Newsletter ECD #174

Essa é a Newsletter #174, enviada em 05/11/2023, mesmo sem energia elétrica em Sorocaba!!!!!

 

A nossa Newsletter, junto com o nosso Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas, dicas e notícias sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, saúde, filmes, livros, músicas e teorias para adiar o fim da humanidade, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter, pode mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #168 e algumas anteriores

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-168

 

Essa semana tivemos a honra de receber mais 7 novas inscrições aqui na Newsletter da ECD. Somos atualmente em 766!!!! Sejam bem-vindos e bem-vindas: Luiz, Jéssica, Adineia, Marcos, Hudson, Caio e Erika!!!!

 

Gostaria de relembrar que temos uma campanha no “Apoia.Se”, que é muito importante pra gente, pois ela nos ajuda a manter gratuitos os nossos canais de divulgação científica nessa Newsletter e no Podcast Áreas Contaminadas. A campanha, para quem quiser e puder contribuir voluntariamente conosco está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples e rápido, você faz um login na plataforma e escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. Mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente.

 

Aproveitando, agradeço aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação gratuitos. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Barbara Grossi, Beatriz Lukasak, Beatriz Ramos, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Danilo Tonelo, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Geotecnysan, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, Hermano Fernandes, Igeologico, Jefferson Tavares, João Paulo Dantas, João Lemes, Jonathan Tavares, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marcos Akira Ueda, Marina Melo, Nádia Hoffman, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Rafael Sousa, Renato Kumamoto, Rodrigo Alves, Rodrigo Gaudie-Ley, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Vania de Oliveira, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 7 apoiadores anônimos.

 

Nessa semana, bem no feriado, foi ao ar o Episódio #170 do Podcast Áreas Contaminadas. Nele, conversei com Amanda Corrêa e Lucas Venciguerra, do Igeológico. O Igeológico, que é apoiador dos nossos canais, é uma empresa fundada pela Amanda que trabalha com marketing digital específico para empresas da área das Geociências, como Consultorias de Mineração, Geotecnia e Ambiental. Mas não é uma empresa de marketing “comum”. Seu diferencial é ter pessoas com formação na área para produzir o conteúdo das campanhas de marketing com conhecimento técnico, como a própria Amanda e outros parceiros, como o Lucas. Esse diferencial faz com que os conteúdos produzidos por eles para seus clientes tenham uma qualidade técnica-científica mais apurada. Nesse episódio, eles contam para a gente como funciona o marketing digital de forma geral, tanto para quem quer fazer o próprio marketing quanto para quem quer trabalhar nesse segmento, dando algumas dicas muito interessantes como: humanizar a empresa, SEO, autoridade, prova social, segmentação, métricas, e especialmente, os dois falam do propósito desse trabalho, de marketing: buscar o melhor das Geociências para mostrar para as pessoas e buscar a “verdade” daquela empresa para mostrar aos seus clientes. Amanda e Lucas falam também sobre como fugir das automatizações genéricas demais trazidas pela inteligência artificial, e sobre o ESG incrementando as procuras pelos seus serviços. Nas perguntas que eles me fizeram, tive a oportunidade de também dar a minha opinião sobre ESG, ChatGPT e contar alguns percalços da minha vida de “produtor de conteúdo”. Enfim, se a melhor forma de se esconder é na 2ª página do Google, aprenda um pouco mais sobre ferramentas de marketing específico para Geociências com a Amanda e o Lucas, do Igeológico nesse nosso episódio.  

Episódio no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=qGj6R9x9mMs

Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/episode/6ntPPmXZAPJJ3KcvfAbzpd?si=LwlmQJ7eTaCGZWWgSZUghw

 

Na próxima semana, voltaremos à Série Especial GAC para Hidrocarbonetos, com o 4º episódio dessa série, desta vez falando do Screening para detectar as fontes primárias e secundárias.

Essa série é de episódios mais curtos, técnicos, direto ao ponto, onde em faço uma explanação com comentários sobre um tema específico. Pensamos que esse tipo de episódio mais curto e “direto ao ponto” é importante para ajudar as pessoas, falando de temas que discutimos no SENAC, na ABNT, nas reuniões da AESAS, outros fóruns, outras universidades, etc, mas nem todo mundo têm acesso fácil, então, a ideia é intercalar as entrevistas, com esses episódios técnicos mais curtos.

