Newsletter ECD #172

Essa é a Newsletter #172, enviada em 22/10/2023.

 

A nossa Newsletter, junto com o nosso Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas, dicas e notícias sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, saúde, filmes, livros, músicas e teorias para adiar o fim da humanidade, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter, pode mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #168 e algumas anteriores

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-168

 

Essa semana tivemos a honra de receber mais 1 nova inscrição aqui na Newsletter da ECD. Somos atualmente em 759!!!! Seja bem-vinda Elisandra!!!!

 

Gostaria de relembrar que temos uma campanha no “Apoia.Se”, que é muito importante pra gente, pois ela nos ajuda a manter gratuitos os nossos canais de divulgação científica nessa Newsletter e no Podcast Áreas Contaminadas. A campanha, para quem quiser e puder contribuir voluntariamente conosco está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples e rápido, você faz um login na plataforma e escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. Mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente.

 

Falando em Apoia.Se, essa semana tivemos a grande alegria e felicidade de recebermos mais um apoio financeiro na nossa campanha, o 3º nesses últimos tempos!!! Desta vez, veio do Danilo Tonelo!!! Isso nos deixa muito, muito felizes e agradecidos e nos dá aquele frio na barriga com a responsabilidade de termos, agora, 60 pessoas voluntariamente contribuindo financeiramente conosco. Isso é um sinal da grande consideração que essas pessoas têm pela gente, mas também de que estamos fazendo algo relevante para o GAC brasileiro, e isso realmente é muito legal, nos alegra muito!!!!! Danilo, muito obrigado em nome dos estúdios ECD e de toda a comunidade que acessa os nossos conteúdos. É uma honra ter você aqui conosco!!!!!

 

Aproveitando, agradeço aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação gratuitos. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Barbara Grossi, Beatriz Lukasak, Beatriz Ramos, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Danilo Tonelo, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Geotecnysan, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, Hermano Fernandes, Igeologico, Jefferson Tavares, João Paulo Dantas, João Lemes, Jonathan Tavares, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marcos Akira Ueda, Marina Melo, Nádia Hoffman, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Rafael Sousa, Renato Kumamoto, Rodrigo Alves, Rodrigo Gaudie-Ley, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Vania de Oliveira, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 7 apoiadores anônimos.

 

Falando em Apoia.Se, em colaboração, cooperação, crescimento coletivo, reitero que, nesse mês de outubro/23, completamos 3 anos da nossa campanha no Apoia.Se. Em nome de todo mundo aqui nos Estúdios ECD, agradeço cada um de vocês, apoiadores atuais, ou que passaram por aqui em algum momento. Vocês foram e são muito importantes para continuarmos nessa jornada de melhorar tecnicamente o mercado como um todo, dar poder aos trabalhadores e trabalhadoras do GAC, um poder pelo conhecimento, reconhecer as jornadas individuais e as contribuições de cada personagem do mercado dando voz a essas pessoas, e fundamentalmente, contribuir para a melhora da qualidade ambiental desse nosso planetinha azul. Vocês, colaboradores e colaboradoras, contam com o meu carinho e admiração pelo amor, pelo desprendimento, pelo interesse genuíno em querer melhorar as coisas para todo mundo. Somos realmente privilegiados por ter vocês conosco!!!!! Mais uma vez, muito obrigado pelos 3 anos juntos!!!!

