Newsletter ECD training 116

A “nossa” Newsletter, junto com o “nosso” Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas e dicas que nem todo mundo tem acesso e de dar voz a vocês que comentam, sugerem, indicam, debatem comigo aqui, reconhecendo a importância de todas e todos vocês para o mercado e para o planeta.

É um motivo de orgulho ter vocês aqui conosco lendo, comentando, enviando sugestões, debatendo semanalmente as principais notícias do Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, ambientalismo, saúde, filmes, livros, teorias para adiar o fim do mundo e outras coisas, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter com os amigos, as amigas, podem fazer isso tranquilamente ou mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

 

Essa semana tivemos 8 novas inscrições na nossa Newsletter. Passamos dos 600, somos em Somos em 605 agora. Sejam bem-vindas e bem-vindos: Patricia, Lorrana, Maria, Danieli, Gabriel, Ana, Geraldo e Danilo!!!!!!

 

Como vocês já sabem, temos uma campanha no “Apoia.Se” para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC) e temas correlatos, com dicas, novidades, comentários, semanalmente nessa Newsletter e no Podcast. A campanha, para quem quiser e puder contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples, você escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. A transação é segura como qualquer compra online e mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente, sem muita dor de cabeça.

Agradeço demais aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Augusto Amável, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Bruno Bonetti, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Filipe Ferreira, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, João Lemes, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Larissa dos Santos, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marina Melo, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Renato Kumamoto, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Sandra Pacheco, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 6 apoiadores anônimos.

 

Gostaria de convidar vocês a ouvir os primeiros episódios do Screening de Notícias, nosso mini-podcast derivado do nosso Podcast Áreas Contaminadas, apresentado por Lillian Koreyasu Riyis. A ideia com o SdN é trazer as principais notícias do GAC, meio ambiente, economia, saúde e de outros assuntos relacionados, fazendo comentários da nossa visão sobre os fatos, da mesma forma que aqui na Newsletter, mas em formato “podcastal”. Espero que gostem. Temos 06 episódios no ar, o 7º está em produção.

 

Episódio # 122 do Podcast Áreas Contaminadas, foi ao ar na última quinta (08/09). Foi o primeiro de uma série que irá repercutir a II Conferência AESAS sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Para inaugurar essa série, nada melhor que um episódio com aquelas e aquele que conceberam, organizaram e mantiveram tudo aquilo em pé: Patricia Ruiz, Cinthya Hayane e Alexei Von Zuben, a maravilhosa equipe da Soldí Ambiental. Falamos sobre a ideia da Conferência, as mudanças da 1ª para a 2ª, os números tangíveis e os sentimentos intangíveis de quem pôde se reencontrar e se reconectar após 3 anos praticamente isolados. As muitas dificuldades e perrengues e também as coisas boas do evento. E claro, alguns causos dos 3 dias de Conferência.

A II Conferência AESAS sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas foi realizada no Centro Universitário SENAC, em São Paulo-SP, entre os dias 30/08 e 01/09/2022, três anos após a 1ª edição, com uma pandemia no meio. Todo mundo que esteve lá ou que ouviu relatos soube que o evento foi um grande sucesso, tanto de público, com mais de 1100 inscritos, quanto de patrocínio, com mais de 50 patrocinadores, científico, com mais de 200 trabalhos submetidos, e principalmente, sucesso “de crítica”, pois todo mundo que foi gostou. O sucesso da Conferência se deve muito à equipe que coordenou a organização e fez a interface entre AESAS, patrocinadores, SENAC e empresas terceirizadas, e essa é a Soldí Ambiental.

Além da conversa em si, o episódio foi uma oportunidade para agradecermos, retribuirmos o carinho deles e tornarmos conhecidas as pessoas que colocaram a mão na massa e realmente fizeram as coisas acontecerem

 

Episódio no Youtube: https://youtu.be/TWK60mv1Cso

Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/episode/1sOrmyPVXb75kbJI2lLQXD?si=xSos9Qi1RV2aM-QFz_q4aA

 

Temos planejados outros episódios sobre a Conferência, um deles já está gravado e publicaremos em breve, para mostrarmos diversas visões sobre o evento, mas não só isso, para tentarmos trazer para todo o mercado, principalmente para quem não pôde participar, os grandes temas e as grandes discussões que aconteceram naqueles três dias. Então, aguardem que ainda falaremos muito sobre o maior evento da América Latina sobre o GAC.