Especificamente sobre a Série Especial, ela tem o objetivo principal de falar sobre o Gerenciamento de Áreas Contaminadas em áreas com hidrocarbonetos de petróleo. Achamos aqui nos estúdios ECD que chegou a hora da gente consolidar melhor essas ideias e deixar tudo em um só lugar, nessa série de episódios falando do gerenciamento de áreas com Hidrocarbonetos.

Um objetivo mais específico para a criação dessa série foi quando percebi que muito trabalho já foi feito nos postos de combustíveis, mas boa parte não foi feito da melhor forma, ao olhar de hoje, mesmo com muitos casos encerrados. Percebi também que conceitos que parecem “básicos” como: fonte, pluma, LNAPL trapeado, fase residual, saturação, molhabilidade, não estão totalmente incorporados no repertório dos profissionais do GAC que, no fim, acabam fazendo a “receita de bolo” anticientífica: instalar poções, ver se junta fase livre nesses poções, se juntar, precisa colocar um MPE, se não precisar, é monitorar fase dissolvida, restringir o consumo de água e tchau, sem realmente avaliar o problema, muito menos os reais riscos.

No primeiro episódio da Série, falei sobre a história da preocupação com a contaminação decorrente de vazamentos de hidrocarbonetos no solo. Falei sobre o programa UST dos EUA que baseou os procedimentos iniciais de reformas em postos de combustíveis e de investigação dos passivos ambientais que, no Brasil, iniciou na Câmara Ambiental do Petróleo em 1996 que culminou com a Resolução Conama 273 do ano 2000 e consequente resolução SMA 005, de 2001, que efetivamente regulamentou o licenciamento ambiental de postos de combustíveis no estado de SP, que, como sabemos, foi o Big Bang para o GAC.

No segundo episódio, falei como o hidrocarboneto efetivamente contamina o meio, solo e água subterrânea. Quais são os processos que ocorrem, tentando olhar mais para o nível micro, para os poros do solo, para ajudar todo mundo a entender porque devemos mudar o entendimento, as abordagens, e até as metodologias de gerenciamento, investigação e remediação de áreas com hidrocarbonetos.

No terceiro episódio, com a participação especial de Felipe Nareta, começamos a falar sobre o processo de investigação de áreas contaminadas pelo início, ou seja, uma Avaliação Preliminar. Felipe nos indicou quais são as fontes potenciais e suspeitas mais prováveis em um posto de combustíveis.

Agora, no 4º episódio dessa série, falarei sobre os principais métodos de screening em postos, para complementar a busca pelas fontes primárias e secundárias. Falarei do porque não devemos usar o Soil Gas Survey (antiga malha de VOC) e das principais alternativas que temos no mercado para essa função tão relevante na investigação. Não percam!!!!

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Falando nos nossos patrocinadores, esse mês de novembro é especial, pois comemoramos 3 anos do início dessa ação!!!! Há três anos, fomos procurados, com alguns dias de diferença, primeiro pelo Paulo Negrão, da Clean, depois pela dupla Rafael Sato e Michel Tognoli da Vapor Solutions e do Laboratório Econsulting, com a ideia das empresas deles patrocinarem o nosso Podcast!!!

De cara ficamos muito surpresos (agradavelmente surpresos), pois não imaginávamos que essas empresas gigantes, muito conhecidas e muito consolidadas no mercado do GAC pudessem ter interesse no nosso pequeno canal. Prontamente aceitamos, é claro, primeiro pela ajuda financeira que isso nos daria (e nos dá até hoje), permitindo que nós dediquemos mais horas na semana a produzir os conteúdos nos nossos canais – vale ressaltar – gratuitos de divulgação científica na área do GAC. E, em segundo lugar, pela honra e responsabilidade que temos de atrelar as marcas poderosíssimas deles à nossa.

