A “nossa” Newsletter, junto com o “nosso” Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas e dicas que nem todo mundo tem acesso e de dar voz a vocês que comentam, sugerem, indicam, debatem comigo aqui, reconhecendo a importância de todas e todos vocês para o mercado e para o planeta.
É um motivo de orgulho ter vocês aqui conosco lendo, comentando, enviando sugestões, debatendo semanalmente as principais notícias do Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, ambientalismo, saúde, filmes, livros, teorias para adiar o fim do mundo e outras coisas, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.
Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter com os amigos, as amigas, podem fazer isso tranquilamente ou mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/
Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).
E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #121 e algumas anteriores
https://sigesp.org.br/
Aproveito e recomendo aos Geólogos que se filiem ao sindicato, isso é muito importante para toda a sociedade.
Essa semana tivemos 2 novas inscrições na nossa Newsletter. Passamos dos 600, somos em 630 agora. Sejam bem-vindas e bem-vindos: Jonathan e Samya!!!!!!
Gostaria de relembrar que temos uma campanha no “Apoia.Se” para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos nessa Newsletter e no Podcast. A campanha, para quem quiser e puder contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental
É simples, você escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. A transação é segura como qualquer compra online e mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente, sem muita dor de cabeça.
Nessa semana, tivemos a honra de receber mais um apoio, de um amigo que prefere permanecer anônimo, a quem agradeço demais em nome de todo mundo aqui na ECD.
Agradeço demais aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!
Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Augusto Amável, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Bruno Bonetti, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Geotecnysan, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, João Lemes, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Larissa dos Santos, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marina Melo, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Renato Kumamoto, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 6 apoiadores anônimos.
Gostaria também de convidar vocês a ouvir os primeiros episódios do Screening de Notícias, nosso mini-podcast derivado do nosso Podcast Áreas Contaminadas, apresentado por Lillian Koreyasu Riyis. A ideia com o SdN é trazer as principais notícias do GAC, meio ambiente, economia, saúde e de outros assuntos relacionados, fazendo comentários da nossa visão sobre os fatos, da mesma forma que aqui na Newsletter, mas em formato “podcastal”. Espero que gostem. Temos 06 episódios no ar. Aliás, aguardem surpresas no SdN. O 7º episódio está em produção e vai ser muito legal. Está demorando um pouco, mas essa semana ele vai sair!!!!!!!!
O Episódio # 128 do Podcast Áreas Contaminadas, foi ao ar na última quinta (20/10). Nele, converso com o Geólogo, Mestre e Doutor Flávio Ferlini Salles, Sócio-Diretor da Par Ambiente. Flávio conta a sua história dentro do GAC, que começou lá no ano de 1994, passando por vários cargos, de estagiário a sócio em empresas de diferentes tamanhos até 2011, onde fundou a Par, com um conceito diferente, de “Consultoria-Boutique”. Na Par, Flávio se afastou um pouco da parte técnica, do “microscópio”, para se voltar mais à parte estratégica, a “visão panorâmica. Ele também fala sobre as mudanças no mercado do GAC nesses anos, explica bastante a necessidade que temos de comunicar melhor a importância do GAC, inclusive dentro da sustentabilidade, que devemos incorporar os ODS ao GAC, e fala sobre o papel do ESG no futuro do nosso mercado
Espero que vocês também gostem
Episódio no Youtube: https://www.youtube.com/watch?
Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/
Episódio no Apple Podcasts: https://podcasts.apple.com/br/
No episódio, o Flávio indica um livro, chamado Sustentabilidade: Canibais de Garfo e Faca, escrito por John Elkington: https://books.google.com.br/
Na próxima semana, ao invés de um episódio convencional, com uma entrevista ou um episódio técnico, resolvemos “promover” o Screening de Notícias #007.
Essa promoção ocorreu porque é um SdN especial. Ao invés dos meus comentários sobre as principais notícias do GAC, de meio ambiente e temas relacionados, convidei três amigos queridos para serem os comentaristas: a Jane Flor, estrela do episódio #089, Allan Umberto, entrevistado sozinho no episódio #007 e com outros amigos no episódio #028, e Diego Silva, entrevistado no episódio #020, e participante de outros episódios como o #059. Além desses, os três, em conjunto, participaram do episódio comemorativo #100.
Nesse episódio, falamos sobre a II Conferência AESAS, a participação dos trabalhadores, o “quiet quitting”, Quilombo Saracura, artigos do Charles Newell, LNAPL Toolkit e outras planilhas gratuitas da GSI, PFAS, e muitas outras coisas. Vocês, com certeza, vão gostar e concordar comigo que merece o “status” de Episódio da Semana!!!