 

Na última semana, foi ao ar o Episódio #169 do Podcast Áreas Contaminadas, o 5º Episódio da Série “O Futuro do GAC”, onde mostrei uma conversa muito legal com Diego Silva e Allan Umberto, legítimos representantes dos “Trabalhadores do GAC”. Legítimos porque são trabalhadores, filhos e netos de trabalhadores do chão de fábrica e do chão de terra da agricultura, unindo a foice e a enxada ao capacete, chaves de fenda e martelos dos operários urbanos. Ambos já foram entrevistados em outras ocasiões e têm uma visão muito interessante do mundo, do GAC e das relações entre os atores da sociedade. Foram muitas coisas interessantes tratadas no episódio. Uma das discussões interessantes foi que não é só porque uma empresa cria empregos que ela tem salvo-conduto para tudo, inclusive para degradar o ambiente ou contaminar uma área. Da mesma forma, não é porque ela é uma consultoria ambiental e que dá emprego que essa empresa não precisa dar boas condições de trabalho (salários, registro, direitos trabalhistas, benefícios, cuidados com saúde física e mental do trabalhador, etc). Falam que a busca pelo lucro parece estar gerando mais relatórios padronizados, de prateleira, com uma qualidade cada vez mais reduzida, como se as empresas do GAC quisessem testar limites de custo e qualidade para ver o que o órgão ambiental aceita enquanto mantém suas margens. Dentro disso, sobrecargas de trabalho são comuns, com muita gente sofrendo com episódios negativos severos de saúde mental por causa disso. E novos cargos estão sendo criados nas empresas, com o objetivo de não registrar o trabalhador (nas pequenas), ou de não contratá-lo como o profissional habilitado, da sua formação (“analistização”).

Eles falaram também dos salários no GAC, que, comparando com outras áreas ambientais, estão na média, ou um pouco melhor que nas outras, mas, comparando com outros mercados não-ambientais, como banco, TI, seguradoras, construtoras, indústrias, estão cada vez mais distantes. Por outro lado, as políticas de saúde e segurança no GAC são bem rigorosas e interessantes, e costumam proteger o trabalhador, exceto, nos cargos menos remunerados como sondagem, amostragem, etc.

Como o grande tema é o Futuro do GAC, na visão deles, a chegada da tecnologia é inexorável, vai acontecer com certeza, e, como eles têm a visão histórica das coisas, particularmente das condições do trabalhador, eles constatam claramente que sempre a tecnologia vem para substituir a mão-de-obra e aumentar a produtividade per capita, consequentemente os lucros dos donos dos meios de produção. Dessa vez, com as ferramentas de IA, não será diferente. Os relatórios padronizados do GAC serão cada vez mais substituíveis por essas novas tecnologias, sobrando pra nós os trabalhos que precisam de ciência, de reflexão, de interpretação humanas. Ou seja, os postos de trabalho de “analistas” irão diminuir drasticamente. Dentro disso, as recomendações do Allan e Diego são basicamente duas: temos que nos capacitar, aprender, estudar cada vez mais!!! Eles falaram isso sabendo da dificuldade e dos custos de se capacitar, mas será mais que necessário, será obrigatório. No fim do episódio, eles dão a principal recomendação: vamos nos unir, afinal, não estamos, ou não deveríamos estar competindo entre nós e sim, construindo um GAC melhor, um mundo melhor.

Penso que a ideia deles é muito interessante, outras pessoas já me falaram sobre isso, mas acho que é a primeira vez no ar no Podcast: as empresas têm uma associação muito forte, que cresce cada dia mais, que conseguiu coisas muito boas para o mercado, que é a Aesas. Talvez haja espaço também para ser construída uma associação de trabalhadores e trabalhadoras do GAC, para também construir coletivamente um mercado que cresça para o lado de quem produz a riqueza. Não como concorrente ou antagonista da associação das empresas, mas como um complemento. Penso ser uma belíssima ideia, o que vocês acham? Trabalhadores e trabalhadoras do GAC, Uni-Vos!!!!

 

 

 

 

 

 

Lembro que a Série “O Futuro do GAC” é uma série de episódios conectados, que se destina a tentar entender o funcionamento do nosso mercado e a discutir o futuro do Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Nessa série, mostraremos conversas com diferentes grupos de pessoas, para trazermos diferentes visões sobre o presente e o futuro do GAC, para entendermos melhor a essência do que nós fazemos. Falaremos na série a respeito da relevância do GAC para a sociedade, o status atual do mercado, as condições dos trabalhadores e trabalhadoras do GAC, e especialmente o que há de vir em termos de tecnologias, contaminantes, mercados e vida do trabalhador. Além desses quatro, haverá pelo menos mais um, já gravado.