 

Na próxima semana, no Episódio #123, mostrarei uma conversa muito legal com um grande parceiro aqui da Newsletter, o Geólogo Lucas Venciguerra. Falamos sobre muitos temas que tratamos aqui e sobre a história e trajetória profissional dele. Falamos do Igeológico, da Pós que ele faz em Recursos Hídricos e GAC, do conceito de Racismo Ambiental, do software ETS3D, e de seu trabalho com os DGTs (Diffusive Gradients in Thin Films). Será um episódio muito interessante, não percam!!!!

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Agradeço demais a todos vocês que nos acompanham, ouvem, leem, comentam, mandam notícias, enfim, contribuem para que o nosso trabalho continue ajudando as pessoas do mercado!!!!

Mais uma vez, muito obrigado!!!!

 

Ainda sobre os nossos canais, resolvemos reativar nossa página no Facebook, que estava um pouco abandonada. Pretendemos fazer parte da nossa comunicação também por lá, pois muitos amigos e amigas nos pediram isso, pois acessam mais aquela rede social.

Enfim, para que vocês não percam nossas atualizações, se inscrevam na página da ECD: https://www.facebook.com/ecdambiental

 

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Lucas Venciguerra, Filipe Ferreira, Daniela Alarcon, Renato Kumamoto, Julio Vilar. Obrigado, pessoal!!!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: Raízcon (Estágio), Waterloo (Comercial Júnior e Comercial Pleno), ERM (Dados), Golder (Estágio), CPEA (Coordenação). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- A Princeton Groundwater está com as inscrições abertas para seu curso presencial entre 26 e 30/09. Será em São Paulo, no Mercure Jardins, com Paulo Negrão, Rodrigo Cunha, Douglas Larson, Robert Cleary e John Cherry. Informações e inscrições no site: http://www.princeton-groundwater.com/brasil

 

- A parceria SENAC e AESAS está com muitos projetos para esse 2º semestre. Um deles é um curso de Formação Continuada, de mais de 200 horas, em Gestão de Dados Ambientais. Esse curso será basicamente às segundas-feiras à noite, online e alguns sábados por mês, em encontros presenciais lá no SENAC. Vai ser algo novo, e muito importante para o mercado. Confira os detalhes em www.aesas.com.br/eventos ;

 

- Marcio Alberto trouxe esse tema em suas redes sociais, e por coincidência, vi duas aulas de Mateus Simonato que também trazem o mesmo tema e a mesma fonte original dos dados. As aulas do Mateus foram no Curso de Pós-Graduação do SENAC e também na 1ª aula do curso de Investigação de Água Subterrânea. Estudo coordenado pelo professor Ricardo Hirata mostrou que 90% dos poços tubulares profundos são “clandestinos”, ou não cadastrados. Em resumo, são 2,5 Milhões de poços desconhecidos, e por conta disso, aumentam as chances de produzirem água contaminada e de agravarem as eventuais contaminações. A produção estimada é de 17.580 Milhões de m3/ano. Como comparação, a Índia extrai 211.000 Milhões de m3/ano. A publicação estima que os custos envolvidos na perfuração e na instalação destes 2,5 milhões de poços existentes no país chegaram a mais de R$ 75 bilhões, valor equivalente a 6,5 anos de investimentos do Brasil em água e esgoto. "O Brasil já tem um parque de R$ 75 bilhões instalado, só falta regularizar. E a capacidade é grande", destaca o professor Hirata. É fundamental investirmos em informação, em saber onde estão, como são, quanto extraem e qual a qualidade da água desses poços não cadastrados. Em paralelo, devemos lutar, como comunidade no GAC, para evitar as restrições do uso de águas subterrâneas por conta de contaminação do solo. Leiam novamente a reportagem de 2019       https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/02/14/quase-90-dos-pocos-artesianos-do-brasil-sao-clandestinos-aponta-estudo.ghtml  