Ainda falando sobre o nosso Podcast, o episódio #128 foi novamente uma comemoração de 1 ano do início do nosso patrocínio. As empresas que nos apoiam apostaram no nosso trabalho, e principalmente, reconheceram a nossa relevância no mercado do GAC, o que também nos enche de orgulho. Então, comemorando esse nosso ano juntos, agradeço demais, em nome de todos nós da ECD e de todo mundo que nos ouve, aos nossos patrocinadores, a Clean Environment Brasil, a Vapor Solutions e o Laboratório Econsulting. Os patrocinadores e os apoiadores financeiros da campanha no Apoia.Se têm nos ajudado demais, a pagar nossos boletos e dar a tranquilidade de termos tempo para produzir os episódios, estudar, ouvir, gravar, discutir, conversar, construir um mundo melhor. Obrigado, pessoal!!! Que venham os próximos 99 anos!!!!!
O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)
Mais uma vez, muito obrigado!!!!
Vamos agora às notícias da semana:
Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Deivid Migueleti, José Gustavo Macedo, Tiago Soares, Julio Vilar. Obrigado, pessoal!!!!! Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.
- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: Waterloo (muitas vagas, no setor comercial e no setor técnico), ERM (Entry Level), Kopf (Estagiário em Administração), Kopf (Auxiliar de RH), Cetrel (Engenheiro ou Geólogo), Venner (Coordenador), Venner (Auxiliar Técnico), Geoambiente-SJRP (Analista), EBP (Engenheiro Civil ou Ambiental), EBP (Assistente de Operações). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/
- Já faz três semanas que faço indicações de músicas aqui, talvez já possamos dizer que se tornou uma tradição. Recebi mensagens me incentivando a indicar outras. Hoje, seguirei novamente a indicação do meu “consultor para músicas mais modernas”, o Tiago Soares. Tiago é da mesma geração da maioria de vocês que me lê por aqui, então, com certeza ele está mais antenado com os lançamentos, as bandas, os compositores mais atuais e é muito legal dar essa mesclada. Eu acabo conhecendo outras coisas, o que é muito bom. Gostei demais dessa banda que, confesso, não conhecia. Obrigado, Tiago!!!!
Seguindo na mesma linha das semanas anteriores, a indicação desta vez é “Nada conterá a primavera”, da Banda Francisco, El Hombre. Ela fala assim:
As flores resistem à tempestade
E cantam por becos, esgotos e bares
As flores resistem à tempestade
E cantam por becos, esgotos e bares
Sem ar, sem sol
Senhoras e senhores, elas cantam
Nada conterá a Primavera
Nada conterá a Primavera brotar
É sol e água
É terra boa
O canto ecoa, o canto ecoa
Nada conterá, ninguém conterá a Primavera
Nada conterá a Primavera brotar
Nada conterá
https://www.youtube.com/watch?
https://www.youtube.com/watch?
- Importante indicação de Tiago Soares (não é só de música que ele entende!!!!), muito relevante para o nosso mercado: está aberto mais um edital na Petrobrás: Elaboração dos estudos ambientais relacionados ao processo de reabilitação de áreas contaminadas. Pra acessar, entre no site www.petronect.com.br . A seguir, na 'busca inteligente de oportunidades', que aparece logo na capa, colocar o número 7003952678 que vai direto para o edital.
- Outra dica muito boa, que recebi de Luiz Ferreira e de Renatta Vilela. Saiu uma instrução normativa do IBAMA que delibera sobre o registro de remediadores. O Otavio Rodriguez já tinha contado isso para nós no Episódio #125 do Podcast Áreas Contaminadas, mas agora essa IN está publicada. Algo realmente muito importante para o nosso mercado. Leiam!!!! https://www.in.gov.br/en/web/
- Estava revendo para uma aula os materiais do ITRC que falam de fluxo e descarga de massa. Esse conceito já tem mais de 10 anos, mas ainda é “moderno”, especialmente aqui no Brasil e vem sendo usado para os PFAS. Ele propõe focar os esforços de remediação, ou de intervenção na massa que, embora menor, é mais importante porque é mais propensa a atingir um receptor, que é a massa dissolvida que se move pelas zonas de fluxo. O documento do ITRC reconhece que a maior massa está ligada ao solo e, em fase dissolvida, há muita massa e altas concentrações nas zonas de armazenamento, mas que as ações de remediação poderiam ser focadas em reduzir a descarga dessa massa, por exemplo, para um receptor off-site. E isso não significa bombear a esmo, nem tampouco construir “poções” de bombeamento, mas sim, fazer um bombeamento inteligente, nessas zonas de fluxo. Indico aqui, para quem quer começar a entender sobre isso, ou mesmo para quem tem esse conceito na cabeça e quer ver outras abordagens e ferramentas, o vídeo do ITRC: https://www.youtube.com/watch?