Contem para a gente como vocês acham que será o Futuro do GAC

 

Como sei que estavam com saudades, nessa próxima semana, irá ao ar o 3º Episódio da Série Especial de GAC em áreas com hidrocarbonetos de petróleo dentro do nosso querido Podcast Áreas Contaminadas.

Essa série é de episódios mais curtos, técnicos, direto ao ponto, onde em faço uma explanação com comentários sobre um tema específico. Pensamos que esse tipo de episódio mais curto e “direto ao ponto” é importante para ajudar as pessoas, falando de temas que discutimos no SENAC, na ABNT, nas reuniões da AESAS, outros fóruns, outras universidades, etc, mas nem todo mundo têm acesso fácil, então, a ideia é intercalar as entrevistas, com esses episódios técnicos mais curtos.

Especificamente sobre a Série, ela tem o objetivo principal de falar sobre o Gerenciamento de Áreas Contaminadas em áreas com hidrocarbonetos de petróleo. Como eu falei aqui na abertura, reconheço que já falamos muita coisa nos nossos episódios técnicos sobre investigação de LNAPL, basicamente centrados na ideia do que não deve ser feito nessa situação, que é instalar um poção, aquele poço com 3 metros de seção filtrante e não afogado. Mas achamos aqui nos estúdios ECD que chegou a hora da gente consolidar melhor essas ideias e deixar tudo em um só lugar, nessa série de episódios falando do gerenciamento de áreas com Hidrocarbonetos.

Um objetivo mais específico para a criação dessa série foi quando percebi que muito trabalho já foi feito nos postos de combustíveis, mas boa parte não foi feito da melhor forma, ao olhar de hoje, mesmo com muitos casos encerrados. Percebi também que conceitos que parecem “básicos” como: fonte, pluma, LNAPL trapeado, fase residual, saturação, molhabilidade, não estão totalmente incorporados no repertório dos profissionais do GAC que, no fim, acabam fazendo a “receita de bolo” anticientífica: instalar poções, ver se junta fase livre nesses poções, se juntar, precisa colocar um MPE, se não precisar, é monitorar fase dissolvida, restringir o consumo de água e tchau, sem realmente avaliar o problema, muito menos os reais riscos.

Nesse terceiro episódio, o tema é: Como Encontrar as Fontes Primárias em Postos de Combustíveis, ou seja, como encontrar aquele equipamento que vazou ou que pode ter vazado, gerando uma fonte secundária (LNAPL) e, eventualmente, plumas de partição dessa fonte secundária para a água subterrânea (fase dissolvida) ou para o ar do solo (fase vapor). Como não entendo muito de encontrar as fontes primárias, acabei demorando para fazer esse episódio, e chamei alguém que entende muito mais que eu desse assunto para falar com vocês, que é o Felipe Nareta. Felipe já foi entrevistado no Episódio #044, é Engenheiro Químico e Sócio-Diretor na SAFE7, empresa de Assessoria Ambiental, que faz a interface dos responsáveis legais (Postos de Combustíveis) com as consultorias. A SAFE7 é baseada no estado do Paraná, mas a atuação é em todo o território nacional. Felipe fala das principais fontes que devemos procurar nessas áreas, desde as mais comuns (bomba, tanque, filtro de diesel) até umas mais “ocultas” para quem não está acostumado. Nessa série, já falamos sobre as origens legais e técnicas do GAC em áreas com hidrocarbonetos (Episódio #01), sobre como a contaminação por LNAPL interage com o meio (Episódio #02), e agora vamos começar a ver como encontrar essa contaminação, iniciando, claro, pelas fontes primárias. Espero que gostem!!!!

