Newsletter ECD #168

Essa é a Newsletter #168, enviada em 24/09/2023.

 

A nossa Newsletter, junto com o nosso Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas, dicas e notícias sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, saúde, filmes, livros, músicas e teorias para adiar o fim da humanidade, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter, pode mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #162 e algumas anteriores

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-162

 

Essa semana tivemos a honra de receber mais 9 novas inscrições aqui na Newsletter da ECD. Somos atualmente em 748!!!! Sejam bem-vindos, Paulo, Ruben, Kleber e Marcelo, sejam bem-vindas Milena, Heloisa, Pamela, Paola e Aline!!!!

 

Gostaria de relembrar que temos uma campanha no “Apoia.Se”, que é muito importante pra gente, pois ela nos ajuda a manter gratuitos os nossos canais de divulgação científica nessa Newsletter e no Podcast Áreas Contaminadas. A campanha, para quem quiser e puder contribuir voluntariamente conosco está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples e rápido, você faz um login na plataforma e escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. Mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente.

 

Aproveitando, agradeço aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação gratuitos. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Barbara Grossi, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Bruno Bonetti, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Fernanda Nani, Filipe Ferreira, Geotecnysan, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, Hermano Fernandes, Igeologico, Jefferson Tavares, João Paulo Dantas, João Lemes, Jonathan Tavares, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marcos Akira Ueda, Marina Melo, Nádia Hoffman, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Rafael Sousa, Renato Kumamoto, Rodrigo Alves, Rodrigo Gaudie-Ley, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Vania de Oliveira, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 7 apoiadores anônimos.

 

Nessa semana, colocamos no ar o Episódio #166 do Podcast Áreas Contaminadas, o 3º Episódio da Série “O Futuro do GAC”, onde mostro uma conversa muito interessante com Calvin Iost, o “Mr Digital” do GAC, um dos nomes mais proeminentes quando o assunto é a transformação digital dentro do nosso mercado. Ele começou falando da nossa relevância para a questão ambiental, depois falou sobre o status atual do mercado no que diz respeito ao uso de ferramentas digitais para o armazenamento, compartilhamento e tratamento do “ouro do GAC”, que são os dados que estão, nesse momento, sendo muito maltratados porque são coletados “na mão”, transformado em planilhas e desenhos em Excel e pdf, com muitas possibilidades de desprezarmos informações muito relevantes e de errarmos nos processos de trabalho com esses dados. Falou também de como os trabalhadores e trabalhadoras devem se preparar para um futuro certamente muito mais digital e deu vários insights sobre como o GAC poderá se organizar nesse futuro, por exemplo, com empresas especializadas na prestação de serviços digitais. Falou por fim de quais as funções mais “substituíveis” pelas novas tecnologias que já estão no nosso dia a dia e de como devemos criar casca, mas não espinhos para lidar com esse futuro. Ouçam as palavras de Calvin Iost.

 

Episódio no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=P68JUf5UAVI

Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/episode/740Dk7zTOSUohMvBqtPzG7?si=sQkT7WGOQ_2S_ueD8hqgQQ

Site da iniciativa Ecobytes: https://ecobytesacademy.com/bi/

 

Lembro que a Série “O Futuro do GAC” é uma série de episódios conectados, que se destina a tentar entender o funcionamento do nosso mercado e a discutir o futuro do Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Nessa série, mostraremos conversas com diferentes grupos de pessoas, para trazermos diferentes visões sobre o presente e o futuro do GAC, para entendermos melhor a essência do que nós fazemos. Falaremos na série a respeito da relevância do GAC para a sociedade, o status atual do mercado, as condições dos trabalhadores e trabalhadoras do GAC, e especialmente o que há de vir em termos de tecnologias, contaminantes, mercados e vida do trabalhador. Além desses quatro, haverá pelo menos mais um, já gravado.

