Newsletter ECD #118

A “nossa” Newsletter, junto com o “nosso” Podcast Áreas Contaminadas, cumpre um papel de dar poder pelo conhecimento, trazendo informações, conteúdos, textos, temas e dicas que nem todo mundo tem acesso e de dar voz a vocês que comentam, sugerem, indicam, debatem comigo aqui, reconhecendo a importância de todas e todos vocês para o mercado e para o planeta.

É um motivo de orgulho ter vocês aqui conosco lendo, comentando, enviando sugestões, debatendo semanalmente as principais notícias do Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), e também notícias sobre meio ambiente, ambientalismo, saúde, filmes, livros, teorias para adiar o fim do mundo e outras coisas, sempre com comentários com o objetivo central de construir um mundo melhor para todas e todos.

Se alguém quiser compartilhar a nossa Newsletter com os amigos, as amigas, podem fazer isso tranquilamente ou mandar o link para preenchimento do formulário de inscrição, que é esse: https://forms.gle/wJoFfUzv9vSkw19g7 .

Algumas das Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

E também, graças ao nosso amigo José Gustavo Macedo, nossa Newsletter está sendo publicada também no site do Sigesp – Sindicato dos Geólogos do Estado de São Paulo, o que é motivo de muita honra para nós!!!! Vejam lá a Newsletter #116 e a #117:

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-training-116

https://sigesp.org.br/noticias/newsletter-ecd-training-117

Aproveito e recomendo aos Geólogos que se filiem ao sindicato, isso é muito importante para toda a sociedade.

 

Essa semana tivemos 7 novas inscrições na nossa Newsletter. Passamos dos 600, somos em 616 agora. Sejam bem-vindas e bem-vindos: Lohaine, Núbia, Marcia, Robson, André, Almir e Fernanda !!!!!!

 

Como vocês já sabem, temos uma campanha no “Apoia.Se” para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos nessa Newsletter e no Podcast. A campanha, para quem quiser e puder contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

É simples, você escolhe como fazer esse pagamento, com boleto, cartão, etc. A transação é segura como qualquer compra online e mensalmente o Apoia.se faz essa cobrança; se for por boleto, a plataforma te envia os boletos mensalmente, sem muita dor de cabeça.

Nessa semana, tivemos a honra de receber mais um apoio, da Geotecnysan, junto com uma mensagem muito carinhosa dos sócios da empresa, me explicando que fizeram esse apoio em nome da empresa porque eles se desenvolveram muito tecnicamente ouvindo o nosso podcast e lendo as nossas Newsletters, o que, para nós, é realmente muito legal. Então, agradeço à Geotecnysan

Agradeço demais aos apoiadores e às apoiadoras atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação. Sem a ajuda deles, dificilmente seria possível dedicar todo esse tempo à pesquisa, produção e o desenvolvimento do material gratuito do podcast e dessa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Alison Dourado, Allan Umberto, André Souza, Atila Pessoa, Augusto Amável, Beatriz Lukasak, Bruna Fiscuk, Bruno Balthazar, Bruno Bezerra, Bruno Bonetti, Cristina Maluf, Daiane Teixeira, Daniel Salomão, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Filipe Ferreira, Gilberto Vilas Boas, Guilherme Corino, Heitor Gardenal, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, João Lemes, José Gustavo Macedo, Joyce Cruz, Larissa Macedo, Larissa dos Santos, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Luiz Ferreira, Marina Melo, Paulo Negrão, Pedro Astolfi, Rafael Godoy, Renato Kumamoto, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Sandra Pacheco, Silvio Almeida, Sueli Almeida, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Tatianne Grilleni, Tiago Soares, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 6 apoiadores anônimos.

Aliás, agora em setembro, comemoramos 2 anos da Campanha no Apoia.Se. Mais uma vez, muito obrigado a todos os colaboradores e todas as colaboradoras financeiras que nos permitem continuar nesse trabalho de escuta, de escrita, leitura, pesquisa, produção de conteúdo e curadoria de material do GAC e de outros assuntos. É um enorme orgulho para nós ter vocês aqui, nos ensinando, colaborando, e também aprendendo, discutindo, e isso tudo nos faz perceber que temos a nossa relevância, e isso é muito legal.