- Na mesma pesquisa, onde eu revisitava um material, me deparei novamente com o artigo clássico de Guilbeault et al., 2005. Esse artigo foi a grande mola propulsora para o conceito acima, de avaliar a descarga de massa e para o início do que passou a se chamar “Investigação de Alta Resolução”. A grande bíblia para se desenvolver esse entendimento foi esse artigo, que conclui que mais de 80% da descarga de massa ocorre em somente 10% da seção transversal do aquífero. É uma conclusão poderosa, que nos estimula a achar esses 10% da seção do aquífero. A 2ª conclusão é que o espaçamento ótimo entre os pontos de coleta de amostras de água é de 0,5 m!!!! Já é difícil imaginarmos fazer isso no sentido vertical (1 amostra a cada 0,5 metro!!!!), agora pense como fazer isso no sentido horizontal!!!! Mas é necessário segundo eles. E aí, chamo a atenção pra quem são eles, quem faz parte desse “et al.”? Simplesmente Beth Parker e John Cherry!!! Ou seja, é realmente uma conclusão poderosa, que foi publicada em 2005. Quando falo sobre esse artigo em aula, ainda ressalto outro detalhe dele: a conclusão foi baseada em 3 sites estudados, e eram os 3 sites mais homogêneos que os autores tinham para pesquisar. Ou seja, a relação 80-10 é para sites homogêneos. Imagine como isso é nos nossos sites aqui no Brasil. Por outro lado, a heterogeneidade pode nos facilitar a vida no sentido que podemos considerar que as zonas de fluxo, as unidades hidroestratigráficas mais condutivas hidraulicamente são as mais importantes e que têm a maior probabilidade de condicionarem os 80% da descarga de massa, e não precisamos de uma amostra de água a cada 0,5 metro. Por fim, um último detalhe, que inclusive pretendo desenvolver em um episódio futuro no Podcast: para amostrar a água, eles usaram um dispositivo chamado Waterloo Profiler, posteriormente chamado de Waterloo APS, e que adaptei para a minha tese, com a valiosíssima ajuda de Murray Einarson (sim, ele mesmo) e chamei de PVA, ou Perfilador Vertical do Aquífero. Enfim, leiam o artigo, é realmente muito bom, não é um clássico à toa. https://clu-in.org/
- Falando no ITRC, algumas pessoas me perguntaram recentemente como fazer um estudo de background para ver se alguma SQI presente na área é de ocorrência “natural”. Como diria meu filho, “Geral” fala que bário dissolvido na água subterrânea na cidade de São Paulo é natural. E ponto final. Obviamente não é assim que se estabelece que uma ocorrência é natural (e, cá entre nós, mesmo que for, não precisamos controlar os riscos? Não temos que fazer nada?). O ITRC, como sempre, nos dá uma boa pista. Aqui vai um vídeo treinamento deles, de 2022, sobre esse assunto. https://www.youtube.com/watch?
Para quem prefere ler, aqui está o documento: https://sbr-1.itrcweb.org/
- Na Seção PFAS de hoje um vídeo mais curto, de certa forma “leigo”, mas apropriado para a nossa necessidade de comunicação com um público mais amplo, não só os nossos clientes ou reguladores diretos, mas na minha opinião, é fundamental comunicarmos adequadamente também para os nossos alunos, para os cientistas de outras áreas, para os movimentos sociais, ambientalistas, enfim, para a sociedade como um todo. Esse vídeo é interessante, relativamente curto, que nos dá uma visão geral interessante sobre os “Forever Chemicals”. Vale a pena a leitura. https://www.youtube.com/watch?