Contem para a gente como vocês acham que será o Futuro do GAC

 

Nessa próxima semana, teremos o Episódio #167 do Podcast Áreas Contaminadas, onde mostrarei uma conversa muito legal com Nathália Veghi Bonner, Engenheira Ambiental, Bi-Pós-Graduada no SENAC e Sócia da Ecopro. Ela conta de como foi a sua carreira e como funcionam os processos de trabalho em uma empresa de pequeno porte dentro do GAC. Vocês vão gostar, com certeza. Não percam, na próxima quinta-feira!!!!

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Nessa próxima semana, tenho a imensa honra de ser convidado para ministrar um curso de 8 horas sobre Investigação de Áreas Contaminadas para técnicos da SEMAD-GO, órgão ambiental do estado de Goiás que lida com a questão de áreas contaminadas. Além dos técnicos, essa iniciativa convidou as consultorias que atuam no estado para fazer esse curso. Espero conseguir dar uma boa contribuição para essa comunidade goiana!!!! Agradeço ao Centro de Formação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CEFOR/SEMAD) pelo convite e realização e pelos amigos e amigas Cristiane Freitas e Marlon de Souza, da Tecpam, Renata Lima, da SEMAD e Marcelo Sousa, da Converge pelo convite e pela força!!!! Nos vemos lá!!!

 

Pessoal, semana passada levantei uma questão aqui que falava de estar ocorrendo, nos microcosmos das negociações entre clientes e consultorias, uma prática aparentemente crescente de algumas empresas de consultoria estarem oferecendo “soluções” abaixo do mínimo exigido pelas regulamentações vigentes, entre elas, a DD-038. E essas empresas estariam se vangloriando por terem seus trabalhos “aceitos pela Cetesb” dessa forma, inferiores ao mínimo proposto pela própria Cetesb. Recebi realmente muitas mensagens sobre esse tema, bem mais do que eu imaginava. Muita gente se solidarizou e disse que estava vendo a mesma coisa, estava sentindo a mesma coisa, e relataram vários casos que ocorreu com eles. Teve uma pessoa colocou a culpa em mim (sim, em mim!!!) porque eu “estimulo a inovação” e isso teria “aberto a porteira” para quem quer enrolar a Cetesb. Deixando de lado essa sandice, outras pessoas disseram, com razão, que poderia ser somente uma “conversa de vendedor” para ganhar o cliente (é perfeitamente possível). Um amigo, que é de uma consultoria e trabalha na parte técnica e na interface comercial, me disse que “(algumas) consultorias apresentam escopo mínimos, principalmente na preliminar e confirmatória, para ‘entrar’ no cliente. Muitas vezes a gente estuda o cliente e o potencial de contaminação para propor escopo técnico adequado e seguindo a DD38, mas vem outra consultoria e apresenta uma proposta com custo entre 50 e 70% mais barata. Quando o cliente comunica isso ou até mesmo tenta negociar, a gente já sabe da estratégia das outras consultorias e muitas vezes a relação comercial termina aí. Então, o cliente, junto com a consultoria, assume o risco de fazer o menor escopo possível e aguardar a Cetesb emitir algum parecer contrário ao estudo realizado. Isso também funciona como uma seleção de clientes, não adianta insistir em clientes que querem pagar pouco e não reconhecem o valor técnico do trabalho de uma boa consultoria”, e eu concordo plenamente com esse meu amigo. Muitas vezes precisamos “demitir o cliente”. Mas o comentário que mais me deixou estarrecido foi o de uma amiga que me relatou que ouviu em uma aula, em uma Universidade, que nem sempre deve ser feito o que é mais indicado tecnicamente. Os alunos, basicamente, devem se “adaptar ao mercado” e fazer basicamente o que o cliente quer, o que o cliente precisa. Se esse pensamento ainda funciona no mundo dos negócios em geral (tenho minhas dúvidas, mas vamos admitir que isso), no nosso meio isso não vale, porque: primeiro, temos a obrigação técnica e profissional de seguir as normas e legislações vigentes, independente do que o cliente deseja; segundo, temos a Lei dos Crimes Ambientais, Artigo 69A, que descrevi recentemente na Newsletter, que diz que, quem fizer um relatório com informações falsas, está sujeito a responder por crime ambiental; e, por fim, temos a questão ética: afinal, estamos aqui para trabalhar com um propósito, para ajudar o ambiente, as futuras gerações, melhorar a saúde humana como gostamos de falar? Ou estamos aqui para aumentar nossos ganhos financeiros pessoais? Se é essa segunda opção, penso que há muitas opções melhores, mais lucrativas por aí. Quem está nesse nosso negócio deve ter um propósito, deve pensar nos outros, nas futuras gerações, deve pensar em melhorar a qualidade de vida de todas e todos. Nós aqui, nos Estúdios ECD, com certeza, temos essa preocupação, imagino que vocês que estão nos lendo agora também tenham. Vamos juntos, então, esperançar e melhorar esse mundo!!!!