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Ainda no tema do Podcast dessa semana e sobre os principais assuntos que tratei nas duas últimas Newsletters: redução repentina e significativa da demanda e a “analistização” dos trabalhadores, recebi mais algumas mensagens nessa semana:  muitas mensagens contando sobre sobrecarga de trabalho nas consultorias até o ponto de “colapso” no atendimento dos projetos, aí, as empresas se veem obrigadas a contratar mais pessoas. Parece um alívio para quem já está sobrecarregado, mas os novos funcionários já entram com demanda lá em cima e não alivia praticamente nada a sobrecarga de quem está na empresa. Além disso, essa ação abre vagas apenas para quem já conhece o trabalho, para quem já tem experiência, dificultando o acesso de novas pessoas ao GAC, afinal, não há tempo para ensinar o trabalho para quem é inexperiente porque está todo mundo sobrecarregado. Essa contratação só de pessoas que já estão no mercado favoreceria a negociação de salários e benefícios, porém, com a queda geral da demanda, a balança está pendendo para o lado de quem oferece a vaga. Então, as queixas básicas são: sobrecarga de trabalho, sem muita saída, porque ofertas de trabalho têm condições semelhantes e mesmo essas ofertas estão menores. Por isso, é cada vez mais provável a analistização do GAC nos próximos meses.

O outro ponto é a redução da demanda, mais uma vez vi sinais diferentes: redução na demanda industrial, muitas concorrências pelo menor preço e as empresas concorrentes quase sempre oferecendo preços baixos (e qualidade compatível), e alguns setores industriais com baixa sazonal. De outro, aumento na demanda mais técnica, de mais qualidade em outros estados fora de SP, e, na Grande São Paulo, aumento da demanda do setor imobiliário (que, em geral, exige preços menores). Mas, por coincidência, vi essa semana, muita, mas muita propaganda de empresas de sondagem ambiental, mecanizada e manual, nas redes sociais. Para mim, isso é um indicador claro que há pouca demanda para trabalhos de sondagem, pois, se as agendas estivessem lotadas (e outubro-dezembro, as agendas sempre estiverem lotadas), não haveria espaço para propaganda. Como não é um caso isolado, são muitas empresas, com vários tipos de máquinas, incrementando o seu marketing, sinto que há uma baixa na demanda por sondagens, que é um termômetro do mercado. Percebo, então, que há uma baixa no mercado, o que não é bom para ninguém no GAC (trabalhador, empresário do GAC, sociedade, órgão ambiental), mas é especialmente pior para os trabalhadores e trabalhadoras. Vamos acompanhar!!!!!

 

Por fim, antes de começarmos com as notícias da semana, hoje peço desculpas porque meus compromissos “aulísticos” me impediram de escrever e comentar mais notícias e de colocar textos mais elaborados nessa Newsletter. Vou, então, guardar as notícias mais gerais para a próxima semana e priorizar somente as notícias específicas do GAC. Vamos a elas:

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Lucas Venciguerra. Obrigado, pessoal!!! Fico orgulhoso de ter tanta gente boa contribuindo com nosso “espalhamento” aqui!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: Vsol (Estágio), Geoambiente-SJRP (Amostrador de água e ar do solo), EBP (Estágio), Servmar (Assistente Comercial/Vendas e Orçamentista), BTX (Gestor de Projetos para ESG e Licenciamento), WSP (Analista Júnior – BH). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- O Centro Universitário SENAC abriu as inscrições para o Processo Seletivo para a 11ª turma do curso de Pós-Graduação em Remediação de Áreas Contaminadas (RAC). O curso tem duração de 1 ano, com aulas aos sábados (parte presencial, parte online) e um dia da semana (terça ou quinta, essas aulas sempre online). Sou suspeito para falar, mas é um curso muito bom, especialmente para quem é do mercado e quer se aperfeiçoar na etapa de Remediação. A coordenação é do meu amigo Rodrigo Cunha, conta com a minha participação e auxílio, e conta com um corpo docente quase todo de pessoas muito ativas no mercado de GAC, especificamente na Remediação. Informações, preços, descontos e inscrições no site https://www.sp.senac.br/pos-graduacao/pos-em-remediacao-de-areas-contaminadas

 

- Como eu disse nas semanas passadas, Calvin Iost lançou recentemente seu novo projeto, a Ecobytes Academy. É uma plataforma de cursos (e-learning) ambiental voltada para o segmento digital. Muito útil dentro do GAC e também em outras áreas ambientais.

