melhor a história dele, recomendo que ouça o episódio #020 e o episódio #059 (esse junto com Larissa Macedo e Willem Takiya, falando de Saúde Mental no GAC). Mas nesse episódio #133, ele fala de dois temas muito interessantes, os quais ele é um apaixonado especialista: a Atenuação Natural Monitorada e o uso do QGIS no GAC.

Esse episódio faz parte de uma série que quero fazer, trazendo pessoas que apresentaram trabalhos recentemente, tanto na Conferência AESAS quanto em outros lugares, para expor os trabalhos delas aqui, as descobertas, as limitações e as aplicações no GAC. Isso faz parte da nossa missão aqui, democratizar o acesso aos conteúdos técnicos que nem todos têm acesso.

Diego nesse episódio dá uma aula sobre a Atenuação Natural Monitorada e as três principais linhas de evidência para comprovar que essa atenuação vai ocorrer. Sobre esse tema, recomendo que vocês ouçam o Screening de Notícias #007, quando ele mesmo dá várias dicas de sites e materiais que falam desse tema, e o nosso episódio técnico #067, especificamente sobre Atenuação Natural, mas com um viés mais básico que o dele, que é bem aplicado, bem aprofundado e bem atual. A Atenuação Natural já é consolidada no nosso mercado, mas Diego nos dá uma dica muito importante: avaliar os dados que você já tem para que tenha um indicativo de que possa acontecer a atenuação. Junto com isso, ele recomenda que você peça alguns parâmetros a mais de análises químicas, por exemplo de doadores e aceptores de elétrons, que vai te ajudar a tomar algumas decisões.

Em seguida, ele dá uma 2ª aula, desta vez sobre o uso do QGIS, um aplicativo de SIG – Sistema de Informações Geográficas – muito famoso, mas pouco usado ainda no GAC. Além das funções “tradicionais” de SIG, como colocar atributos em pontos posicionados geograficamente, o QGIS permite também um gerenciamento e acompanhamento do projeto, uma visualização rápida dos dados coletados, e uma plotagem das informações como em outros softwares interpoladores, tudo no mesmo app, que tem uma extensão que faz a coleta de dados de campo de forma simples. E, ainda por cima, é um aplicativo gratuito de código aberto. Realmente algo que ajuda bastante no nosso dia a dia e deveria ser mais estimulado. Não sei o porquê de não ser um software largamente utilizado no GAC ainda.

Ah, e ainda por cima, ele nos deu uma lista sensacional de links úteis sobre Atenuação Natural que vocês podem consultar nesse link: http://www.ecdambiental.com.br/2022/11/links-episodio-133-do-podcast-areas.html

Por fim, gostaria de dizer que eu sempre aprendo muito conversando com o Diego em vários sentidos, não só no GAC, então fico super contente de ver o crescimento profissional dele e que, mesmo tendo uma vida super atribulada na consultoria, a generosidade dele ainda continua sendo a sua qualidade mais especial. Então, pessoal, peguem papel, caneta, separem uma horinha e ouçam essa sensacional aula dupla!!!!!

 

Episódio no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=FT2tsAH_3-o

Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/episode/7flnqSAgExZxcdiMKxpZTQ?si=71Z-oFuFSnixNKxbadRoZA

Episódio no Apple Podcasts: https://podcasts.apple.com/br/podcast/%C3%A1reas-contaminadas/id1513230638

 

 

Na próxima semana, teremos o Episódio #134 do Podcast Áreas Contaminadas. Nele, conversarei com Paula Ramos, Engenheira Ambiental, atualmente Diretora Técnica da Weber Ambiental. Tivemos uma conversa muito legal, onde ela falou sobre a história dela, que é muito interessante, e também nos deu uma bela aula sobre um tema em que ela é especialista: o Gerenciamento de Áreas Contaminadas por metano. Não percam!!!!!

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Falando sobre o nosso Podcast, em breve teremos um episódio super especial com Rafael Sato e Michel Tognoli gravado em um estúdio muito chique!!!!  Aguardem!!!!