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Lucas Venciguerra, Adilson Ramos de Oliveira. Inclusive, me atrapalhei na semana passada e grafei o nome dele como Adilson “Campos” de Oliveira, peço desculpas pela gafe. Obrigado, pessoal!!! Fico orgulhoso de ter tanta gente boa contribuindo com nosso “espalhamento” aqui!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: ConAm (Técnico), Geoambiente – São José do Rio Preto (Encarregado de Manutenção), Geoambiente – Paraná (Gerente de Projetos), Kopf (Técnico), Éllu (Técnico), CPEA (Supervisor de Laboratório). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- Foi lançado mais um curso da parceria SENAC/AESAS. É o curso de Investigação de Alta Resolução, com início em outubro, às terças e quintas das 8:00-12:00, online, ao vivo. Tenho a honra de coordenar um grupo de feras nesse assunto: Bernd Seelhorst, Cristina Maluf, Diego Silva, Guilherme Varela, Heitor Gardenal, Marco Pede, Mychelle Nunes, Nilton Miyashiro, Rafael Sato, Tamara Dias. Quem tiver interesse, maiores informações podem ser obtidas no site da AESAS em www.aesas.com.br/eventos

 

- Como eu disse nas semanas passadas, Calvin Iost lançou recentemente seu novo projeto, a Ecobytes Academy. É uma plataforma de cursos (e-learning) ambiental voltada para o segmento digital. Muito útil dentro do GAC e também em outras áreas ambientais. O primeiro curso já está disponível, e parece ser muito interessante e importante. Já tive o prazer de assistir muitas aulas do Calvin e são realmente excelentes. Quem quer conhecer mais sobre esse assunto, é uma boa pedida. https://ecobytesacademy.com/bi/

Novamente aviso que o Calvin, gentilmente, ofereceu para vocês, leitores dessa Newsletter, um desconto de 15%, basta acessar esse link abaixo. Ressalto que nós aqui da ECD não ganhamos nada (financeiramente falando) com essa iniciativa, ganhamos com a melhoria de todo o mercado do GAC, nessa construção coletiva que gostamos de fazer. É, portanto, uma gentileza bem bacana que o Calvin nos ofereceu, e que eu, em nome dos leitores, agradeço. Quem tiver interesse, acesse o link direto: https://sun.eduzz.com/q63lpkrx

 

- Ainda sobre o tema tecnologia, e tem tudo a ver com o nosso Episódio da Semana do Podcast Áreas Contaminadas: Apresentado ao mundo em 23 de agosto, o Apollo 1 é o primeiro trabalhador humanoide funcional da história e pode ser em breve seu colega de trabalho. Isto porque ele já provou conseguir operar com autonomia em uma fábrica descarregando caixas em uma esteira transportadora. Na fala dos entusiastas, esses robôs vão substituir os humanos nas tarefas repetitivas, inseguras, maçantes, alienantes, deixando para nós, humanos, os “trabalhos nobres”. A História mostra uma realidade um pouco diferente: os donos desses robôs são os donos dos meios de produção, e o objetivo deles é só um: maximizar os lucros, não dar conforto para as pessoas. Continuando a conversa da semana passada, quando o bilionário australiano falou sobre a necessidade de ter desemprego para “colocar os funcionários no seu devido lugar”, esse é um passo na mesma direção, criar um exército de reserva para poder reduzir os custos, na forma de salários mais baixos.      https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2023/09/17/apollo-trabalhador-humanoide-funcional.htm

