Newsletter ECD #139

A “nossa” Newsletter, junto com o “nosso” Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas, dicas e notícias sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, ambientalismo, saúde, filmes, livros, músicas, teorias para adiar o fim do mundo e outras coisas, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter, pode mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #137 e algumas anteriores

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-137

     

Aproveito e recomendo aos Geólogos que se filiem ao sindicato, isso é muito importante para toda a sociedade.

 

Essa semana tivemos a honra de ter mais 1 nova inscrição aqui. Somos atualmente em 668. Seja bem-vindo, João !!!!!!

 

Gostaria de relembrar que temos uma campanha no “Apoia.Se”, que é muito importante pra gente, pois ela ajuda a mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos nessa Newsletter e lá no Podcast Áreas Contaminadas. A campanha, para quem quiser e puder contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples, você faz login na plataforma e escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. A transação é segura como qualquer compra online e mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente.

E falando nessa campanha, com muita alegria anuncio que essa semana tivemos a honra de termos mais um colaborador financeiro se juntando a nós!!!! Já gradeci pessoalmente, mas aqui vão meus agradecimentos públicos ao Hermano Fernandes. Hermano, muito obrigado pela ajuda!!!! Os Estúdios ECD agradecem demais!!!!!

 

Aproveitando, agradeço aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Bruno Bonetti, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Geotecnysan, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, Hermano Fernandes, Jefferson Tavares, João Paulo Dantas, João Lemes, Jonathan Tavares, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marcos Akira Ueda, Marina Melo, Nádia Hoffman, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Rafael Sousa, Renato Kumamoto, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 7 apoiadores anônimos.

 

Gostaria também de convidar vocês a ouvir os primeiros episódios do Screening de Notícias, nosso mini-podcast derivado do nosso Podcast Áreas Contaminadas, apresentado por Lillian Koreyasu Riyis. A ideia com o SdN é trazer as principais notícias do GAC, meio ambiente, economia, saúde e de outros assuntos relacionados, fazendo comentários da nossa visão sobre os fatos, da mesma forma que aqui na Newsletter, mas em formato “podcastal”. Espero que gostem. Temos 07 episódios no ar!!!!!

 

Episódio #144 do Podcast Áreas Contaminadas, o 9º da 4ª temporada, foi ao ar, na última quinta (02/03) onde converso com Kamilo Campos. Embora tenha sido uma entrevista, dá pra considerar que foi um episódio técnico.

Kamilo é Engenheiro Ambiental, com Mestrado na lendária Universidade de Waterloo, diversas Pós-Graduações, atualmente Gerente de Projetos na Arcadis-RJ. E também é um grande tenista nas horas vagas.

Ele conta sua história muito interessante de carreira, desde a Universidade Federal de Itajubá, como entrou no GAC como estagiário em um programa da Arcadis, empresa que ele chegou, vestiu a camisa, saiu jogando e está lá até hoje. Depois, fala de como, após ter uma carreira lá e ter feito a Pós-Graduação em GAC do SENAC, buscou (e como conseguiu) sua vaga no Mestrado na lendária Universidade de Waterloo, sendo orientado pelo não menos lendário professor Ramon Aravena, com alguns perrenques e muito aprendizado no caminho. Fala também da sua visão sobre a grande e real importância do GAC na sociedade. Além disso, ele nos brinda com uma belíssima aula sobre isótopos aplicados ao GAC, investigação de alta resolução, UVOST, OIP, ensaios de transmissividade de LNAPL e de como uma aquisição adequada de dados mudou um projeto de remediação com mais de 20 anos, para aumentar a sua eficiência.

Eu gostei muito da conversa, imagino que vocês também vão gostar. Espero que ele não tente ser o substituto do Thomaz Bellucci e resolva continuar conosco no GAC. Enfim, ouçam as palavras de Kamilo Campos!!!!!

 

Episódio no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=taRM8_mFVA0   

Episódio no Spotify:

 

Nesse episódio, mais uma vez tentamos implementar algumas sugestões que recebemos, como reduzir o tempo de alguns episódios de entrevistas. Então, a ideia vai ser deixar as reflexões mais aprofundadas aqui na Newsletter e eventualmente nos episódios do Screening de Notícias.