Leiam também a publicação original muito interessante do IGc/USP: https://igc.usp.br/igc_downloads/Hirata%20et%20al%202019%20Agua%20subterranea%20e%20sua%20importancia.pdf

 

- Durante essa semana, refiz uma pesquisa sobre Atenuação Natural Monitorada para solventes clorados. Gostaria de enfatizar o “Monitorada”, porque infelizmente muita gente conta com a atenuação natural e não acompanha, não monitora, não busca verificar as evidências de que ela está realmente ocorrendo, muito menos em quanto tempo ela atingirá as metas. Seja como for, aí vão duas recomendações de protocolos, além dos clássicos artigos do Newell et al e do livro do Wiedemeier et al (1999). Recomendo fortemente que leiam!!!!

Um deles, específico para clorados, de 2014, realmente muito bom:

https://serdp-estcp-storage.s3.us-gov-west-1.amazonaws.com/s3fs-public/project_documents/FAQ%2BER-201211.V2%2BFebruary%2B2014.pdf?VersionId=72cjHWg3SiLQz291fYJl6L9xP6WXvli4

Outro, do USGS, de 2007, um pouco mais focado em pesticidas clorados: https://serdp-estcp-storage.s3.us-gov-west-1.amazonaws.com/s3fs-public/project_documents/ER-1349-USGS.pdf?VersionId=VyHC2I7epcc6mME_2BWbtWf5nb.b_PWB

Esse, da CRC CARE, da Austrália, esse já focado em hidrocarbonetos, escrito em 2006: https://www.crccare.com/files/dmfile/CRCCARETechReport3-Naturalattenuation2.pdf

 

- Agora, juntando Atenuação Natural com PFAS, um excelente artigo foi publicado em 04/08/2022, na revista Remediation, assinado pelo lendário Charles J. Newell e colaboradores. Ele chama “Enhanced attenuation (EA) to manage PFAS plumes in groundwater”. Os autores propõem não atuar na “destruição” dos PFAS, algo muito desafiador e caro, mas sim, focar na redução do fluxo de massa dos PFAS nas plumas em fase dissolvida e na “imobilização” dos PFAS. Para isso, eles avaliaram oito possíveis técnicas. O artigo é muito legal e está em acesso aberto, aproveitem. É legal não só para os PFAS, mas para pensarmos nas intervenções como um todo. Vale a pena!!!!!    https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/rem.21731?utm_campaign=later-linkinbio-regenesisremediation&utm_content=later-29375269&utm_medium=social&utm_source=linkin.bio

 

- Artigo interessante no site da Geoprobe. Eles relatam um enorme caso nos EUA de investigação de área que recebeu muita espuma de combate a incêndio, portanto, potencialmente muito contaminada com PFAS. Por conta da necessidade de ação rápida e de redução da possibilidade de contaminação cruzada, a opção do Responsável Técnico foi usar ferramentas de Screen Point, não de poços de monitoramento. Aliás, é uma estratégia muito interessante para vários tipos de áreas e de possíveis contaminações. Enfim, a produtividade do uso de 2 sondas simultaneamente foi muito interessante, a questão da facilidade em descontaminar as hastes também, mas o artigo traz mais um ponto interessante: uma discussão a eficiência e eficácia de dois tipos de ferramentas pra Screen Point, a SP-16 e a SP-22, ou seja, Screen Point não é tudo igual. Leiam e saibam mais sobre essa metodologia para investigação de água subterrânea. https://geoprobe.com/articles/screenpoint-sampling-project-pfas-water-testing-proves-profitable?utm_source=hootsuite&utm_medium=FB&utm_term=September&utm_content=PFAs&utm_campaign=PT

 

- Na Sessão PFAS de hoje, a Universidade de Waterloo lidera um grupo que estuda a qualidade das águas no Canadá com relação à presença de PFAS na água de consumo na região de Ontário. Teremos uma nova “Base Borden” para estudar os PFAS? https://uwaterloo.ca/science/news/waterloo-leads-interdisciplinary-team-investigating-new

 