 

- Mateus Evald publicou um texto interessante no LinkedIn falando de TRIAD Approach (Abordagem Tríade) de diagnóstico de áreas contaminadas. Os 3 pilares da abordagem são: o Planejamento Sistemático, que deve envolver todos os stakeholders e prever a presença desses stakeholders na coleta de dados; O Plano Dinâmico de Trabalho, que envolve a adaptação desse plano enquanto os dados estão sendo coletados, ou seja, de acordo com as informações, o plano vai sendo ajustado em tempo real, no campo; e a Aquisição de Dados em Tempo Real, para que se tenha elementos de tomada de decisão em campo. Bastante interessante, pois muda a forma de pensarmos as investigações, hoje fortemente baseadas em aquisição de poucos dados “acreditados” por profissionais Júnior, validação dos dados em laboratórios off-site, análise desses dados em outro momento por profissionais Pleno, tomada de decisão em outro momento por profissionais Sênior e muitas remobilizações para coletar novos dados. Não sei se a Abordagem Tríade aumentaria muito o custo dos projetos, mas certamente aumentaria a qualidade dos projetos. Ao final do texto, Mateus pergunta por que não é mais usada aqui no Brasil. Penso que, mais do que o custo, a razão disso é, basicamente, não mudar o modo de pensar, o modo de fazer as coisas, o “gerenciamento do projeto” que já tem seus processos estabelecidos, como um padrão, uma “linha de montagem”. Essa abordagem foi proposta ainda nos anos 2000 nos EUA, eu falei sobre ela em vários momentos, inclusive na minha Dissertação em 2012, vi muitas palestras sobre esse tema aqui no Brasil, mas infelizmente, não implementamos ainda. Leiam o texto do Mateus, a abordagem está muito bem explicada lá. https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7109533181288022018/

 

- Por sugestão de Sandro Rangel, em um curso que acompanhei essa semana sobre Avaliação de Risco à Saúde Humana, aí estão algumas sugestões de sites para levantamento de informações sobre o produto perigoso:

https://cfpub.epa.gov/ecotox/

https://sitem.herts.ac.uk/aeru/iupac/search.htm

https://www.sciencedirect.com/topics/chemistry/triazine

https://sitem.herts.ac.uk/aeru/iupac/Reports/1310.htm

https://cetesb.sp.gov.br

- E, claro, o IRIS: https://www.epa.gov/iris

 

- Um texto muito legal da RPI, Remediation Products Inc, que estimula o uso de uma abordagem que já falei aqui algumas vezes, chamada qHRSC, ou investigação de alta resolução quantitativa, que tenta avançar no uso único de ferramentas de aquisição de dados em tempo real. A metodologia reconhece os ganhos de informação ao usarmos essas ferramentas, mas propõe que elas sejam auxiliares para a coleta de dados quantitativos (amostras de solo + análises químicas) que permitam, realmente, quantificar a massa. É uma proposta que sempre defendemos e tem um nome simples e genial. Vamos avançar para a qHRSC? https://www.linkedin.com/pulse/quantitative-high-resolution-site-characterization?trk=public_post_feed-article-content

 