- Aqui um vídeo realmente muito interessante do Atila Iamarino que fala de poluição do ar. Ele fala números impressionantes e assustadores. A OMS estima que cerca de 50 mil mortes/ano são causadas pela poluição do ar no Brasil (contra 37 mil mortes/ano em acidentes de trânsito), e 7 milhões de mortes/ano no mundo todo. O principal vilão da poluição atmosférica é o material particulado PM-2,5, ou seja, as partículas menores que 2,5 micrometros que, nos períodos de seca na Amazônia, ficam com concentração no ar de toda a região 10 vezes maior que o limite estabelecido pela OMS. Nesse período seco amazônico, especialmente nos últimos anos, a estimativa é de 36-150 Milhões de toneladas/ano de PM-2,5, que correspondem a 70% de todos os resíduos sólidos urbanos produzidos nos EUA (quase superam o “lixo ocidental”). Altas concentrações de PM2,5 são fortemente correlacionadas com mortes por qualquer causa, além de serem comprovadamente causadoras de enfisema, câncer de pulmão e AVC. Reduzir pela metade os incêndios não-naturais na Amazônia e Pantanal brasileiro preveniriam cerca de 1500 mortes/ano. Ou seja, a poluição atmosférica é um problema ambiental gravíssimo com implicações diretas na saúde pública. Assistindo ao vídeo e pensando um pouco mais sobre o nosso trabalho, será que é realmente interessante movimentarmos máquinas pesadas, a diesel, aumentando a poluição do ar e o risco ocupacional dos nossos trabalhadores para remediar uma área com risco menor que 10E-5? https://www.youtube.com/watch?
- Lucas Venciguerra nos indicou um curso online sobre Geologia Estrutural. Embora pareça um tema espinhoso, Lucas considera importante e indicado pra os não-geólogos. https://www.linkedin.com/
- Um tema muito em alta dentro do nosso mercado e dentro das discussões ambientais é o ESG (Environment, Social and Governance). Já falamos um pouco sobre isso, tenho uma visão mais crítica a respeito disso, considero que é o capital tentando se regular um pouco para evitar as inevitáveis mudanças profundas no modo de vida e no sistema econômico. Basicamente são regras que grandes fundos de investimento (o capital financeiro, não-produtivo) querem estabelecer para investir em indústrias e empreendimentos (capital produtivo) que não sejam prejudiciais ao meio ambiente. Claro que o principal critério para o aporte de recursos em alguma indústria ainda continua sendo a capacidade dela de “dar lucro”, ou seja, de acumular a partir da mais-valia, dos recursos naturais consumidos e do aumento da entropia na forma de resíduos, efluentes ou subprodutos. Obviamente é melhor que haja preocupação com a governança, com as questões sociais e com o meio ambiente, mas os ambientalistas devem ter claro que isso não atinge o cerne dos problemas ambientais (e civilizacionais). Seja como for, a ação dos fundos de investimento é positiva para o GAC, que está pronto a “beliscar” sua parte para garantir que o capital produtivo não está gerando, ou não gerou passivos ambientais para as futuras gerações. Isso foi discutido no Episódio #124 do Podcast pela Cris, pelo Otavio e pelo Léo e mais explicado no episódio #128 pelo Flávio. Toda essa introdução para dizer a vocês que está aberta a consulta pública para a norma NBR que vai tentar estabelecer o que é o ESG no Brasil, pois hoje é um pouco como “terra de ninguém” e há muita gente, de vários lados do balcão, interessada em ter uma regulamentação para isso aqui no Brasil para que possam aportar recursos, ou receber recursos com a “chancela” do ESG. Leiam a nota no site da Soldí Ambiental e participem da Consulta Pública. https://www.soldiambiental.
- No Screening de Notícias #007, que irá ao ar nessa semana, falamos lá sobre o apagamento da história negra e a origem do nome do Bairro Liberdade, em São Paulo. Conhecemos o bairro como reduto oriental de São Paulo, e achamos que o nome poderia ter a ver com a imigração japonesa, e posteriormente chinesa e coreana para lá. Antes de ganhar o nome Liberdade, quando ainda era conhecida como "Bairro da Pólvora", a região era majoritariamente ocupada por pessoas negras. Até o século XVII, a região permaneceu praticamente despovoada até o século XIX, quando era conhecida como Bairro da Pólvora, graças à Casa de Pólvora, construída em 1754 no atual Largo de mesmo nome O que conhecemos hoje por Largo da Liberdade, por exemplo, era antes chamado de largo da Forca, visto que era o local onde escravizados fugitivos eram executados após serem condenados à pena de morte. O Cemitério dos Aflitos, construído entre 1774 e 1775, era reservado ao sepultamento de escravizados, indígenas, e de condenados à morte na forca. A Paróquia Pessoal Nipo-brasileira São Gonçalo foi construída por volta de 1756. São Gonçalo Garcia era muito cultuado pela população negra. O santo era filho de uma nativa com um português e morreu no Japão durante uma viagem de evangelização. Com a extinção da irmandade, em 1893, a igreja foi entregue aos jesuítas e passou por uma série de modificações. Foi somente por volta de 1966 que surgiu a atual Matriz Paroquial Pessoal Nipo-Brasileira de São Gonçalo. No largo da forca houve execuções de escravos até 1891, quando recebeu o curioso nome de Liberdade. Há uma história triste em um dos dois artigos que deixo aqui abaixo que conta uma das possíveis razões pela mudança de nome do bairro.