- Produtos em casa que podem fazer mal. Após a história da Johnson, que parou de vender talco para bebês por conta de substâncias que prejudicam a saúde (falei disso aqui há algumas semanas), reportagem do Uol traz uma lista de produtos que temos em casa e podem fazer mal, com destaque para panelas de Teflon. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/09/02/nao-e-so-talco-outros-produtos-do-seu-dia-a-dia-tambem-podem-ser-toxicos.htm

 

- Baita história que fala muito sobre ambientalismo, e aparece de modo mais clara em tempo de Copa do Mundo, no excelente perfil do Twitter chamado Copa Além da Copa (aliás, recomendo muito esse perfil, para quem gosta de futebol e de geopolítica): Luiz Díaz brilha com a camisa do Liverpool em campo, mas o clube carrega no peito a marca do banco britânico Standard Chartered. Só que esse é o mesmo banco que financia a mineração a céu aberto que ameaça a vida dos wayuu, o povo de Díaz. Qual é a história? Bom, o tal banco providenciou US$ 7,5 bilhões em 10 anos para a mineração de carvão no Cerrejón, maior mina a céu aberto da América Latina. Em 2020, a ONU pediu ao governo da Colômbia que suspendesse as operações no Cerrejón por "danificar seriamente o meio ambiente e a saúde da maior comunidade indígena do país”. 17 vilas dos wayuu tiveram que ser realocadas para dar espaço à mineração. Uma delas, Tamaquito, teve localização alterada forçadamente há 15 anos, simplesmente não possui água potável em volume suficiente para a população. Relatório da ONU diz que as pessoas que moram próximas ao Cerrejón sofrem de dores de cabeça, desconforto respiratório e nasal, tosse seca, queimação nos olhos e visão embaçada. O pó da mineração ainda contamina as plantas, que são usadas de forma medicinal pelos wayuu. Tanto o banco Standard Chartered quanto AXA, outra patrocinadora do Liverpool, possuem ações da Glencore, maior mineradora do mundo e dona do Cerrejón. A Glencore alega gerar empregos, pagar impostos, respeitar a lei colombiana, promover acesso à água e contribuir com serviços de saúde.         https://twitter.com/copaalemdacopa/status/1567132196317569026?t=mIYyp9X32PkMnEwzl0NV-g&s=08

 

- Reportagem/artigo muito interessante e impressionante que eu gostaria muito que vocês lessem. É um texto de Douglas Rushkoff, revisado agora em 2022. Rushkoff é um especialista em tecnologia, segundo ele próprio um “filósofo humanista”, mas conhecido como “futurólogo”. Ele começa contando de um evento que ele participou, a convite de um grupo pequeno de bilionários, para discutirem como seriam as melhores ações a partir da ocorrência do “Evento”, ainda indefinido, mas que poderia ser, segundo esses bilionários: pandemia, convulsão social, catástrofe climática, pane tecnológica, etc. Um parêntese aqui: todos eles têm a certeza que “O Evento” irá ocorrer, só falta saber como. Obviamente os bilionários estavam discutindo a melhor solução para eles próprios, de um problema que eles próprios estão ajudando a causar, ao invés de lutarem contra a catástrofe global. Então, a preocupação deles não é “salvar o mundo”, mas sim, “zerar o mundo” e salvar a si mesmos, conceito que o autor chama de “Mentalidade”. Dentre as grandes preocupações está o “como controlar os seguranças armados que nos protegeriam? Por que eles não se revoltariam contra nós?”. Após a participação nessa conversa, Rushkoff recebeu muitos contatos de empresas oferecendo “soluções” para os super-ricos, e ele conta sobre a conversa com um desses fornecedores que propõe uma saída atual (obviamente ganhando muito para isso): comunidades agrícolas autossuficientes, orgânicas e com alto senso de cooperação. Rushkoff questiona se essa solução, comum, cooperativa, coletiva, não seria necessária para evitar o fim do mundo, uma reflexão que gosto de propor aqui sempre. O que vocês acham? Antes de responder, leiam o artigo:     https://outraspalavras.net/tecnologiaemdisputa/os-bilionarios-e-seus-bunkers-para-o-apocalipse/