Durante as conversas, eles me contaram sobre o que os levou a patrocinar o podcast, basicamente por eles acharem que é um material de qualidade que fala diretamente com o público-alvo deles, o mercado do GAC, e seria bom também para a marca deles estar associada a esse produto de muita qualidade (palavras deles), que é o nosso Podcast Áreas Contaminadas. Com certeza isso aumentou ainda mais o nosso orgulho e responsabilidade de fazer parte desse projeto e de ter essa sinergia de marcas.

Durante esse tempo, eles não interferiram nos conteúdos que publicamos, ao contrário, nos estimularam e deram liberdade total para conduzirmos o trabalho da forma que achamos mais adequada. Isso é bom para eles, pois os isenta da responsabilidade sobre o que falamos, é excelente para nós, que temos toda autonomia para fazermos o que achamos melhor e é muito bom também para a comunidade do GAC que tem acesso a todo tipo de conteúdo com a nossa curadoria personalizada.

Portanto, em nome da Família ECD, agradeço demais à Clean Environment Brasil, à Vapor Solutions e ao Laboratório Econsulting pelos três anos juntos. E um agradecimento especial às pessoas que fizeram isso acontecer: Paulo Negrão, Rafael Sato e Michel Tognoli. Que venham mais 300 anos!!!!!!

 

Voltando às dicas de livros, essa semana queria falar com vocês sobre o livro Nova Iorque 2140, escrito por Kim Stanley Robinson. Robinson é um autor renomado de ficção científica conhecido por fazer pesquisas profundas para escrever suas obras. Esse livro mostra uma visão futurística de uma Nova Iorque após passar por dois grandes eventos de inundações decorrentes do aumento do nível dos oceanos. Esse aumento se torna permanente e a cidade fica quase toda submersa, como uma Veneza ocidental, com dinâmicas próprias decorrentes desses eventos. Isso já nos faria ler o livro, e confesso que isso me atraiu de cara. Mas o livro é muito mais que isso: ele fala com muito conhecimento sobre a história da cidade, inclusive suas lendas urbanas, e nos faz conhecer muito bem Nova Iorque. Provavelmente para quem conhece realmente a cidade, o livro é ainda melhor. Mas, como diria a antiga propaganda, não é só isso: ele constrói a narrativa de uma forma envolvente e incomum: ele pega as personagens principais (um deles é o próprio prédio onde a história acontece) e desenvolve a história de cada um deles como uma espiral crescente e vai entrelaçando as histórias desses personagens de forma magistral. Fora tudo isso, temos o ponto alto do livro: a crítica ferrenha ao “financismo” da economia, aos fundos de investimentos e aos bilionários, que, segundo o autor, causaram a crise do subprime de 2008, causaram a crise ambiental e, em 2140, estariam causando novas crises que acarretam milhares de mortes, tudo em nome do lucro. É um livro excelente, um manifesto em favor dos oprimidos de modo geral, e especificamente aqueles atingidos desproporcionalmente pela catástrofe ambiental. Terminei de ler há mais ou menos 2 meses, estou ainda digerindo. Recomendo pra todo mundo.

Uma das frases marcantes do livro é dita por uma dupla de personagens que são programadores (“codeiros”) que tentam impor uma nova realidade financeira por meio de seus códigos, afinal, o dinheiro, efetivamente não existe, são só bytes. Um deles diz: “Estamos pagando uma fração do que as coisas realmente custam para serem feitas, mas enquanto isso o planeta e os trabalhadores que fizeram as coisas, levam os custos não pagos na cara” enquanto prepara um vírus especial para tentar modificar o sistema. Essa fala não é uma previsão, isso está acontecendo hoje, é a famosa externalização dos custos, que resulta, entre outras coisas, no que chamamos de “Racismo Ambiental”. Em síntese, o livro procura se posicionar com um problema aparentemente cada vez mais visível: a concentração de renda e a desigualdade social. O autor parece estar ainda impactado e indignado pela crise de 2008 e os "remédios" governamentais para solucioná-la: salvar os bancos e o mercado financeiro, justamente os responsáveis pelo problema, deixando o povo pagar pela crise. Em última instância o capital e o capitalismo saltam como os antagonistas capazes de operar um sistema complexo que afunda 99% da população e protege aquele 1%. Para quem viu ou estudou sobre o movimento Occupy Wall Street, é um livraço. Leiam essas resenhas:

https://www.listasliterarias.com/2019/12/10-consideracoes-sobre-nova-york-2140.html

https://www.ficcoeshumanas.com.br/post/resenha-nova-york-2140-de-kim-stanley-robinson