 

Gostaria também de convidar vocês a ouvir os primeiros episódios do Screening de Notícias, nosso mini-podcast derivado do nosso Podcast Áreas Contaminadas, apresentado por Lillian Koreyasu Riyis. A ideia com o SdN é trazer as principais notícias do GAC, meio ambiente, economia, saúde e de outros assuntos relacionados, fazendo comentários da nossa visão sobre os fatos, da mesma forma que aqui na Newsletter, mas em formato “podcastal”. Espero que gostem. Temos 06 episódios no ar, o 7º está em produção. Aliás, aguardem surpresas no SdN. O 7º episódio está em produção e vai ser muito legal!!!!!!!!

 

Episódio # 124 do Podcast Áreas Contaminadas, foi ao ar na última quinta (15/09).

Foi o segundo episódio da série sobre a II Conferência AESAS sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Nele, chamamos de volta os quatro participantes do Episódio #111, onde falamos sobre a maior Conferência sobre GAC do mundo, a Conferência Battelle (ou Battelle, dependendo do sotaque). Infelizmente um dos participantes, o Mateus Evald, não pôde participar desta vez, mas os demais: Cristina Maluf, Leonardo Marquesani e Otávio Rodriguez discutiram conosco o que eles viram na Conferência AESAS e comparam com o que eles viram na Battelle. Como spoiler, eles falam que o nível técnico das duas conferências é bem parecido, e que quem teve a oportunidade de acompanhar as palestras aqui não perdeu muito em relação a quem teve a oportunidade de estar lá nos EUA.

Dentre os destaques do trio, eu gostaria de ressaltar: as sessões de Combinação de Técnicas, Remediação Termal, Alta Resolução, Vapores de TPH, chamados de APH e Sustentabilidade na Remediação.

Os destaques especiais dos nossos convidados foram para: a Sessão de discussões jurídicas, em particular a discussão de como fazer com que a sociedade realmente saiba e tenha segurança a respeito dos milhões de substâncias químicas que são desenvolvidas e colocadas no mercado todos os anos; ESG como oportunidade de negócios para nós do GAC, por conta das exigências do Capital Financeiro que vai, de certa forma, regular o Capital Produtivo por meio das certificações ESG, e essa regulação do Capital Produtivo pode trazer negócios dentro da nossa área, para que eles tenham as certificações necessárias; Sessão de Avaliação de Risco à Saúde Humana, tanto de modo geral, quanto especificamente para TPH; Sessão de perguntas e respostas da CETESB sobre risco, onde o André Oliveira, Gerente da CETESB, falou basicamente que o fator de atenuação da concentração de vapores no subslab e o ar ambiente permanece em 0,03, que na pluma de fase dissolvida o correto é usar concentração de metais dissolvidos (não metais totais), e que para a avaliação do risco de inalação de vapores de TPH de cadeia média, alifáticos, é possível comprovar a não-existência de voláteis nessa faixa; por fim, um destaque do dia da abertura da Conferência, onde o IBAMA parece ter notado que o registro de remediadores pode seguir um rito diferente de outros usos e pretende criar uma nova Coordenação específica para fazer esses registros;

Como lições aprendidas, eles apontaram as dificuldades logísticas diversas causadas pelo SENAC, que já foi discutido aqui no Episódio #122 com a Soldí, como computadores, projetores, etc, além das dificuldades com a Sala D, que tinha que ser montada e desmontada diariamente, e das dificuldades de alimentação dentro do Centro de Convenções. Mas os convidados destacam também que há muitas vantagens em fazer o evento ali, mesmo com essas dificuldades, a maior delas é o SENAC ser o grande epicentro de educação, produção e divulgação científica e técnica da área do GAC. Além dos problemas de estrutura, os convidados apontaram um problema de alocação de salas, pois duas sessões muito concorridas ficaram em salas pequenas, particularmente a que o André Oliveira, da CETESB falou sobre a planilha de Avaliação de Risco. Há explicação para isso, claro, mas essa foi uma dificuldade apontada pelos convidados. Nenhuma dessas lições aprendidas tiram o brilho do evento, e isso foi muitas vezes ressaltado pelos nossos convidados.