Um desses cortes foi o meu agradecimento nominal aos apoiadores e apoiadoras financeiras do Apoia.Se. Na verdade, eles não têm nenhuma vaidade, eles estão realmente felizes em poder nos ajudar. Então, não é nenhum descaso, eu continuo muito agradecido aos apoiadores, os agradecimentos pessoais continuarão a ser feitos e os agradecimentos públicos ficam aqui na Newsletter e na descrição dos episódios. Eles sabem que nos ajudam muito a construir essa Comum-unidade aqui, de pessoas verdadeiramente interessadas em compartilhar o que sabem, em crescer juntos, não querendo simplesmente vencer, mas Com-Vencer, ou seja, vencer com os outros.

Não temos seguidores, temos amigos, que caminham ao nosso lado nessa construção, nesse Com-Viver. É realmente um orgulho e uma honra estar nesse projeto com todas e todos vocês. Vamos juntos, todas e todos, por um mundo melhor!!!!

 

Na próxima semana, teremos o Episódio #145 do Podcast Áreas Contaminadas. Será mais um episódio mais técnico, mais curto, sobre algum tema específico que nós estejamos discutindo nos fóruns de debates sobre o GAC, como as aulas das Pós-Graduações no SENAC, os cursos da parceria SENAC/AESAS, as reuniões da ABNT, os eventos, etc. Desta vez, vamos falar um pouco sobre o risco. Como sabemos que uma SQI representa maior ou menor risco, e em quais cenários? Aliás, o que são cenários de risco? É um tema muito espinhoso e complexo, mas vou dar um pontapé inicial aqui, para tentarmos entender como o GAC funciona, afinal, todo o GAC é baseado em gestão do risco. Espero que gostem!!!!

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Sobre o Podcast, recebi uma mensagem essa semana que me deixou muito feliz. Temos 932 seguidores no Spotify. Não sabia que dava para verificar isso, mas o Anchor.fm me contou!!!! Obrigado a vocês que nos seguem por lá também!!!!

Outro dado interessante é que estamos nos aproximando dos 25 mil plays no nosso podcast!!!!!! No momento em que escrevo, são 24830 plays!!!!! Acho realmente impressionante, agradeço demais a todas e todos vocês. Espero estar dando uma contribuição adequada a essa nossa ciência que é o GAC e para o nosso planeta como um todo.   

 

Antes das notícias da semana, queria falar um pouco do principal tema de discussão na semana que passou: o caso dos trabalhadores resgatados de um trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves-RS. Há muita coisa pra gente falar sobre esse caso, a começar pela definição do trabalho análogo à escravidão para diferenciar de escravidão. A escravidão é ainda mais absurda, pois envolve a propriedade da pessoa, a posse de uma pessoa por outra. Como naqueles anúncios absurdos nos jornais do século XIX e que dão até um negócio na gente quando vemos, onde os escravizados eram anunciados, como um objeto qualquer. Além da servidão, ou trabalho compulsório não remunerado, há muitos casos ainda no Brasil de “escravidão por dívida”, que era muito usado no início do Século XX com os imigrantes que “substituíram” a mão-de-obra escravizada, mas o trabalhador chegava ao local já com uma dívida com o “Senhor feudal”, e essa dívida ia aumentando: moradia, comida, e outros gêneros, que só podiam ser “comprados” do “Senhor feudal”. Isso acontece ainda hoje em muitos lugares do Brasil, em fábricas de roupas em São Paulo, em garimpos ilegais e em áreas como Bento Gonçalves. Para conhecer melhor esse tema, recomendo a trilogia do Laurentino Gomes, a Escravidão – Volumes 1, 2 e 3. Li somente os volumes 1 e 2 e recomendo, pois são livros excelentes. Ao mesmo tempo, “desrecomendo”, porque realmente nos embrulha o estômago imaginar o que nós fizemos com nossos irmãos.

Bom, são muitos pontos para tratarmos sobre esse caso e hoje vou falar somente da questão da terceirização. Essa foi uma tendência que cresceu no período neoliberal dos anos 80-90, com o “Fim da História”, “Consenso de Washington”, de desindustrializar, de desinvestir e promover “reengenharias”, focar nos processos lucrativos e tirar o “Estado pesado” das costas da livre iniciativa, das corporações modernas que “fariam o mundo se desenvolver”.