 

- Semana passada, falamos aqui sobre o incêndio no Instituto de Biociências da UNESP/Rio Claro. Aqui uma nota oficial da UNESP falando sobre o assunto: https://www2.unesp.br/portal#!/aci_ses/notas-e-comunicados/nota-atualizada-sobre-o-incendio-no-ib-de-rio-claro/

 

- Muita gente tem falado do conceito de “Quiet Quitting”, que tem a ver com a “Grande Renúncia”, que falamos há algumas semanas aqui. Nas grandes empresas, e aqui destaco as consultorias também, esse assunto tem tomado conta das conversas e mudado algumas atitudes e causado um certo “burburinho”. Quiet Quitting, resumidamente quer dizer que o trabalhador vai fazer somente aquilo que ele deve fazer, ou somente aquilo que foi combinado, aquilo que está em seu contrato de trabalho. Nada de horas a mais não computadas, nada de trabalhar sem alocar horas no projeto, nada de “atitude de dono” com salário de auxiliar. Se na Grande Renúncia, as pessoas estavam deixando voluntariamente seus trabalhos para encontrar algo com propósito, aqui, o trabalhador faz o básico para não ser demitido (afinal, poucos trabalhadores têm poder de barganha suficiente para uma Grande Renúncia), mas não “dá o sangue” pela empresa que, na maioria das vezes, não reconhece o que é feito. Metas e margens cada vez mais altas para atingir para que a corporação tenha um lucro enorme para distribuir aos acionistas ou donos, distribuição de lucros desigual entre cargos elevados (que ficam com a maior parte) e o “chão de fábrica”, que é o responsável direto pela produção, mas recebe muito pouco ou nada como resultado do lucro da companhia, achatamento dos custos dos projetos em nome de uma margem maior, sobrecarga enorme de trabalho para “maximizar a produção” de analistas, assistentes, etc, tudo isso faz a mola ser comprimida e as pessoas da linha de frente reagirem em algum momento. Ainda que não esteja havendo um movimento real de organização dos trabalhadores na nossa área, por conta de ser um mercado muito pequeno e todo mundo se conhecer, o fenômeno do “Quiet Quitting” tem ganhado espaço, como uma tímida resposta à situação que descrevi acima. Ainda mais no setembro amarelo, acredito que seja o início de uma conscientização importante de todo o nosso mercado que as coisas não podem continuar nesse ritmo.     Indico, sobre esse tema, dentre outros assuntos do mundo corporativo, o perfil Startup da Real que escreveu um texto muito interessante sobre o Quiet Quitting. Dentre as muitas coisas legais do texto, ele falou que, de acordo com a American Psicology Association, o Brasil está ocupando a segunda posição como país mais afetado pelo estresse no trabalho, 1 em cada 3 brasileiros sofrem de burnout (esgotamento) em algum grau. Como estarão os trabalhadores do GAC? Ele continua dizendo que “Acusar a atual geração profissional de preguiçosa, por exigir melhores condições de trabalho e salários mais dignos, sempre foi um ataque vindo de quem mais se beneficia dessa relação”. Eu diria que não é geracional, mas sim uma relação de classes, de donos dos meios de produção e da massa de trabalhadores. Os que reclamam e clamam por melhores condições são criticados (no mínimo). Enfim, especialmente no setembro amarelo, vale a pena refletir sobre o que o trabalho, por mais gratificante e significativo que seja, está nos trazendo. Parafraseando mais uma vez meu amigo Marcelo Camargo: será que existe um patamar em que todo mundo fique satisfeito? Temos que buscar esse patamar.      https://startupdareal.medium.com/a-estupidez-por-tr%C3%A1s-do-quiet-quitting-fa288f30010e

Nesse tema, Julio Vilar recomendou essa postagem com um vídeo muito interessante do perfil “La na Firma” no LinkedIn. Assistam: https://www.linkedin.com/posts/lanafirma_lanafirma-lanafirmanews-activity-6969273136668114944-beDQ?utm_source=share&utm_medium=member_android

 