 

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Lucas Venciguerra, Adilson Ramos Oliveira, André Souza, Fabiano Rodrigues, Filipe Ferreira, Luiz Ferreira. Obrigado, pessoal!!! Fico orgulhoso de ter tanta gente boa contribuindo com nosso “espalhamento” aqui!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: ERM (Estágio), CPEA (Analista), Walm (Manaus), SGW (Desenhista), Arcadis (Analista Júnior). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- Essa semana, ouvi rumores de três fontes diferentes dizendo que haverá, em breve, uma revisão intensa da DD-038 que, por um lado, irá deixar as diretrizes técnicas no Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, tirando da DD, e por outro lado, fará as diretrizes gerenciais ficarem mais próximas do que consta na IT-39, acabando com a dualidade de diretrizes. Na minha opinião, o melhor seria aproximar a IT-39 da DD-038, que por sua vez está muito alinhada com o Decreto 59.263, mas parece que a opção será levar a DD para o lado da IT, portanto, longe do Decreto e com o objetivo de incentivar a reutilização de áreas pelo mercado imobiliário. Como não é nada oficial, são somente rumores, vamos aguardar.

 

- O Centro Universitário SENAC abriu as inscrições para o Processo Seletivo para a 11ª turma do curso de Pós-Graduação em Remediação de Áreas Contaminadas (RAC). O curso tem duração de 1 ano, com aulas aos sábados (parte presencial, parte online) e um dia da semana (terça ou quinta, essas aulas sempre online). Sou suspeito para falar, mas é um curso muito bom, especialmente para quem já é do mercado, tem um certo conhecimento no GAC e quer se aperfeiçoar na etapa de Remediação. Também é recomendado para profissionais que têm bastante experiência com sistemas de remediação e/ou de tratamento de efluentes e querem entender “o todo” da Remediação. A coordenação é do meu amigo Rodrigo Cunha, conta com a minha participação e auxílio, e conta com um corpo docente quase todo de pessoas muito ativas no mercado de GAC, especificamente na Remediação. Informações, preços, descontos e inscrições no site https://www.sp.senac.br/pos-graduacao/pos-em-remediacao-de-areas-contaminadas

 

- Foi anunciado essa semana o XXI Painel de Debates do SENAC!!!! Esse evento foi idealizado por Rodrigo Cunha em 2006, com o objetivo de promover uma discussão construtiva sobre grandes temas para o mercado do GAC. Em 2017, com a parceria SENAC/AESAS, a Soldí Ambiental, empresa que faz a gestão de eventos da AESAS, passou a fazer a organização dos Painéis de Debates. Esse ano, já tivemos um Painel no 1º semestre, falando de TPH, com a participação de mais de 800 pessoas. O XXI Painel de Debates do SENAC será dia 29/11, das 14:00-17:30, no formato online. O tema será “Tecnologias no GAC”, e os debatedores serão: Calvin Iost (Cetrel), Rafael Sato (Vapor Solutions) e Thiago Gomes (Doxor). Será um evento muito marcante para mim, que participei de boa parte desses 20 painéis como plateia, como debatedor ou como staff, mas, pela primeira vez, terei a honra de ser o moderador, na 1ª vez que o Rodrigo Cunha não exercerá essa função. Claro que não tenho a pretensão de substituí-lo (seria impossível), mas farei o possível para honrar essa indicação. Espero que os 170 Episódios do Podcast me ajudem nessa missão. Inscrições gratuitas (vagas limitadas) no site da AESAS: https://www.aesas.com.br/eventos  

 

- Tive a grande honra de ser convidado para ministrar algumas aulas no Curso de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, promovido pela Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais (APEAM) e pelo Conselho Regional de Engenharia do Paraná (CREA-PR). Será dias 13 e 14 de novembro, no Instituto de Engenharia do Paraná – IEP, em Curitiba-PR. Informações e inscrições no site da APEAM. Estarei lá nos dois dias, espero ver vocês ao vivo por lá!!!!!  https://apeam.com.br/apeam-e-crea-pr-realizam-curso-inedito-de-gerenciamento-de-areas-contaminadas-gac-em-curitiba-pr/