Antes disso, grandes empresas, públicas e privadas, tinham um elevado número de atividades e funcionários. Com a terceirização, elas foram deixando de existir ou focando em sua atividade-fim, e contratando “outras empresas” para as atividades-meio. O objetivo principal, obviamente, era reduzir os custos. Mas como pode o custo ser reduzido se nós deixamos de fazer uma coisa internamente para contratar uma empresa? Era o custo dos “encargos trabalhistas” e dos “benefícios” que deixavam de ser pagos a quem não era mais funcionário, mas “terceirizado”. Não só o custo imediato, mas o custo do risco de sofrer algum tipo de processo trabalhista. Essa tendência econômica, aliada à desregulação por parte dos estados nacionais, desembocou no que estamos vendo hoje em dia, com a “uberização” de tudo. Não há funcionários, mas “colaboradores-empreendedores-com-espírito-de-dono-e-salários-achatados”. Após 2016, o Brasil aprovou reformas econômicas que vão na mesma direção, como a Reforma Trabalhista, que retirou direitos supostamente para aumentar os empregos, com resultados idênticos à cobrança da bagagem para reduzir o preço da passagem aérea. Uma das mudanças, talvez a mais relevante nessa questão da terceirização é a permissão para que a atividade-fim fosse terceirizada, o que é obviamente um absurdo.

Enfim, essas vinícolas famosas, que lucram bilhões, embarcaram nessa história e terceirizaram parte do seu processo, nesse caso, o plantio e colheita das uvas. O trabalho análogo à escravidão ocorria nessas terceirizadas. As vinícolas tinham tudo certinho, inclusive certificações ligadas à ESG, afinal, o problema não ocorria nas empresas dela, eram somente nas “terceirizadas”. Isso não pode acontecer, e as grandes empresas serão responsabilizadas, com certeza, ainda que apenas em sua imagem. Mas quantos casos desse tipo não ocorrem por aí? A grande empresa, com tudo certo, bônus, benefícios, etc, e a cadeia produtiva dela “jogada às traças”.

Dentro do GAC, há duas situações que gostaria de comentar com vocês. A primeira dela é um trabalho que fizemos no Rio de Janeiro para uma consultoria que estava trabalhando para uma grande construtora, a MRV. A MRV exigiu muita documentação de saúde e segurança do trabalho, de nível semelhante às grandes indústrias para a consultoria e para nós. E, antes de começarmos o trabalho, fiscais da MRV foram verificar o hotel em que os nossos funcionários estavam. Nós éramos em 4 pessoas, eu, o Mestre Charles e mais 2 sondadores, portanto pequenos como “empreiteira” da MRV, mesmo assim foi feita uma fiscalização, inclusive no hotel, para ver se era verdade que eles estavam lá, não era só “fachada”. Ou seja, havia uma preocupação grande da construtora com toda a cadeia (nós éramos “quarteizirados”). Já algumas obras na cidade de São Paulo em áreas contaminadas, a consultoria faz, em sua avaliação de risco à saúde humana, uma série de recomendações sobre as obras civis, quais EPIs os trabalhadores devem usar, etc. Porém, infelizmente, em boa parte dos casos, essas recomendações são ignoradas porque não há comunicação entre o setor de meio ambiente da obra e a consultoria ambiental de GAC, nem o setor ambiental da obra com as terceirizadas, quarteirizadas, quinteirizadas, etc... Se algum dia ocorrer algum caso importante relacionado com a contaminação do solo, aí pode ser que a discussão evolua.

Semana que vem falaremos mais desse caso.

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Fabiano Rodrigues (novamente muitas vagas de emprego vieram dele), Aline Neves, Sergio Rocha. Obrigado, pessoal!!! Fico orgulhoso de ter tanta gente boa contribuindo com nosso “espalhamento” aqui!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: ERM (digital), Kopf (Analista Pleno), Lets (Técnico de Campo), Reconditec (Analista de Compras), Sanifox (Estágio, Técnico e Assistente), ConAm (Analista). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- Estão abertas as inscrições para mais um curso da parceria SENAC/AESAS. É um curso de Medidas de Controle Institucional, com 24 horas de duração. Será um curso online, ao vivo, às segundas e quartas, das 8:00-12:00, a partir de 13/03. Se vocês se enquadram, façam a inscrição!!!! Se souberem de alguém que possa se interessar, indique o site da AESAS. https://www.aesas.com.br/c%C3%B3pia-principal

 