- Uma reportagem que tem relação esse tema, mas é algo para dar um pouco de motivação, alento e sonho para nós. Reportagem mostra um casal que “largou tudo” e viaja de Kombi pelo Brasil. E não são herdeiros, “investidores”, nada disso, são trabalhadores como nós. https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2022/09/04/casal-deixa-empregos-para-tras-e-visita-418-cidades-no-brasil-em-kombi.htm

 

- Dica muito interessante de Renato Kumamoto, com uma consultoria extra de Mauro Tanaka: O Documentário “Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”. O documentário é realmente muito interessante no sentido humano, pois mostra a opressão do sistema econômico que vivemos atingindo muitas pessoas, nos mais diversos territórios, comunidades e culturas. Ali as pessoas se tornaram “livres”, são “empreendedores”, mas são, como todo trabalhador, massacrados pelos verdadeiros donos dos meios de produção. Mais ou menos como os aplicativos de entrega, de transporte, etc. Além disso, o sistema usado na indústria têxtil, que está retratado no filme “terceiriza” os passivos, tanto o trabalhista e social quanto o ambiental. A “marca” mãe é “Green”, mas as subcontratadas... vocês vão ver no filme.

Link do Netflix: https://www.netflix.com/br/title/81180842

Resenha: https://ims.com.br/filme/estou-me-guardando-para-quando-carnaval-chegar/

Entrevista muito interessante com o autor, que toca na questão ambiental: https://revistatrip.uol.com.br/trip/o-diretor-marcelo-gomes-fala-sobre-o-documentario-estou-me-guardando-para-quando-o-carnaval-chegar

Vídeo com entrevista do autor: https://www.youtube.com/watch?v=dg8XYagmwAY

 

- A antiga cidade de Elengubu, hoje conhecida como Derinkuyu, fica a mais de 85 metros abaixo da superfície e inclui 18 níveis de túneis. É a maior cidade subterrânea escavada do mundo. Fica na região da atual Capadócia, instalada há milênios. O primeiro registro vem do ano 370 a.C., mas estima-se que tenha sido inicialmente esculpida e ocupada em 1200 a.C. Leiam a reportagem muito interessante.       www.uol.com.br/nossa/noticias/bbc/2022/09/06/os-misterios-da-maior-cidade-subterranea-ja-descoberta-no-mundo.htm

 

- Vídeo muito interessante e curioso postado no LinkedIn por Felipe Ochoa Conejo. Ele mostra um trator em movimento puxando uma cama elástica e pessoas pulando nessa cama elástica. Isso demonstra o conceito de “Referencial não inercial”. No caso as pessoas saltando na cama em movimento para um referencial externo, inercial, em repouso, como nós, que estamos assistindo, mas que, para as pessoas que estão saltando, está em “repouso”, como se todo o sistema pessoas-cama estivesse no solo. Isso explica muita coisa, entre elas o porque de, ao saltarmos o planeta Terra não sai de nossos pés. Na verdade, o planeta está em movimento aos olhos de um observador externo, fora do planeta, mas, como o sistema planeta-pessoas é “fechado”, um observador na Terra vai entender a pessoa saltando em uma cama elástica no solo como “parada”. Muito legal. Isso tem tudo a ver com o nosso trabalho. O entendimento que não existe um observador totalmente “neutro”. Se o observador está no mesmo sistema, ele interfere no sistema e sofre interferência do mesmo. Por exemplo, ao coletarmos uma amostra de solo, causamos um distúrbio no meio que influencia a nossa observação. A mesma coisa ao instalarmos um poço  de monitoramento ou coletarmos uma amostra de água.   https://www.linkedin.com/posts/felipe-ochoa-cornejo_science-engineering-geology-activity-6973495232680103936-J69L

 

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (https://youtube.com/c/ecdtraining ) passamos dos 1100 inscritos!!!!!! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 467 inscritos, no Facebook (https://www.facebook.com/ecdambiental ) temos mais de 900 seguidores, e no Instagram (@ecdambiental) já passamos dos 1020 seguidoras e seguidores e 56 colaboradores financeiros no Apoia.Se.

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.

  

Marcos Tanaka Riyis

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