- Mais uma informação sobre um projeto do SERDP-ESTCP, desta vez falando sobre fitorremediação para PFAS. Com esse projeto, eles estão propondo a remediação de fontes rasas de PFAS (especialmente as fontes geradas por uso de espumas de combate a incêndios) com algumas espécies fitorremediadoras. O projeto chama Phytoremediation for Shallow Sources of PFAS-Impacted Groundwater, conduzido por Mark Fuller. Segundo o grupo de estudo, nessas áreas, há concentrações significativas de AFFF (lemos, em inglês A-Triple F) no solo (vejam só!!!!) e essa enorme massa retida gera particionamento para a água subterrânea e contaminação dos aquíferos. Mais ou menos o que acontece com todas as contaminações. Tudo isso será experimentado, medido, quantificado, testado com diversas espécies, iniciando pelas que se adaptam melhor a wetlands, ou áreas alagadas. Estima-se que a publicação será em 2026. Aí mais uma peça para o Futuro do GAC. https://serdp-estcp.org/projects/details/b21419e4-a423-408e-9ae3-89c98f99fdfd

 

- Mais um vídeo muito interessante para o GAC do Iberê Thenório, do Manual do Mundo. Nesse vídeo, ele explica o que é o Pré-Sal, e junto com isso, como funcionam as camadas, as rochas, o armazenamento e transmissão do petróleo, que tem tudo a ver com o GAC. Os conceitos apresentados pelo Iberê nesse vídeo são muito úteis para investigação e remediação de áreas com produtos imiscíveis (LNAPL ou DNAPL). https://www.youtube.com/watch?v=SE8SNOF1KLY

 

- Nova ação do Governo Brasileiro e da Petrobrás, o e-fuel, combustível sem petróleo. A ideia é “descarbonizar” os combustíveis usando a eletrólise para produzir hidrogênio. Além do custo, ainda muito elevado, há, obviamente o consumo de energia muito grande para produzir o gás hidrogênio a partir da água, afinal a entropia nunca diminui, mas é possível, pelo menos, reduzir a poluição do ar e as emissões de GEE. Interessante que o e-fuel da Petrobrás pode ser fabricado na forma de diesel (motores com ciclo Diesel) e não exige alterações nos motores que já existem. Como estamos vendo, é imperativo reduzirmos drasticamente as emissões de GEE, por conta das mudanças climáticas. Mas o capital quer propor mudanças e soluções tecnológicas para essa questão, para que não seja preciso rever todo o modelo, o que prejudicaria o capital. Então, essas soluções são apresentadas e “vendidas” a nós como a resolução final dos problemas. Algo como: andem à vontade nos seus carros, mas abasteçam com o “combustível verde”, que não emite GEE. Mas omitem que, para existir o “combustível verde”, precisaremos minerar o lítio, construir hidrelétricas, dispor resíduos, gerar grandes impactos ambientais, e assim por diante. Não há solução 100% tecnológica para as questões ambientais, a solução, se houver, passa por mudar o sistema econômico e o modo de vida. O e-fuel é positivo, mas é um pequeno passo, somente isso.      https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2023/09/17/combustivel-do-futuro-como-e-nova-gasolina-que-governo-lula-quer-no-brasil.htm

 

- Mais uma de tecnologia indicada por Calvin Iost, foi tema da conversa no Podcast: a Microsoft anuncia a data de lançamento do Copilot, que vai integrar o ChatGPT, ou outras IAs com o Office (Word, Excel, Power Point). Será dia 01/11/23. Isso vai mudar a forma com que usamos esses aplicativos. Por mais críticas que tenhamos a esse modelo, é importante sabermos o que vai acontecer e nos prepararmos. https://www.linkedin.com/posts/calvin-iost_startse-nowledge-agora-activity-7111044934681395201-qQ6m

 

- Ainda sobre esse tema, uma postagem interessante no LinkedIn mostra alguns atalhos muito úteis do Excel. Muita gente da tecnologia, inclusive o Calvin, dizem que o Excel não é banco de dados, não serve para análises complexas, tem limitação de linhas e outras coisas. Mas, tenho certeza, muita gente no GAC usa porque essas limitações ainda não chegaram para os usos que nós, mortais, temos no dia a dia. Fora a familiaridade com a ferramenta. Então, para vocês que também são “mortais”, segue essa lista de dicas bem interessante. Certamente vai ajudar muita gente. https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7107301819801829376