- Semana passada falei sobre o caso do desastre ambiental e humano de São Sebastião, com destaque para a questão do racismo ambiental. Algumas amigas leitoras fizeram excelentes comentários sobre o tema, o que me deixou muito feliz!!!!! Para apimentar essa história de racismo ambiental e os demais leitores e leitoras não acharem que eu exagerei ou “peguei pesado” demais, vejam essa notícia: O Prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB-SP) tinha um projeto de remover as pessoas de uma área de risco do bairro de Maresias, porém “do lado de lá” da Rio-Santos, portanto, pessoas pobres que viviam nessas áreas de risco não por opção, mas foram “empurradas” para lá, como dissemos semana passada. A maioria trabalhava em empregos precarizados nas grandes casas do bairro “chique” dos condomínios de Maresias (do lado de cá da Rio-Santos). Seria construído um conjunto habitacional na área “chique”. Mas o projeto foi boicotado, criticado, obstruído e, por fim, abandonado, porque a “Associação dos Moradores” não queria “desvalorizar os seus imóveis”, por conta do novo conjunto habitacional que seria construído. Sim, o “valor do imóvel”, para essas pessoas, está acima das condições adequadas de moradia das centenas de pessoas que seria beneficiadas. O prefeito disse que alguns interessados em especulação imobiliária bloquearam a ação da Prefeitura. “Tinha empresários grilando área pública. Não é uma acusação, é uma constatação”, afirmou. Ele disse que cerca de 500 moradores de classe média e alta se uniram para barrar a construção de um conjunto do programa Minha Casa Minha Vida com 220 unidades. Esses 500 se reuniram num local chamado “Clubinho de Maresias” com empresários grandes, famosos, que se manifestaram no microfone contra a construção de casas para os moradores pobres do próprio bairro. O prefeito continua: “Eu afirmo com total clareza: não querem ao lado de sua casa pessoas de baixa renda. As pessoas querem preservar o seu quinhão de beleza”. A reunião no “clubinho” apresentou um laudo de impacto de vizinhança (assinado por uma profissional da área ambiental!!!!!!), que apontou aspectos como “Desvalorização imobiliária do entorno”, “desfavorecimento das condições de circulação do bairro”, “impacto em área de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental” e “Geração de adensamento populacional”. “Você colocar essas famílias com faixa salarial de um a três salários mínimos qual o esquema de segurança proposto para um local desse?”, questionou o presidente da Sociedade dos Amigos de Maresias (Somar). Um racismo ambiental e racismo “clássico” colocados claramente pelos 500 do Clubinho. E além de tudo isso, imaginem você ser contratado por uma associação dessas e ter o seu nome associado a um laudo desses. Ainda que o laudo esteja “tecnicamente correto”, na minha opinião, é algo muito errado de se fazer. Enfim, algumas vidas poderiam ter sido salvas se o projeto tivesse ido para frente, algumas pessoas estariam com suas coisas e suas casas intactas, se não fosse essa mentalidade de alguns aliada ao racismo estrutural, ambiental ou não. https://jornaldaorla.com.br/noticias/ricos-impediram-conjunto-habitacional-para-moradores-de-areas-de-risco-denuncia-prefeito/

 

- Aline Neves nos indicou essa notícia: em São Sebastião, além dos graves problemas que já sabemos, há outro: a limpeza da área atingida está gerando uma quantidade enorme de resíduos potencialmente perigoso, e está sendo chamada de “lama tóxica”. Ocorreu um aumento de 30% de internações por gastroenterite, aparentemente por causa de contaminação. Pelo menos quatro voluntários que atuavam na Vila Sahy foram diagnosticados com leptospirose. Um dos voluntários alerta que a lama desceu das encostas trazendo muito material, em particular animais mortos, esgoto, fossas. A Prefeitura coletou algumas amostras para fazer análises, mas certamente a prioridade é outra no momento. A água que chega nas casas do local está visivelmente afetada, possivelmente por infiltração de material na rede de distribuição. Os que não têm caixa d’água em casa (os mais pobres) estão sendo mais afetados. A Sabesp tem disponibilizado caminhões-pipa para fornecer água à população afetada. Infelizmente ainda haverá riscos crônicos às pessoas atingidas.      https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/03/02/doencas-contaminacao-lama-agua-sao-sebastiao-litoral-sp.htm

 