https://www.nippo.com.br/
- Esse artigo é muito, muito bom. Recebi dica sobre ele de Deivid Migueleti, e Julio Vilar. Ele começa com a famosa frase de Rachel Carson: "O ser humano é parte da natureza, e sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo." Carson, como já comentamos várias vezes, inclusive no Podcast #088, escreveu no início da década de 60 o “Primavera Silenciosa”, que criticava a nascente e crescente Indústria Química estadunidense, por criar seus produtos sem que a sociedade pudesse avaliar a segurança dessas criações e, eventualmente, escolher se iria querer pagar o custo daquele “progresso”. O exemplo usado por ela no livro foi dos pesticidas, desenvolvido com o propósito de melhorar a saúde das pessoas matando os insetos que se tornavam pragas agrícolas e transmitiam doenças, só que esses pesticidas acabavam por matar mais que somente os insetos-alvo e causavam danos ambientais graves e danos à saúde humana, sendo, portanto, biocidas. Essa preocupação cresceu inicialmente nos EUA, e eles criaram a EPA, muito por conta dessa discussão. De lá para cá, dezenas de milhões de substâncias químicas foram criadas, desenvolvidas, pesquisadas, lançadas no mercado e utilizadas pelos seres humanos e, obviamente, a regulação, as pesquisas toxicológicas, ecotoxicológicas, epidemiológicas e ambientais não conseguiram acompanhar esse ritmo. A Indústria Química é muito forte e muito rica, só no Brasil, o faturamento do setor em 2021 atingiu R$ 142 Bilhões, fora R$ 60 Bilhões importados. Um dos resultados disso são as áreas contaminadas, com substâncias criadas pelo homem e que, depois de muito tempo, se descobre que causam danos ou riscos ao ambiente ou à saúde humana. Outro resultado é a questão dos PFAS, substâncias “milagrosas” que, após algumas décadas, se tornam um grande vilão ambiental, presente até na água da chuva e no corpo de populações inuit que nunca tiveram contato com nenhum produto ou indústria química. A dificuldade de se fazer essa regulação foi discutida na II Conferência AESAS, no painel jurídico, como nossos convidados nos contaram no Episódio #124. Agora esse artigo no UOL, que se originou da BBC, vai na mesma direção, a de que estamos participando de um grande experimento químico em escala global. E não somos os pesquisadores... https://noticias.uol.com.br/
https://www.bbc.com/
- Dialogando com a frase da Rachel Carson, Thiago Mundano, artista e ativista, pintou um belíssimo mural com as cinzas das queimadas da Amazônia e Pantanal. Ele diz que “Não defendemos a natureza, nós SOMOS a natureza”. As cinzas das queimadas viraram pigmentos que deram origem a um extenso painel que faz uma releitura da obra "O Lavrador de café", de Cândido Portinari, que Mundano nomeou de "O Brigadista da Floresta”. É interessante a releitura, porque a pintura de Portinari, célebre por retratar o trabalhador brasileiro sendo explorado e por ser ele mesmo um importante militante da causa social, é muito simbólica, e com isso, a homenagem de Thiago Mundano é ainda mais poderosa. As cinzas recolhidas pelo artista serviram para a obra e, claro, sobrou bastante. Esse material foi distribuído para vários artistas plásticos que montaram uma exposição na famosa Passagem Literária da Consolação, entre a Rua da Consolação e a Avenida Paulista, em São Paulo. Essa exposição vai somente até 30/10. Quem puder ir, encontrará obras maravilhosas. https://www.uol.com.br/ecoa/
- Vocês conhecem alguma rocha “viva”? Vejam as Trovants, rochas sedimentares formadas a partir de areia que ocorrem na Romênia. Elas parecem se mover e se reproduzir por conta de reações físicas e químicas com a água e minerais dissolvidos. Não deixa de ser divertido. Há uma reserva, um Parque nacional em Crevesti, na Romênia: https://www.linkedin.com/
Vídeo original: https://www.facebook.com/
- Na mesma linha, de dicas turísticas geológicas, um belo museu em Gramado, chamado A Mina, tem diversas atrações interessantes, entre elas, uma ametista gigante, de 31 toneladas. Há também uma bela coleção de “pedras preciosas”, como a anidrita, o quartzo, a calcita, selenita, o citrino entre outros minerais. Há até um coprólito lá!!!! Muito legal!!!! https://www.uol.com.br/nossa/
Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (https://youtube.com/c/
Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.
Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER
Marcos Tanaka Riyis