 

- Sobre tecnologia, sustentabilidade, maquiagem verde, propaganda e bilionários nos fazendo acreditar que vão solucionar os problemas do planeta: A Apple fez um filme de aproximadamente 5 minutos muito bem feito, com uma história muito bonita, cenário fantástico, uma história muito bem construída, muito bem contada, como era de se esperar para essa empresa. Muitos de nós, ambientalistas, ficamos encantados com o vídeo e com a mensagem do vídeo que, basicamente é Tim Cook, CEO da Apple, prestando contas à natureza, na forma da personagem Mãe Natureza, muito bem representada por uma atriz mulher e negra. A Apple enumera uma série de projetos atuais e futuros para “contribuir com o planeta”, economizando água, energia, reciclando mais e “neutralizando” as emissões de GEE em todos os seus produtos. A mensagem que o vídeo nos dá é bonita: é possível continuarmos produzindo, consumindo, lucrando e acumulando em conjunto com a Mãe Natureza. Claro que isso não é possível, pegando a própria Apple, não tem como haver a produção de seus produtos sem impactos ambientais e sem produção de resíduos. Além da conhecidíssima obsolescência programada de todas as indústrias de tecnologia, e a Apple como representante mais proeminente. Acho que a pergunta não tem que ser como produzir os iPhones com menos impactos ambientais, mas sim: precisamos, como sociedade desses produtos? Eles ajudarão todo o planeta ou só os donos da Apple e quem pode pagar pelos seus produtos? Estamos, como sociedade, conscientes e concordando com esses impactos ambientais pelo resultado que esses produtos devolvem para o mundo? O impacto vale a pena? Para todos? Mesmo a história sendo boa e bem contada, é bom refletirmos sempre antes de assumirmos como verdade os vídeos e a dopamina que nos oferecem a todo momento   https://www.linkedin.com/posts/piero-franceschi-xba-78892916_nowledge-inovacao-iphone15-activity-7108186343209365504-NWLM

 

- Para finalizar, uma notícia muito interessante, que também serve para celebrarmos a recusa ao estabelecimento do famigerado “Marco Temporal”, crescem as evidências que os indígenas pré-coloniais criaram, ativamente, o “solo preto” da Amazônia. Os impactos dessa descoberta são muitos: os saberes dos povos originários são muito relevantes; a floresta não é somente uma “dádiva”, mas também consequência da ação direta desses povos originários que ajudaram a moldar a floresta de hoje; essa ação ajudou a “sequestrar” e armazenar 4500 toneladas de carbono da atmosfera. Impressionante!!!! O estudo mais recente mostrou que o povo Kuikuro, do Alto Xingu, tem esta tradição agrícola de recolher resíduos de peixe e mandioca em lixeiras que chegam a atingir um metro de altura. Os nutrientes da matéria em decomposição penetram lentamente no solo e depois de alguns anos, os moradores usam esse solo para plantar safras que não prosperariam em solo não modificado. A equipe também documentou como os agricultores Kuikuro espalharam propositalmente cinzas orgânicas e carvão, bem como resíduos de mandioca, nos campos, que eles chamam de ‘ilũbepe’, para fertilizar o solo e criar terra preta para uso posterior. https://twitter.com/arqueoespirito/status/1705205750555963741?t

 

 

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. Acessem também nosso Canal do Youtube (https://youtube.com/c/ecdtraining ), Canal do Telegram, ficado em vagas de emprego (https://t.me/areascontaminadas ) Página no Facebook (https://www.facebook.com/ecdambiental ) e Perfil no Instagram (@ecdambiental). Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se quiserem e puderem, contribuírem conosco

 

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