- Roberto Abdalla Machado nos indicou uma discussão importantíssima no LinkedIn, sobre “fase livre”. O grupo Underground Storage Tanks (USTs) da EPA revisou o seu documento chamado UST Technical Compendium: Release Investigation, Confirmation, and Corrective Action, que dá as diretrizes para o GAC em áreas com tanques enterrados com hidrocarbonetos nos EUA. Esse documento foi a base utilizada para se elaborar os procedimentos de investigação e remediação nos postos de combustíveis no Brasil. Nessa revisão, eles fazem uma espécie de perguntas e respostas. A Pergunta número 6 quer saber a interpretação de um artigo que diz que toda a “fase livre” mensurável em um poço de monitoramento deve ser removida na remediação. A revisão do documento responde que não, nem sempre essa remoção total da “fase livre” precisa ser feita por não ser viável tecnicamente e não trazer ganhos ambientais significativos. Em princípio parece que estão “deixando a boiada passar”, mas é bom lembrar que, para fazer isso, os responsáveis precisam: 1. Entender, quantificar, delimitar todo o LNAPL presente no meio, não só o que migra para os poços de monitoramento; 2. Quantificar o LNAPL que é móvel, que é recuperável; 3. Evidenciar que esse LNAPL não representa risco para os bens a proteger; 4. Evidenciar que haverá atenuação natural desse LNAPL; 5. Evidenciar que é melhor monitorar a atenuação natural que tentar ativamente remover o LNAPL. É algo tecnicamente já consolidado, mas que é um avanço para a metodologia do gerenciamento dessas áreas. Ainda hoje muita gente pensa que “se tem fase livre, precisa remover emergencialmente”. Não é bem assim. No entanto, investigar “fase livre” com poços de seção filtrante longa não afogados também não responde às nossas perguntas, como todo mundo já sabe.

Postagem do nosso amigo Abdalla: https://www.linkedin.com/posts/abdallamachado_ust-technical-compendium-release-investigation-activity-7035998375707578368-NWbs?utm_source=share&utm_medium=member_android

Página do UST: https://www.epa.gov/ust/ust-technical-compendium-release-investigation-confirmation-and-corrective-action

 

- Sérgio Rocha nos indicou um vídeo muito interessante, recomendo que vocês assistam. É bem curtinho, menos de 1 minuto, no Instagram. Nesse vídeo, uma empresa se vangloria de instalar um poço em perfil de areia de um jeito muito fácil. Usando uma Geoprobe e trados ocos (Hollows), eles removerem o Center Head e furaram os últimos 5 pés (1,5 m) sem essa peça e com os tubos colocados dentro dos trados ocos. Aí, eles colocam o cabeçote superior alinhado com os tubos, furam o último trecho com as Hollows enquanto “empurram” os tubos. E “pronto”, o poço está instalado. Usaram o velho truque do “empurrar os tubos” que o pessoal aqui no Brasil usa com trado manual e furo sem revestimento!!!!! O poço está sem pré-filtro, sem espaço anelar, sem nada. Me pergunto: para que os trados ocos? Se o objetivo dessa ferramenta é justamente furar enquanto reveste o furo? Às vezes a gente pensa que fazemos procedimentos errados aqui no Brasil, e que nos EUA é tudo certinho, mas nem sempre é assim. https://www.instagram.com/reel/CpOUoYSJU58/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D%F0%9F%A4%8C%F0%9F%8F%BD

 

- Alexandre Musseli publicou no LinkedIn uma reportagem do IPT muito interessante que fala do trabalho do grupo do IPT que atua com contaminação e impactos ambientais. Ela fala dos projetos desenvolvidos para a reabilitação da área da antiga Unidade de Tratamento de Madeira (UTM) do Jaguaré, contaminada por creosoto, um óleo pesado. As investigações envolveram modelagem matemática, integrando informações de múltiplas origens, como ferramentas de HSRC, dados químicos e geofísica, além de identificação das zonas de fluxo, o acompanhamento dos processos biogeoquímicos de atenuação natural, análises químicas, métodos de perfilagem de raios gamma e classificações microbiológica. Um trabalho realmente muito legal que está sob a coordenação do pesquisador Alexandre Muselli Barbosa, e trouxe como frutos nestes cinco últimos anos a geração de 28 produções técnico-científicas (nacionais e internacionais) e 17 formações acadêmicas entre TCCs, mestrados e doutorados.  https://www.ipt.br/noticia/1757-pd_em_areas_contaminadas.htm

 