 

- Falando em eventos, nessa próxima semana, dia 08/11, haverá a Parte III do Treinamento (Online, gratuito) da EPA sobre Investigação de Sites com PFAS. O treinamento se chama “Tools for PFAS Site Characterization: Session III - Standards, Passive Sampling, and Modeling of PFAS”. As apresentações estarão disponíveis no site após o treinamento, mas, para quem tem interesse no assunto, vale muito a pena acompanhar ao vivo. Como curiosidade, uma das moderadoras será Jean Balent, que há 20 anos publica o Tech Direct, boletim informativo mensal da EPA sobre áreas contaminadas, que, inclusive, usei para ficar sabendo desse treinamento (increvam-se nessa newsletter!!!!). A outra moderadora será Suramya Waidyanatha, do NIEHS. As três ministrantes do treinamento serão: Jessica Reiner, do NIST; Jacqueline Bangma, da EPA da Carolina do Norte e Jitka Becanova, da Universidade de Rhode Island. https://www.clu-in.org/conf/tio/PFAS-Characterization-3/

 

- Dica muito valiosa de André Souza, que é uma das pessoas que está sempre muito atento às novidades em outras áreas que podem ser usadas aqui no “nosso” GAC. É um equipamento agrícola, chamado SoilOptix, que traça a geolocalização da coleta dos dados do solo agrícola e associa essa geolocalização à qualidade do solo, mais especificamente o teor de micronutrientes (os nossos metais) com tecnologia de raios-gama. Não só os micronutrientes, mas propriedades físicas do solo, como granulometria, fração de carbono orgânico, CTC são obtidas com o equipamento. Parece realmente muito legal. Acho que vocês podem dar uma olhada com atenção nesse equipamento e, quem sabe, propor alguma adaptação que permita o uso nas nossas amostras de solo. https://soiloptix.com/what-is-soiloptix/our-technology/

 

- Ainda sobre equipamentos, Salvatore Scervini falou no LinkedIn sobre a última aquisição da empresa Horizonte Mineiro Serviços Geológicos: Uma sonda Eijkelkamp MRS XL 275 DUO MAX, a maior sonda Sônica do mercado brasileiro. É uma sonda multipropósito, com capacidade de sondar em grandes diâmetros como sonda sônica e com capacidade também para sondagem rotativa diamantada. A máquina é equipada com um manipulador de hastes para melhorar a segurança do manuseio de hastes e revestimentos. As fotos nos dão uma ideia de como é essa sonda, parece realmente maravilhosa. Será usada, certamente, onde há mais recursos para sondagem: a mineração. Dificilmente um equipamento desses seria usado no mercado ambiental. Até as empresas que trabalham com Hollow estão com dificuldades, quem poderia investir em um equipamento desses? Seja como for, é muito legal. https://www.linkedin.com/posts/salvatore-scervini-7434225_royaleijkelkamp-eijkelkampgeopoint-true150hz-ugcPost-7120077635329699841-BOMe

 

- Heather Lanza, da CDS Smith, publicou no LinkedIn uma notícia muito interessante. Ela diz que nesta semana, 24 especialistas de 8 países publicaram um artigo revisando a disparidade dos valores internacionais de toxicidade do PFOA. Os autores estimaram que taxas de dose de PFOA entre 10-70 ng/kg-dia são seguras para a saúde humana. Isto é consistente com a dose de referência da EPA de 2016 para o PFOA, que resultou no nível de aconselhamento de saúde de 70 ppt. A maioria destas avaliações baseia-se nos mesmos estudos (sejam de seres humanos, animais de laboratório, ou ambos), e todas registam várias incertezas no nosso conhecimento atual. Ainda assim, os valores destas várias doses seguras estimadas variam muito, mais de 100.000 vezes. As equipes revisaram informações relevantes e desenvolveram intervalos independentes para doses seguras estimadas de PFOA. Todas as três equipes determinaram que a informação epidemiológica disponível não poderia constituir uma base confiável para uma avaliação segura da dose de PFOA que sejam relevantes para humanos nas concentrações séricas observadas na população em geral. Em vez disso, com base em dados de resposta à dose de cinco estudos de animais de laboratório expostos ao PFOA, estima-se que taxas de dose de PFOA de 10 a 70 ng/kg-dia são seguras à saúde humana. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0273230023001708