O primeiro curso está disponível, parece ser muito interessante e importante. Já tive o prazer de assistir muitas aulas do Calvin e são realmente excelentes. Quem quer conhecer mais sobre esse assunto, é uma boa pedida. https://ecobytesacademy.com/bi/

Novamente aviso que o Calvin, gentilmente, ofereceu para vocês, leitores dessa Newsletter, um desconto de 15%, basta acessar esse link abaixo. Ressalto que nós aqui da ECD não ganhamos nada (financeiramente falando) com essa iniciativa, ganhamos com a melhoria de todo o mercado do GAC, nessa construção coletiva que gostamos de fazer. É, portanto, uma gentileza bem bacana que o Calvin nos ofereceu, e que eu, em nome dos leitores, agradeço. Quem tiver interesse, acesse o link direto: https://sun.eduzz.com/q63lpkrx

A Ecobytes lançou seu 2º curso, de Excel para a área ambiental. Também muito interessante e relevante para o nosso mercado, a um custo bem baixo. Quer melhorar no Excel? Aí uma boa oportunidade

https://www.linkedin.com/posts/ecobytesacademy_meioambiente-dados-datascience-activity-7115410080266620928-83DJ

https://ecobytesacademy.com/excel/

 

- A Sauber System anuncia o seu evento Vapor Day. O objetivo principal é divulgar um sistema inovador de monitoramento de remediações que utilizam SVE por meio do Vapor Pin em conjunto com o amostrador passivo da Vapor Solutions. Segundo a Sauber, eles apresentarão o estado da arte de intrusão de vapores baseado em estudo e evidências: métodos de amostragem de ar do solo e tecnologias inovadoras para investigação de intrusão de vapores. O evento é grátis e inclui o estacionamento. Após o final do evento, iremos reunir todos os participantes para um coquetel de encerramento do curso. Apresentações de Rafael Sato, Laurie Chilcote e Craig A. Cox. Dia 14/12, no Hotel Mercure Pinheiros. Inscrições gratuitas no site: https://www.sympla.com.br/evento/vapor-day/2195082

 

- A notícia mais impactante da semana no GAC vem do ITRC. A equipe do ITRC que estuda os PFAS anuncia o lançamento da atualização do seu famoso Documento de Orientação Técnica e Regulatória PFAS-1. Esta atualização inclui mais conteúdo em várias seções, incluindo discussões sobre biossólidos, alegações recentes de uso e ocorrência de PFAS em produtos, substituição e limpeza de AFFF e toxicologia de inalação de PFAS. Outras seções do documento também receberam conteúdo adicional, incluindo lisímetros (muito interessante, equipamento utilizado na agricultura para amostrar água na zona não saturada e que sempre achei que deveria ser muito mais usado no GAC), efeitos do AFFF na saúde e tratamento de emissões atmosféricas. Além disso, diversas tabelas foram atualizadas, incluindo o Resumo dos Programas Regulatórios, as Tabelas de Métodos Analíticos e a Tabela de Tecnologia de Tratamento. Não percam tempo, consultem a página dos PFAS no ITRC: https://pfas-1.itrcweb.org/

 