Um ponto que para mim é um pequeno problema da Conferência, que também não tira os seus grandes méritos, é a pouca acessibilidade do evento para os trabalhadores da base do GAC. Seria muito bom, na minha opinião, que Conferência fosse mais acessível, tanto economicamente (os preços do ingresso são elevados) quanto de liberação (as empresas contratantes não costumam liberar os seus trabalhadores menos graduados para participar da Conferência). Digo isso porque eu gostaria que os iniciantes no GAC, os estudantes e profissionais que querem entrar ou se colocar profissionalmente no GAC, e os trabalhadores da ponta, do “chão de fábrica”, pudessem participar das discussões, debates e apresentações de alto nível que tivemos, e que pudessem também curtir a interação, as conversas, os “networking”. Como os convidados falaram, há um desconto no ingresso para quem submeteu trabalho, mas, na minha opinião, ainda fica caro para um iniciante ou um trabalhador comum. Os convidados falaram também que algumas empresas pagam a inscrição de quem submeteu trabalhos (como CPEA e Reconditec), mas, acho que as empresas que fazem isso são minoria e mesmo nessas, se o trabalhador é do campo ou iniciante, seria difícil ele ter condições de elaborar um trabalho adequado ao nível da Conferência. Não sei, talvez a nossa comunidade como um todo, de repente não a AESAS como Associação das empresas, que tem como objetivo atender as demandas das empresas (e essas foram plenamente atendidas na Conferência, é inegável), mas talvez alguma entidade diferente, com mais relação com os trabalhadores do GAC, deva pensar em uma forma de fazer esse acesso, de repente até um outro evento diferente, voltado para esse público

Como eu disse, nada que tire o brilho do evento, é claro, o saldo é tremendamente positivo. Tão positivo que estamos falando da Conferência há um bom tempo e ainda traremos coisas discutidas lá. Enfim, são ideias para contribuir e melhorar ainda mais

Espero que vocês gostem

 

Episódio no Youtube: https://youtu.be/2u-YsGfAr3g

Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/episode/7a6YqFXnpSgfAVMN25Y19I?si=Dr3f0hxiRJmLpalY7Lr2ew

 

Na próxima semana, no Episódio #125, mostraremos o terceiro episódio da série que irá repercutir a II Conferência AESAS sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Nesse 3º episódio da série, vou conversar com duas pessoas que são do GAC, mas atuam “do lado de lá”, ou seja, no “cliente”, de quem paga a conta. Alick Boden é Geólogo, e atualmente trabalha na Even, uma construtora e incorporadora, e Ábila Gabriela de Moraes, que já foi entrevistada aqui no Episódio #068, que trabalha atualmente na Ipiranga. Os dois vão comentar o que eles viram de mais importante na Conferência, mas da ótica do Responsável Legal, do cliente. Eles explicam como a notícia da Conferência chegou para eles, como eles se prepararam para ir, o que eles viram de importante e quais tendências eles apontam para os seus mercados. Além disso, eles falam sobre como eles próprios fizeram a migração, de profissionais de Consultoria para atuar do lado do cliente, ainda com GAC. Falam de como os projetos melhoraram com a participação de um profissional como eles do lado do cliente, pois a comunicação técnica fica facilitada. Pelo lado do cliente, é bom ter uma pessoa que entende a técnica, entende a linguagem do mercado, mas está “vestindo a camisa” do empreendedor. Por fim, eles falam sobre os seus mercados, se são “vilões da contaminação” ou se são os “bonzinhos que remediam os passivos”. Não percam!!!!

 

Temos planejados outros episódios sobre a Conferência, vamos tentar trazer para todo o mercado, principalmente para quem não pôde participar, os grandes temas e as grandes discussões que aconteceram naqueles três dias, com diferentes visões. Então, aguardem que ainda falaremos muito sobre o maior evento da América Latina sobre o GAC.