 

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Lucas Venciguerra, Luiz Ferreira, Fabiano Rodrigues, Filipe Ferreira. Obrigado, pessoal!!!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: Cetrel (Geólogo/Engenheiro Sênior), Acqua Consulting (Coletor de amostras de água subterrânea), Lead (Gerente de Projetos e Coordenador de Projetos), Vsol, Arcadis (Digital), Reconditec (Qualidade). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- A dica de música de hoje é uma canção que ouvi recentemente, e ao ouvi-la, me lembrei de como ela se comunica com os tempos atuais, e de como ela traz uma mensagem de esperança por um mundo melhor. Não uma mensagem pueril, simplória, mas uma mensagem de quem está consciente dos problemas do mundo e, mesmo assim, acha que há saída, e essa saída deve ser coletiva, enquanto está nas pequenas coisas. Algo como “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás” . A música é de Nando Reis, escrita para seu filho Sebastião Reis, fala de coisas do cotidiano comum para quem tem filhos e que pega essas pequenas coisas do dia a dia para construir uma frase muito poderosa, frase que os pais falam para os filhos com a ideia de ajuda-los a compreender o mundo, se adaptar a esse mundo, e especialmente, transformar o nosso mundo. Ao mesmo tempo, essa fala é dos pais para si mesmos, como uma lembrança que as angústias da maternidade, da paternidade, são compensadas em muito quando vemos que nossos filhos percebem que “o Mundo é deles”. Então, como Nando Reis diz para seu filho, como todos os pais e mães dizem para seus filhos, quando as coisas estiverem confusas (geralmente nas proximidades do final de ano, elas ficam muito confusas), diga também para você mesmo que “o Mundo é Bão”

 

Por que o Sol saiu

Por que seu dente caiu

Por que essa flor se abriu

Por que iremos viajar no verão

Por que aqui o mundo não será cão

 

Quando o Goodzila atacar

Quando essa febre baixar

Quando o mamute voltar

Descongelado a caminhar na Sibéria

Quando invento, o mundo é feito de idéias

 

O mundo é bão, Sebastião

O mundo é bão, Sebastião

O mundo é bão, Sebastião

O mundo é teu, Sebastião

 

Como escrever certo o seu nome

Como comer se der fome

Como sonhar pra quem dorme

E deixa o cansaço acalmar lá em casa

Como soltar o mundo inteiro com asas

 

Tiranossauro Rex Tião

Dentro dos seus olhos virão

Monstros imaginários ou não

Por sorte somos todos os infernais

E agora eu vivo em paz

 

O mundo é bão, Sebastião

O mundo é bão, Sebastião

O mundo é bão, Sebastião

O mundo é teu, Sebastião

 

 

 

Original (clipe muito legal): https://www.youtube.com/watch?v=mQkCZJ44lBA

 

Versão muito legal, de Nando Reis & 2 Reis (os dois reis são os filhos dele: Théo e... Sebastião): https://www.youtube.com/watch?v=7Nka8Fz4EKc

 

 

- Anuncio, com muita alegria, que estão abertas as inscrições para o processo seletivo da 10ª turma de Pós-Graduação em Remediação de Áreas Contaminadas no SENAC. As aulas vão se iniciar em março/2023. O curso tem duração de 1 ano, com aulas aos sábados, normalmente presenciais, e aulas online em um dia da semana (terça ou quinta). Mais informações e inscrições no site: https://www.sp.senac.br/centro-universitario-senac-santo-amaro/pos-graduacao/pos-em-remediacao-de-areas-contaminadas?inscricao=true

 

- Fabiano Rodrigues nos indicou uma notícia muito interessante: A Prefeitura de São Paulo se comprometeu a entregar um lote de “casas modulares” para pessoas em situação de rua na Vila Reencontro, próximo à Ponte Pequena na Zona central/norte de São Paulo. Só que a área destinada aos containers (sim, as tais “casas modulares”) era uma antiga usina de asfalto, potencialmente contaminada, e que está no mesmo quarteirão de uma estação de transbordo que já foi um incinerador municipal, na Avenida do Estado, essa sim consta como área contaminada em processo de reutilização. A PMSP pediu um posicionamento da Cetesb, mas a área da Vila Reencontro não consta no Cadastro de Áreas Contaminadas. A Cetesb fez uma vistoria no local e constatou a existência de poços de monitoramento, indicando que alguma investigação foi feita no local. Em nota, a Cetesb informou que ainda não recebeu os resultados até o momento e que, após recebê-los, irá analisá-los para se certificar das condições ambientais do local. Minha leitura dessa parte da notícia é que eles coletaram água nos poços que estão lá e vão analisar e daí tirar alguma conclusão. Além dessa questão, a reportagem traz também um panorama da reutilização de áreas contaminadas na região central de São Paulo, que é bem interessante e nos aproxima do “público leigo”.  https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/11/08/vila-reencontro-prefeitura-de-sp-atrasa-entrega-de-casas-modulares-e-alega-que-espera-laudo-final-da-cetesb-sobre-situacao-do-solo.ghtml?fbclid=IwAR1QnLcUqStJR5P2CJBXoFHQllNP0HPbEo8e6IRp7mh8WY20YWq67qaztOg