- Ainda na Sessão PFAS, a Royal Society of Chemistry (RSC) pede aos ministros do Reino Unido que reduzam em 10 vezes os limites para PFAS na água de consumo e que seja criada uma agência nacional de produtos químicos, diz uma reportagem do The Guardian. O limite atual de água potável no Reino Unido, que é “só” uma diretriz e não um limite legal, é de 100 nanogramas por litro para PFAS individuais. A RSC sugere que este valor seja reduzido para 10 ng/L e seja introduzido um novo limite de 100 ng/L para a soma de PFAS, considerando uma gama mais ampla desses compostos. “Níveis acima de 10 ng/L representam um risco médio ou alto para a saúde pública”, disse Stephanie Metzger, conselheira política do RSC. “Estamos vendo mais estudos que ligam o PFAS a uma série de condições médicas muito graves e, por isso, precisamos urgentemente de uma nova abordagem para o bem da saúde pública.” Interessante o pensamento e a abordagem, não só para PFAS mas para outras SQIs presentes nas torneiras do Reino Unido e do Brasil também. https://amp-theguardian-com.cdn.ampproject.org/c/s/amp.theguardian.com/environment/2023/oct/18/scientists-call-on-ministers-to-cut-limits-for-forever-chemicals-in-uk-tap-water

 

- Dentro do GAC brasileiro, a notícia mais relevante é a divulgação, pela AESAS, do resultado de seu trabalho de esclarecimento sobre análises de TPH. É uma espécie de documento-resumo que sintetiza os tipos de metodologias analíticas para se realizar análises químicas para TPH, com seus principais objetivos e limitações. É um documento muito completo e bastante esclarecedor. Eu diria até que é obrigatório para toda a comunidade do GAC!!!! Um parênteses aqui: essa é mais uma iniciativa importantíssima realizada no âmbito da Associação que representa as empresas do GAC. A AESAS tem conseguido muitas coisas relevantes para o mercado e tem representado de maneira muito competente as empresas do nosso segmento. Os meus convidados do último podcast (#169) sugerem que haja uma Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do GAC, para também conseguirem essa representação e esse nível de qualidade na elaboração de orientações, guias e outros documentos de interesse do mercado. Fim do parênteses, agora leiam o documento da AESAS:  https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:46b02940-9400-4dab-9902-b00877cbfdfb

 

- Um aluno do curso de Pós-Graduação em Engenharia Hidrogeológica da PUC-Minas nos indicou um vídeo muito interessante, elaborado pela Reconditec e pela McMillan-McGee. É um vídeo sobre Remediação Térmica, que ilustra bem como funciona o processo, mas, além disso, ele mostra um modelo conceitual bastante interessante de um caso em Ostend, na Suécia. É bem interessante, dá para aprendermos muita coisa nesse vídeo. https://www.youtube.com/watch?v=StOOCcSH_K4

 