- Fabiano Rodrigues nos indicou uma reportagem muito interessante, falando do Condomínio Mansões de Santo Antônio, em Campinas, considerada uma área contaminada crítica pela CETESB (veja um resumo do caso aqui: https://saude.campinas.sp.gov.br/visa/mansoes_sto_antonio/index.htm e aqui: https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/2013/11/22/mansoes-de-santo-antonio-concima-municipio-de-campinas/ ). Basicamente, a Prefeitura, por meio de equipes da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas estão cadastrando moradores, comércios e empresas do bairro Mansões Santo Antônio. De acordo com a Prefeitura, a partir desse cadastro, todos serão orientados em relação aos cuidados com a saúde, para que adotem hábitos para minimizar os riscos em relação à potencial contaminação do solo e águas subterrâneas no local. Os dados serão de uso exclusivo da Secretaria de Saúde, pelo sistema de Vigilância em Saúde municipal, que fará o monitoramento para facilitar a comunicação entre o poder público e as famílias e trabalhadores do bairro. No futuro, serão dados muito valiosos para avaliar os possíveis efeitos à saúde decorrentes da exposição dos moradores à contaminação da área. https://horacampinas.com.br/contaminacao-saude-cadastra-moradores-comercio-e-empresas-do-mansoes-santo-antonio/

 

- Lançamento de um documento importante do SERDP-ESTCP: Development of a Quantitative Framework for Evaluating Natural Attenuation of 1,1,1-TCA, 1,1-DCA, 1,1-DCE, and 1,4-Dioxane in Groundwater. Como o nome diz, o projeto quer fazer o Desenvolvimento de uma estrutura quantitativa para avaliar a atenuação natural desses compostos clorados pouco estudados. Em geral, avalimos a atenuação natural de etenos clorados até eteno e etano. Esse quer avaliar a atenuação dos etanos clorados e do 1,4-Dioxano. Quem trabalha com MNA (alô, Diego!!!!), é um belo documento: https://www.serdp-estcp.org/projects/details/bd9c56ae-002e-40fc-88cf-4a9c8566de93/er-201730-project-overview

 

- Marcos Araújo publicou no LinkedIn postagem apontando vários erros na reportagem da Folha, de dezembro, que fala sobre áreas contaminadas. Infelizmente a Folha cometeu diversos equívocos, que vou deixar para vocês lerem. Seria muito importante que nós fizéssemos mais divulgação do nosso trabalho. Muita gente me fala que os próprios familiares não sabem direito o que nós fazemos. Mas leiam a reportagem e encontrem os conceitos equivocados. O curioso é que, nos anos 80, a Folha tinha uma propaganda dela própria que dizia que era possível mentir dizendo somente a verdade. Nesse caso, a reportagem está errada, mas falando várias coisas certas https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2022/12/contaminacao-de-areas-com-agua-subterranea-cresce-28-em-7-anos-no-estado-de-sao-paulo.shtml

 

- Falando em erros de reportagem, vocês lembram da cratera aberta na Marginal Tietê nas obras do Metrô da Linha Laranja em fevereiro de 2022? Tratamos desse caso aqui na Newsletter também. A conclusão foi que uma tubulação de esgoto da Sabesp tinha vazado por conta de falha estrutural e esse vazamento causou o colapso. Essa conclusão foi de um laudo contratado pela construtora Acciona, que está executando as obras do Metrô, elaborado por “consultorias internacionais”. Na época foi mais um argumento usado pelos defensores da privatização da Sabesp, que será feita pelo Governo do Estado nesse mandato. Pois bem, o IPT fez um estudo com conclusões bem diferentes, isentando a Sabesp de ser a causa do problema. O IPT pontuou que os materiais do duto da Sabesp eram compatíveis com as especificações do projeto e que não houve rompimento da tubulação, e que, no momento do acidente, as bombas da rede de esgoto da Sabesp estavam desligadas, ou seja, sem pressão. O relatório do IPT aponta como causas: a fragilização do terreno e o uso de materiais inadequados, de baixa resistência, na execução do trecho final do túnel do metrô. Os técnicos dizem que no ponto onde esse túnel se encontraria com o poço de ventilação, uma parede robusta foi substituída por uma parede mais fina. Os técnicos afirmam que essa nova configuração não ofereceu resistência suficiente para suportar os esforços produzidos pela passagem do “Tatuzão”, ou seja a culpa teria sido da construtora. O IPT disse ainda que é possível que perfurações de sondagem do solo, abandonadas pela construtora sem vedação adequada, tenham contribuído para o acidente. Mais uma vez as sondagens podem ter sido a causa, ou pelo menos o gatilho, de um acidente de grandes proporções!!!!!