 

- Acurácia do teste, precisão do teste e os falsos positivos: esse fio do Twitter é muito, muito interessante. Já falei sobre esse tema aqui em outra ocasião, mas novamente gostaria de falar sobre isso com vocês e traçar alguns paralelos. O médico José de Alencar conta a história de uma pessoa se vangloria de ter feito um teste “ultrapreciso”, com 99,9% de acurácia, e deu positivo para uma doença muito rara (prevalência menor que 1 a cada 10 mil pessoas naquela condição). Esse é um caso que ocorre com certa frequência, é muito comum sermos induzidos ao erro de pensar que o teste tem 99,9% de chance de ser “verdadeiro”, portanto que a pessoa tem aquela doença rara. Muitos médicos pensam assim também, e a dúvida só é esclarecida com conhecimentos sobre “estatística Bayesiana”, que leva em conta a probabilidade pré-teste (no caso, 1 em 10.000). Sem entrar na matemática mais rigorosa, vamos pensar em uma população de 1 milhão de pessoas. Se a prevalência é 1 doente em 10.000, temos, nessa população, 100 doentes e 990.000 sadios. Se o teste tem acurácia de 99,9%, ele vai apontar, na população de 100 doentes, 99,9% de positivos, ou seja, praticamente certo. No entanto, na população de 990.000 sadios, ele vai apontar 99,9% dela como negativos. Só que vai errar em 0,1%, e 0,1% de 990.000 é mais ou menos 1000 pessoas, ou 10 vezes mais que os verdadeiros positivos. Assim, somando todos os testes positivos, temos 100 verdadeiros positivos em uma população de 1.100 testes positivos. Então, dentre todos os testes positivos, a probabilidade da pessoa ser um verdadeiro positivo é de 100/1100 ou somente 9%, o que é muito baixo!!! Embora 9% seja muito maior que 0,1%, não se deve tomar “medidas de remediação” com uma chance tão alta de um falso positivo. O correto seria repetir o teste, de preferência com outra metodologia e tomar esse 9% como probabilidade pré-teste, ao invés dos 0,1%. Ainda assim, um novo teste positivo teria 47% de chance de ser falso positivo. De acordo com o Dr. Alencar, essa é a única forma de se interpretar qualquer exame e isso, infelizmente, não é usado nas faculdades de medicina. Em resumo, na medicina baseada em evidências, “a clínica é a rainha”, ou seja, a avaliação global do paciente por um médico se sobrepõe à meros resultados de exames. Daí a gente pode traçar muitos paralelos com o GAC. Dá pra gente dizer que o “meio físico é o rei” e que só uma avaliação muito boa por um profissional experiente, capacitado e que entenda as heterogeneidades do meio físico valem mais que números (no PID, no HPT, no CPTu, no MIP, no “poção”, etc). Também dá pra dizer que não é para sairmos remediando a esmo sem entender a situação, exceto em casos de emergência real, de “vida ou morte”, que ocorrem, tanto na medicina quanto no GAC, mas não são todos os casos. E entender a situação não é fazer um teste pouco acurado (como um poço de monitoramento, uma avaliação no saquinho Zip, descrição tátil-visual), nem confiar cegamente em um teste, por mais acurado que seja (MIP, análises em laboratório), mas sim, devemos usar a nossa “avaliação clínica” e acumular várias linhas de evidência científica. Por fim, alguém pode perguntar: como podemos saber a prevalência, ou a probabilidade pré-teste antes de fazer o teste? Nas áreas contaminadas, isso ocorre muito: como sabemos as unidades hidroestratigráficas, o sentido de fluxo, a zona-alvo, a condutividade hidráulica, sem instalar um poço? A resposta é também bayesiana: não sabemos com certeza. Você deve estimar o melhor possível a probabilidade pré-teste e ir refinando essa probabilidade e fazendo novos testes, ou seja, buscando linhas de evidência para fazer o Modelo Conceitual. Na medicina, isso significa “a clínica é a rainha”. No GAC, significa: “amostrai o solo”.