- Muita gente bacana (Allan Umberto, Luiz Ferreira, Filipe Ferreira, Manoel Riyis) me indicou uma notícia do UOL que fala sobre um levantamento da Repórter Brasil, que identificou uma mistura de 27 agrotóxicos na água de consumo de 210 municípios do Brasil. Ou seja, estamos tomando água com SQIs sem sabermos os riscos. Na maior parte das vezes, os agrotóxicos não são sequer analisados. A matéria usa dados a partir de informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, com testes feitos em 2022. As detecções ocorreram em amostras de água de diferentes redes de abastecimento dentro dos municípios. Por exemplo, na cidade de São Paulo, cinco agrotóxicos foram encontrados na água da Sabesp. Já o total de 27 foi verificado em condomínios e empresas da capital paulista com sistemas particulares de tratamento da água. Embora tenham sido encontradas, essas substâncias não estavam com concentrações acima do limite de risco à saúde humana para ingestão, mas a reportagem se preocupa com o efeito sinérgico dessa mistura. Eu alerto para dois outros fatores: um deles é que foram analisados somente 27 substâncias quando há mais de 1400 agrotóxicos aprovados para o uso no Brasil (fora os não aprovados que são usados). O outro fator é que, como trabalhamos com GAC, conhecemos um pouco de risco à saúde humana. Um dos pontos mais interessantes da Avaliação de Risco à Saúde Humana é que os riscos individuais devem ser somados se as SQIs são carcinogênicas. Traduzindo aqui, imagine que haja 27 SQIs e as 27 sejam carcinogênicas (podem causar câncer). Nenhuma das 27 ultrapassou o limite, ou seja, nenhuma delas, sozinha, tem chance maior que 10E-5 de causar câncer. Mas imagine que elas estejam em concentração bem pequena, digamos 1/10 do permitido. Grosso modo, o risco de câncer decorrente da ingestão de água nesse caso seria de 1x10E-6 para cada SQI. Se tivermos 27 SQIs com esse risco, quando somamos temos 27x10E-6, ou seja, 2,7x10E-5, portanto, acima do limite de risco carcinogênico para ingestão de água. Não precisa nem ter efeito sinérgico, se somarmos os riscos individuais, mesmo baixíssimos, temos um risco acima do tolerável. Você que está lendo certamente ficou preocupado e preocupada. O que fazer então? Individualmente, recomendo minimizar o risco usando filtro na saída da sua torneira, no mínimo com carvão ativado. Talvez 2 filtros em série para você poder trocar com maior frequência a mídia filtrante. Mas, coletivamente, precisamos exigir mais regulamentação e fiscalização mais rígida para os agrotóxicos, além da exigência de investigação em áreas potencialmente contaminadas por agrotóxicos. Assim, os responsáveis pela contaminação vão perceber que os custos dessas aplicações não podem ser externalizados, e sim, terão de pagar pelo GAC, tornando o uso “mais caro”, que, na verdade, não é mais caro, e sim, com o custo internalizado, não assumido pela sociedade. Há muito a percorrer...  https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reporter-brasil/2023/10/16/27-agrotoxicos-sao-detectados-em-agua-de-sao-paulo-fortaleza-e-campinas.htm   

 

- Para finalizar, uma notícia muito interessante: Pegadas de dinossauro com 90 milhões de anos são encontradas no interior de SP. Um conjunto de pelo menos dez pegadas, de diferentes indivíduos e até grupos distintos de dinossauros, com idade estimada em 90-100 Milhões de Anos, foi encontrado em uma fazenda na cidade de General Salgado-SP. "É realmente um achado inédito porque outras pegadas da mesma bacia que já foram descritas são de outra formação, no estado do Paraná, e com uma idade diferente", explica o paleontólogo Bruno Navarro, doutorando do Museu de Zoologia da USP. "Essas pegadas seriam de um intervalo distinto e de um contexto geológico também distinto, possivelmente um rio ou lago, enquanto as pegadas encontradas anteriormente eram de ambiente desértico, com ação eólica." Os sedimentos onde as pegadas foram encontradas fazem parte da Bacia Bauru, onde ocorrem as rochas cretácicas do interior dos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e parte do Mato Grosso do Sul. Muito interessante!!!!! https://www.acessa.com/noticias/2023/10/179477-pegadas-de-dinossauro-com-90-milhoes-de-anos-sao-encontradas-no-interior-de-sp.html

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. Acessem também nosso Canal do Youtube (https://youtube.com/c/ecdtraining ), Canal do Telegram, ficado em vagas de emprego (https://t.me/areascontaminadas ) Página no Facebook (https://www.facebook.com/ecdambiental ) e Perfil no Instagram (@ecdambiental). Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se quiserem e puderem, contribuírem conosco

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Se tiverem dúvidas, estou à disposição.

 

Marcos Tanaka Riyis

 

Artigos Relacionados

GEODebates 56 - O FUTURO DO SGB-CPRM E SEU PROPÓSITO JUNTO À SOCIEDADE

NOTA DE APOIO AS ENTIDADES DE EMPREGADOS DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL – SBG/CPRM

Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2021

SIGESP

SINDICATO DOS GEÓLOGOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Vital Brasil, 572 - Sala 3 Bairro Butantã
São Paulo / SP CEP: 05503-000 (11) 3031-4231

Curta Nossa Página