 

- Jim Depa, no LinkedIn, nos mostra mais um vídeo muito legal, de um modelo 3D que mostra uma simulação do vazamento de tanques com bacias de contenção, com uma interpretação muito bacana e visualmente muito bonita mostrando os pontos frágeis do sistema. https://www.linkedin.com/posts/jim-depa-17bb9424_free-usgs-lidar-activity-7125119039164538880-PzUo  

 

- Uma dica muito interessante de Luiz Ferreira: O Instituto Água Sustentável publicou no LinkedIn uma matéria do New York Times que fala sobre o aumento do consumo de água subterrânea nos EUA, que deve causar uma escassez hídrica importante por lá. Quase metade dos milhares de locais pesquisados viu uma queda acentuada nos níveis de água nos últimos 40 anos, porque os grandes consumidores estão explotando mais água do que a recarga natural consegue repor. Os aquíferos alimentam 90% dos sistemas de água dos EUA, e que transformaram vastas áreas do país em terras agrícolas abundantes, estão sendo esgotados de forma alarmante. Essa diminuição coloca em risco não apenas a economia, mas também a sociedade estadunidense. São muitas as camadas de análise aqui: a primeira é que o consumo de água aumentou muito e esse aumento não vem das pessoas, não vem do Sr José que toma 3 banhos por dia ou da Dona Maria que lava a calçada e rega suas plantinhas, ele vem das grandes corporações, nesse caso, principalmente das gigantes do agronegócio que visam o lucro, não a alimentação segura da população. Não só delas, mas vem também das indústrias, especialmente daquelas instaladas em áreas com disponibilidade hídrica reduzida, como a Califórnia, Arizona e outras, ou seja, as chamadas “Indústrias 4.0”. É preciso que haja uma governança global e popular para a gestão dos recursos hídricos. A segunda camada diz respeito diretamente a nós: os EUA e Canadá utilizam muito a água subterrânea, pelas características físicas do território. Essa utilização faz com que os cuidados com a água subterrânea sejam maiores, particularmente com a contaminação dos aquíferos “freáticos”. É por isso que o GAC surgiu e teve um grande desenvolvimento por lá, o consumo de água subterrânea não poderia simplesmente ser restringido sem monitoramento, sem acompanhamento, porque as pessoas, as empresas, consomem essa água. A avaliação cuidadosa dos riscos, a previsão da evolução das plumas, o monitoramento da atenuação natural são ações muito importantes no GAC estadunidense, isso se reflete em mais investimento, mais tecnologia, mais ciência no GAC. Como aqui há a possibilidade de Medidas de Controle Institucional sem acompanhamento, os tomadores de decisão respiram mais aliviados. Os aquíferos sequer “respiram”, muito menos a sociedade. A conclusão, em ambas as camadas, é a mesma: é preciso uma governança pública e popular para a gestão dos recursos hídricos do Brasil. https://www.linkedin.com/posts/aguasustentavel_crisedaaergua-sustentabilidade-cuidadocomanatureza-activity-7125221284031909889-e6nG

 

- André Souza nos indicou uma notícia que remete ao primeiro caso conhecido de área contaminada no Brasil, o “Caso Rhodia” https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/apos-30-anos-do-caso-rhodia-areas-seguem-contaminadas-na-baixada-santista/

 

- Dica muito boa de Fabiano Rodrigues: estão abertas as inscrições para o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Cidades Inteligentes e Sustentáveis. Online e Gratuito. https://www.uninove.br/cursos/mba/presencial-e-ead/cidades-inteligentes-e-sustentaveis

 