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/03/01/laudo-do-ipt-sobre-causas-do-acidente-que-abriu-cratera-em-obra-do-metro-na-marginal-isenta-sabesp-e-suspeita-de-construtora.ghtml

 

- Notícia muito preocupante: à medida que o permafrost descongela na Sibéria, mais de 400 “bombas” de metano são preparadas para explodir. Se realmente acontecer, haverá a liberação total de 50 Bilhões de toneladas de metano que aumentaria as temperaturas globais em 0,6 ° C durante um período de 3 anos. Isso pode causar a perda total de habitat para os seres humanos. Como comparação, o “vazamento” do gasoduto Nord Stream emitiram algo como 150 mil toneladas de metano. https://twitter.com/PGDynes/status/1629472529730371585?t=4-YxAioklQGqzrKmLclHGg&s=08

 

- Ainda na Sessão Desastres Iminentes, tem uma geleira chamada de "geleira Apocalipse" que está derretendo e que pode elevar o nível dos mares em 3 metros. Do tamanho do estado da Flórida, parte do que a mantém no lugar é uma plataforma de gelo que se projeta para a superfície do oceano, mas a base segue altamente vulnerável à medida que o oceano esquenta. A “Geleira do Apocalipse” também está agindo como uma represa natural para o gelo circundante na Antártica Ocidental, e os cientistas estimam que o nível global do mar poderia subir cerca de 3 metros se ela entrar em colapso, gerando um verdadeiro “efeito Borboleta”. https://inovasocial.com.br/solucoes-de-impacto/colapso-geleira-do-apocalipse-efeitos-nivel-mar/

 

- Você pode achar que estou exagerando, ou sendo alarmista demais. Mas vejam o que aconteceu com o Mar de Aral. Para quem jogou WAR, certamente já ouviu falar nesse nome, um território da Ásia. O Mar de Aral era um lago salgado situado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, que começou a encolher na década de 1960 e secou em grande parte na década de 2010, depois que os rios que o alimentavam foram desviados por projetos de irrigação para a cultura de algodão. Imagens de satélite da NASA em agosto de 2014 revelaram que, pela primeira vez na história moderna, que o Mar de Aral havia secado completamente, sendo agora chamada Deserto de Aral Kum (literalmente, “Areias do Aral”). Mas, como se isso fosse pouco, com o fim da URSS, alguns planos de recuperar o Mar de Aral na década de 80 foram abandonados, e os “oligarcas”, ou seja, os poderosos que tomaram para si as realizações soviéticas, tomaram as terras ao redor do lago e tornaram a produção de algodão a grande monocultura da região. O plantio é feito com uso em larga escala de fertilizantes e pesticidas, que escoaram por muitos anos para o Mar de Aral, que antes de secar, em 1990, tinha salinidade 10 vezes maior que a água do mar. O leito seco do lago tornou-se uma enorme planície coberta de sal e produtos químicos, muitos deles causam danos à saúde humana. Nuvens de poeira levam estes produtos por toda parte e cientistas acharam poeira do Aral Kum no organismo de animais nas geleiras da Groenlândia e nas florestas norueguesas. Tempestades de areia tóxica tornaram-se comuns na região e pessoas que vivem nas partes mais baixas das bacias hidrográficas e nas antigas zonas costeiras ingeriam poluentes bebendo água local e inalando poeira contaminada. E algo parecido está ocorrendo com o Lago Chade, na África e no Grande Lago Salgado de Utah, nos EUA. Impressionante!!!!

Mar de Aral: https://twitter.com/DennisAlmeida82/status/1630311692440674307?t=fhIRnJ4lphuZ0v_BmG0cFg&s=08

Grande Lago Salgado de Utah: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/cientistas-tentam-salvar-grande-lago-salgado-antes-que-ele-se-torne-lixo-toxico/

Lago Chade: https://g1.globo.com/natureza/noticia/por-que-um-dos-maiores-lagos-do-mundo-ja-perdeu-90-de-sua-agua-em-4-decadas.ghtml

 