https://twitter.com/josenalencar/status/1598023800805031936?t=5LpIYExHIA5OYCEjrIb76Q&s=08

 

- A Cetesb abre inscrições para processo seletivo de estagiários e estagiárias de Pós-Graduação Lato Sensu e Stricto Sensu. Há pagamento de bolsa auxílio e carga horária de 20 ou 30 horas semanais. Nossos alunos de Pós em GAC ou RAC estão habilitados a participar. https://cetesb.sp.gov.br/blog/2022/11/30/cetesb-inicia-processo-seletivo-de-estagio-para-estudantes-de-pos-graduacao/

 

- Luiz Ferreira indica reportagem que fala dos lixões em Pernambuco. O Tribunal de Contas do Estado dá prazo de 4 meses para que as últimas 10 cidades do estado acabem com os lixões. A existência de lixões é crime ambiental e, pela legislação atual (Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS), deveriam ter sido encerrados em 2014. Os municípios alegam falta de recursos e dificuldades nas licitações, tanto de instalação de aterros sanitários quanto de destinação a aterros em outros municípios. Um caso muito complexo, como podemos imaginar https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2022/11/29/tce-da-quatro-meses-para-que-cidades-acabem-com-lixoes-em-pernambuco-dez-municipios-ainda-cometem-esse-crime-ambiental.ghtml

 

- Reportagem impressionante do Repórter Brasil. Um documento especial que se propõe a contar um pouco sobre a elite da pecuária brasileira e a origem da carne que comemos. Uma das autoras, a Marina Rossi, diz que há boas chances de que o nosso churrasco tenha relação direta com o desmatamento da Amazônia. O documento chama “Nome aos Bois” e faz um “pente fino” nos 10 maiores pecuaristas do Brasil Os números são impressionantes. Tem parte escrita e parte em vídeo. Leiam e assistam: https://nomeaosbois.reporterbrasil.org.br/

 

- Dentro do que temos falado aqui na Newsletter sobre Racismo Ambiental e Ecofascismo, uma reportagem absurda que conta como os super ricos querem “espalhar seu DNA para melhorar o mundo”. Sim, é isso mesmo... Por exemplo, um casal bilionário do ramo de tecnologia de Dallas (Malcolm e Simone Collins) tem 5 filhos e planeja que cada um deles tenha 8 filhos por 11 gerações para que o DNA deles supere a população do planeta. Com a mesma ideia, Elon Musk tem 10 filhos e faz parte do grupo “movimento pró-natalista”, que, além da ideia de povoar o planeta com pessoas “intelectualmente superiores”, também usa de engenharia genética para fazer fertilizações in vitro e escolher os embriões “geneticamente mais promissores”. A ideia é que a linhagem da família se torne “cada vez mais superior”. Musk “justifica” a ideia citando o filme de comedia “Idiocracia”, de 2006, que fala que o mundo ficou um lugar pior (imaginem só...) porque os “mais inteligentes”, no início do Século XXI, abdicaram de ter filhos, deixando “os idiotas” povoarem o planeta. Musk diz que o filme é como um documentário, e é necessário que “os sábios”, “os inteligentes” tenham muitos filhos, para que o mundo se torne um lugar melhor. Bom, não tenho nem como comentar isso, o grau de pobreza emocional, eugenismo, racismo, fascismo, disfarçado de “preocupação com o planeta”. Chega a ser inacreditável, mas infelizmente é verdade. https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2022/11/30/startup-tecnologia-reproducao-humana-pro-natalismo.htm

 

- Filipe Ferreira indica um vídeo no Instagram, na verdade uma animação, que mostra a evolução da exploração de uma mina de cobre no Chile a Chuquicamata, que retira “só” 400 mil toneladas de cobre/ano e opera desde 1882. Impressionante. Será que tem impacto ambiental? https://www.instagram.com/reel/Cljxp6dDXND/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D

 