- Há algum tempo falamos aqui que havia um problema muito grande de saúde pública ligado à contaminação da água nos EUA por conta do uso de tubulações de chumbo. Essa semana, o estado de Wisconsin se torna o primeiro estado a anunciar sua parceria com a EPA para acelerar a remoção de linhas de serviço de água feitas de chumbo. A EPA atenderá 10 comunidades que representam 30% de todas as linhas de serviço de chumbo no estado. “Por muito tempo, as comunidades nos EUA se preocuparam se estavam sendo expostas ao chumbo proveniente de sua água potável”, disse a administradora assistente de água da EPA, Radhika Fox. Através da agenda “Investing in America”, a EPA está a dedicar 15 bilhões de dólares em financiamento para tirar o chumbo dos sistemas de água potável. https://www.epa.gov/newsreleases/biden-harris-administration-announces-partnership-10-wisconsin-communities-accelerate

 

- Uma notícia do mercado financeiro que nos faz refletir sobre muitas coisas: A Vale anunciou uma distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio de 10,5 bilhões de reais. Ou seja, ela vai pagar isso para seus acionistas. Esse pagamento é depois do lucro da empresa, depois dos reinvestimentos, depois das amortizações, depois dos impostos, das multas ambientais, folha de pagamento, PLR, custos diretos, indiretos, tudo. Isso é o que efetivamente sobra no caixa e será distribuído. Será que não seria possível, por exemplo, investir mais em segurança? Em seguros ambientais? Em prevenção? Em salários maiores para os trabalhadores? Ou será que não seria possível reduzir a produção e consequente impacto ambiental? O que falamos sobre as saídas para a crise climática e civilizacional é uma mudança no sistema econômico, que proporciona esse tipo de coisa, mais que isso, estimula esse tipo de coisa, a busca pelos bilhões de resultados financeiros para serem distribuídos entre os acionistas, geralmente fundos que atendem os super-ricos. Muita gente fala: temos que conviver com os impactos ambientais, afinal, nosso conforto, nossa vida precisa desses produtos, portanto, precisa desses impactos. Será que é isso mesmo ou será que há mais de 10 bilhões de motivos por ano para falarem isso para a gente? Deixando isso de lado, pensando somente no GAC, quantas vezes vocês ouviram o cliente dizer que precisava reduzir os gastos com GAC porque o setor estava em crise? Crise para fazer o que deve ser feito no GAC, mas a distribuição de dividendos dificilmente é reduzida... para não dizer que são só críticas, o lado bom é que, com essa bonança financeira, espera-se mais investimento no setor ambiental. Tomara!!!!  https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2023/10/26/vale-vale3-anuncia-pagamento-de-r-105-bilhoes-em-dividendos-e-juros-sobre-capital-proprio.ghtml

 

- Sobre agrotóxicos, uma reportagem impressionante traz um estudo toxicológico realizado em universidades da Europa, Estados Unidos e do Brasil que constata que, mesmo em doses baixas, o glifosato causa leucemia em cobaias e mata em idade precoce. Glifosato, como sabemos, é o agrotóxico mais vendido no Brasil. Só nos Estados Unidos, os casos de leucemia em crianças e adolescentes aumentaram 35% desde 1975, segundo dados do CDC. A cada ano ocorre um incremento de 1 p.p. Catherine Metayer, da Universidade de Berkeley, afirmou que um aumento rápido como esse muito provavelmente está relacionado a fatores ambientais. Daniele Mandrioli, coordenador do estudo, disse que cerca de metade das mortes por leucemia observadas em ratos expostos ao glifosato e herbicidas à base de glifosato ocorreram em menos de um ano de vida. Por outro lado, nenhum caso de leucemia foi observado com menos de um ano de idade em mais de 1.600 ratos estudados nas últimas duas décadas pelo Programa Nacional de Toxicologia dos EUA (NTP) e pelo Instituto Ramazzini. https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/glifosato-causa-leucemia/

 

- Dica de Adilson Ramos Oliveira: acidente com caminhão que transportava óleo diesel interrompe tráfego na Rodovia dos Bandeirantes, na altura de Jundiaí, no feriado de 02/11. O acidente causou o derramamento de cerca de 40 mil litros de diesel (!!!!). Será que algum de vocês irá trabalhar na investigação e remediação desse acidente? https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2023/11/02/video-mostra-cascata-de-oleo-diesel-apos-acidente-com-vazamento-na-rodovia-dos-bandeirantes.ghtml

 