- Mais uma da “Sessão Desastres” do dia: o peixe-leão (Lion fish), que já foi tema aqui na Newsletter quando ele tinha invadido o Mar do Caribe, especialmente a Costa da Venezuela. Para quem não se recorda, é um peixe asiático, muito bonito, por isso muito procurado por aquaristas marinhos. Ele tem “espinhos” na parte superior e lateral que são venenosos, sendo uma proteção contra os predadores. É um peixe voraz, que se alimenta de peixes menores. Ele invadiu o Mar do Caribe provavelmente por conta de “descarte” dos peixes que eram de aquário. Eles gostaram muito do clima, da diversidade de alimentação e, especialmente, de não ter predadores. O problema estava tão grande que na Venezuela estavam pescando e vendendo ceviche feito com o Peixe-Leão. Muito bem, agora, ele já chegou ao Brasil, no que os pesquisadores estão chamando de “A Invasão mais Rápida da História”. Ele foi encontrado pela primeira vez em 2020, no Amapá e Pará, vindo do Caribe. Em 2022, foi visto em águas rasas no Ceará, semana passada em Itamaracá, Pernambuco. Em 12 meses, 230 peixes foram capturados. Marcelo Soares, pesquisador da Universidade Federal do Ceará afirma que “É a invasão mais rápida que já vi na história do Brasil. Eu estou impressionado, e isso traz uma situação gravíssima”. Soares cita que o peixe já está em todos os municípios litorâneos do Ceará e Piauí. Desde o início do ano, porém, a espécie foi achada ao sul do Natal, o que cria uma preocupação nacional por conta do sentido da corrente marítima no litoral do país que vai no sentido sul. Além disso, os peixes encontrados estão cada vez maiores (38 cm, contra 14 cm dos primeiros). Um dado que chamou a atenção de pesquisadores é que, diferente do Caribe, o peixe tem aparecido com frequência em estuários de rios, o que amplia o problema.  https://noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2023/03/05/peixe-devorador-vindo-do-caribe-se-espalha-pelo-ne-e-ameaca-litoral-do-pais.htm

 

- A Petrobrás, que, no GAC, é uma responsável legal importante e conduz muitos projetos, teve um lucro líquido recorde em 2022. Foram 188 Bilhões de reais. Na verdade, 188,3. Esqueci do “vírgula três”, que representam 300 milhões de reais!!!! Esse é o lucro líquido, o que sobra no final de tudo. O EBITDA, que, grosso modo é o lucro antes de pagar impostos, juros, amortização de investimentos e depreciação foi de 340,5 Bilhões de reais (!!!!). Será que há espaço para reduzir o custo da gasolina no Brasil? Boa parte dessa grana vai parar no bolso dos acionistas, que pressionam para que a Petrobrás mantenha essa política de preços de paridade do preço internacional (por que será?). A distribuição dos dividendos foi de 215 bilhões de reais, maior até que o lucro, porque o cálculo para a distribuição dividendos foi baseado em 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e o valor do investimento da companhia, que foi muito baixo em 2022, já que a Petrobras não tinha projetos que precisassem de investimentos volumosos. Ou seja, não ter projetos de investimento é bom para os acionistas, portanto, eles pressionam para não haver investimento!!!!! Como base de comparação, o orçamento do Ministério da Educação inteiro para 2023 é de 170 Bilhões de reais, o do Ministério da Saúde é de 150 Bilhões de reais. Os acionistas ganham mais que toda a Educação e que toda a Saúde do Brasil. Ganham mais que a própria empresa. Isso não pode estar certo, não acham?

Lucro Petrobrás: https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2023/03/01/petrobras-tem-lucro-liquido-de-r4334-bi-no-4-tri.htm

Dividendos aos acionistas: https://www.poder360.com.br/economia/petrobras-vai-distribuir-maiores-dividendos-de-sua-historia/.

 

- Notícia preocupante: Áreas de mineração dentro de Terras Indígenas que foram requeridas legalmente (ou seja, fora os garimpos ilegais) somam mais que a área de todo o estado do Rio de Janeiro. https://noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2023/03/02/mineracao-em-terras-indigenas-ocupa-area-maior-que-estado-do-rio-diz-livro.htm

 

- Essa semana, soubemos de uma belíssima descoberta arqueológica conjunta por pesquisadores egípcios e japoneses: um túnel de 9 metros de comprimento e 2 m de largura foi identificado na Pirâmide de Quéops. Ela vem sendo chamada de “A Descoberta do Século”. A descoberta foi iniciada por uma espécie de “Geofísica”, tecnologia utilizada pelos acadêmicos japoneses de medir matéria através de 'múons' do espaço e confirmada essa semana por meio de uma câmera endoscópica que comprovou que o “vazio” não era uma rachadura    https://twitter.com/MJamille/status/1631245100138233856?t=gmLA6nW_ANl-fWP37UiOAw&s=08

 

 

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Marcos Tanaka Riyis

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