- Comissão Pró-Índio indica publicação que mostra o caso do maior complexo de barragens de mineração na Amazônia localizadas dentro de uma Unidade de Conservação, próximas a comunidades ribeirinhas. São 26 barragens de rejeito já instaladas em um único local, mais uma em construção e, ao menos, mais 16 novas previstas no município de Oriximiná, no Pará pela Mineração Rio do Norte. O autor Luiz Jardim Wanderley aponta o elevado grau de incertezas na gestão das estruturas, o que leva uma insegurança às comunidades quilombolas e ribeirinhas que estão a jusante das barragens – duas delas ficam a apenas 400 metros do Quilombo Boa Vista. https://cpisp.org.br/wp-content/uploads/2021/04/SerieEstudos_BarragensMineracao.pdf

 

- Mais de 50 Milhões de aves (isso mesmo, 50 milhões!!!!) morreram nos EUA por conta do maior surto de gripe aviária da História. Surtos recordes de gripe aviária também atingiram o Reino Unido e a Europa, bem como partes da África e da Ásia. Uma tragédia em várias camadas. A primeira é o risco da gripe aviária “saltar” para os humanos e gerar uma pandemia ainda pior que a atual. A segunda é morrer 50 Milhões de seres vivos. A terceira é o modelo de produção “industrial”, com o objetivo de maximizar o lucro. O sistema de criação de galinhas pelo agronegócio é reunir milhares de aves em gaiolas, sem nenhum bem estar e cheias de antibióticos.  É essa concentração gera enfermidades como a gripe aviária. Sobre isso, recomendo o livro “Pandemia e o Agronegócio” de Rob Wallace, uma pedrada!!!!! Wallace, um epidemiologista evolutivo estadunidense, diz que Agronegócio “é a junção perfeita de circunstâncias para surgimento de novas epidemias, e explica as relações entre desmatamento, agronegócio e o aparecimento de doenças”.

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63788143

Livro: https://elefanteeditora.com.br/produto/pandemia-e-agronegocio/

Entrevista do autor, fantástica: https://apublica.org/2021/04/rob-wallace-agronegocio-e-a-juncao-perfeita-de-circunstancias-para-surgimento-de-novas-epidemias/

 

- Por que o centroavante Embolo, nascido nos Camarões, joga pela Suiça? Por que há 4 belgas na seleção de Marrocos, que eliminou a Bélgica? Por que o descendente de liberianos Davies é estrela de uma seleção canadense com muitos atletas negros? Por que Granit Xhaka é odiado pelos sérvios? Por que Shaquiri, atleta suíço, comemorou um gol em 2018 fazendo um símbolo que parece uma “pomba da paz”? Por que Iñaki Willians nascido no País Basco, joga por Gana e seu irmão Nico Willians é nascido em Gana e joga pela Espanha? Tenho muitas críticas ao futebol como instrumento construtor da sociedade, mas adoro acompanhar futebol, especialmente durante a Copa. Gosto do jogo em si, da emoção, da tática, mas gosto ainda mais das relações entre geopolítica e o futebol. São muitas histórias legais, que nos ensinam muito. Para quem também gosta disso, um deles certamente é meu amigo Allan Umberto, indico vários canais. Um deles é o famoso podcast “Fronteiras Invisíveis do Futebol”, um spin-off do Podcast Xadrez Verbal. Outro, é um perfil fantástico do Twitter (também presente no Instagram) que é um dos que eu realmente gostaria de ter feito. Chama “Copa Além da Copa”. Recomendo que sigam e vejam as postagens que eles fizeram durante essa Copa-2022. Dá para aprender muito com um simples jogo

https://twitter.com/copaalemdacopa

https://www.instagram.com/copaalemdacopa/

 

- Hasan Toor, no Twitter, dá dicas de cursos online gratuitos de Harvard, especialmente em TI, como programação, Python, R, Data Science, Machine Learning, Desenvolvimento de Games, e outros. https://twitter.com/hasantoxr/status/1598228800403390467?t=eaVY_2k7wQlgVzLdWd7epw&s=08

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (https://youtube.com/c/ecdtraining ) passamos dos 1200 inscritos!!!!!! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 487 inscritos, no Facebook (https://www.facebook.com/ecdambiental ) temos mais de 900 seguidores, e no Instagram (@ecdambiental) já passamos dos 1100 seguidoras e seguidores e 57 colaboradores financeiros no Apoia.Se.

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.

 

Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER

 

Marcos Tanaka Riyis

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