- Rio Solimões, no trecho que banha a Terra Indígena Porto Praia de Baixo, em Tefé-AM, vira deserto e indígenas adoecem bebendo água contaminada. Enormes bancos de areia se formaram e, com água suja em igarapé, indígenas sofrem com doenças. Leiam a reportagem completa e vejam a situação dramática. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2023/10/rio-solimoes-vira-deserto-e-indigenas-adoecem-bebendo-agua-contaminada.shtml

 

- Falando em povos originários, há algum tempo, a Nádia Hoffman nos indicou uma notícia que a EPA de Victória, na Austrália, tem uma citação que homenageia os povos aborígenes, inclusive mantendo a bandeira deles e dos povos do Estreito de Torres. Em outubro/2023, os povos aborígenes tiveram uma grande derrota na Austrália: Os australianos rejeitaram uma reforma que visava uma ampliação dos direitos dos aborígenes, em um referendo que finalizou uma campanha amarga que aprofundou as divisões raciais neste país continental. 55% dos eleitores votaram “não” ao texto que propunha reconhecer na Constituição os aborígenes como os primeiros habitantes do continente insular e dar a eles uma "voz" específica. O plano incluía a criação de um conselho consultivo – “A Voz” – ao Parlamento e ao Governo para aconselhar sobre leis e políticas públicas que afetem as populações indígenas, aborígenes e das ilhas do Estreito de Torres. Como em outros lugares do mundo, inclusive no Brasil, a campanha gerou uma avalanche de comentários racistas e informações falsas (as famosas Fake News) nas redes sociais por parte dos conservadores, que rejeitavam um aumento nos direitos dos indígenas. Para os apoiadores do “Sim”, esta reforma pretendia ajudar a curar as feridas ainda abertas de um passado de colonização e repressão racial. Hoje, 200 anos após a colonização britânica, os indígenas australianos, cujos antepassados viveram no continente durante pelo menos 60 mil anos, ainda sofrem de graves desigualdades. https://www.rfi.fr/br/mundo/20231014-australianos-dizem-n%C3%A3o-em-referendo-sobre-os-direitos-dos-abor%C3%ADgenes

 

- Bela notícia: acaba de ser publicado um artigo de revisão, de autoria de Walter Neves e Gabriel Rocha, com todas as novidades na evolução humana durante a última década. Esse é o material mais atualizado sobre o tema escrito em português. É realmente um artigo muito legal, que mostra o estado-da-arte nas pesquisas sobre a evolução humana. É relativamente longo, mas para quem se interessa por isso, vale a pena. https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/217982/199237

 

- Para finalizar, uma notícia muito interessante, Cientistas encontram pedaço da Terra desaparecido há 155 milhões de anos. Os cientistas sabiam que o pedaço de terra de 5.000 km, chamado Argolândia, na parte oeste da Austrália, existia por causa de um enorme buraco que deixou no fundo do oceano, conhecido como Planície Abissal de Argo. Os resultados sugerem que há cerca de 250 milhões de anos, a Argolândia começou a fraturar-se e a fragmentar-se, e os seus pedaços estão agora escondidos nas profundezas do oceano, logo abaixo das milhares de ilhas da região. https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2023/10/25/cientistas-encontram-pedaco-da-terra-desaparecido-ha-155-milhoes-de-anos.htm

 

 

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. Acessem também nosso Canal do Youtube (https://youtube.com/c/ecdtraining ), Canal do Telegram, ficado em vagas de emprego (https://t.me/areascontaminadas ) Página no Facebook (https://www.facebook.com/ecdambiental ) e Perfil no Instagram (@ecdambiental). Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se quiserem e puderem, contribuírem conosco

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Se tiverem dúvidas, estou à disposição.

 

 

Marcos Tanaka Riyis

Artigos Relacionados

GEODebates 56 - O FUTURO DO SGB-CPRM E SEU PROPÓSITO JUNTO À SOCIEDADE

NOTA DE APOIO AS ENTIDADES DE EMPREGADOS DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL – SBG/CPRM

Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2021

SIGESP

SINDICATO DOS GEÓLOGOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Vital Brasil, 572 - Sala 3 Bairro Butantã
São Paulo / SP CEP: 05503-000 (11) 3031-4231

Curta Nossa Página