 

Ainda falando sobre o nosso Podcast, o episódio #125 foi também uma comemoração de 2 anos da nossa campanha de financiamento coletivo no Apoia.Se. Há dois anos começamos essa campanha, e as contribuições financeiras dos 52 apoiadores e apoiadoras financeiras tem nos ajudado demais, primeiro a pagar nossos boletos e dar a tranquilidade e a obrigação de termos tempo para produzir os episódios, estudar, ouvir, gravar, discutir, conversar. E segundo, porque nos dá a motivação, a alegria e o orgulho de poder contar as nossas histórias para vocês, semana após semana. Eu, a Lillian e o Vini somos profundamente agradecidos a todas e todos que nos apoiam de alguma maneira, e aqui, especialmente, aos que podem nos apoiar financeiramente nessa campanha do Apoia.Se. Então, mais uma vez, muito obrigado!!!!

 

O Nosso Podcast Áreas Contaminadas tem o patrocínio Master da Clean Environment Brasil (www.clean.com.br ), e o Patrocínio Ouro do Laboratório Econsulting (http://econsulting.com.br/) e da Vapor Solutions (www.vaporsolutions.com.br)

 

Agradeço demais a todos vocês que nos acompanham, ouvem, leem, comentam, mandam notícias, enfim, contribuem para que o nosso trabalho continue ajudando as pessoas do mercado, especialmente os trabalhadores e trabalhadoras que não têm tanto acesso às novidades, aos cursos, aos eventos. Vamos em frente!!!

Mais uma vez, muito obrigado!!!!

 

Ainda sobre os nossos canais, resolvemos reativar nossa página no Facebook, que estava um pouco abandonada. Pretendemos fazer parte da nossa comunicação também por lá, pois muitos amigos e amigas nos pediram isso, pois acessam mais aquela rede social.

Enfim, para que vocês não percam nossas atualizações, se inscrevam na página da ECD: https://www.facebook.com/ecdambiental

 

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

Recebi essa semana algumas contribuições muito legais de: Manoel Riyis Gomes, Lucas Venciguerra, José Gustavo Macedo, Tamara Dias. Obrigado, pessoal!!!!!  Quem identificar erros ou falhas, ou quem tiver dicas, críticas, sugestões para dar, por favor, me mande, para rechearmos esse espaço com as ideias de vocês.

 

- Recebi, nessa última semana, algumas vagas de emprego para divulgar: Geointegra (Coordenador de Projetos de Remediação, Coordenador de Projetos Plano de Investigação e Coordenador de Projetos para Relatórios), Waterloo (Analista Trainee, Junior e Pleno). Soube também de várias outras vagas não anunciadas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo, compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- A parceria SENAC e AESAS está com muitos projetos para esse 2º semestre. Um deles é um curso de Formação Continuada, de mais de 200 horas, em Gestão de Dados Ambientais. Esse curso será basicamente às segundas-feiras à noite, online e alguns sábados por mês, em encontros presenciais lá no SENAC. Vai ser algo novo, e muito importante para o mercado. Confira os detalhes em www.aesas.com.br/eventos ;

 

- Também temos um curso muito legal, com inscrições abertas: Investigação Detalhada, que será online, ao vivo, às terças e quintas, entre 04 e 20/10. Tenho a honra de coordenar esse curso que contará com muitas feras da investigação, como Paulo Lima, Niltin Miyashiro, Lyvia Sousa, Heitor Gardenal, Julio Vilar, Cristina Maluf, Rafael Sato, Tamara Dias, Leticia Gemignani e outras. Vai ser bem legal. Quem tiver interesse, se inscreva. Detalhes (sem trocadilho) em www.aesas.com.br/eventos

 

- Domingo que vem teremos eleições no Brasil, como todos vocês sabem. Além dos cargos de Presidente e Governador, teremos a oportunidade de escolher o novo Congresso Nacional e as novas Assembleias Legislativas. Seria chover no molhado falar da importância das eleições, e especificamente dessa eleição, então, conclamo todo mundo que está lendo a comparecer nas urnas e escolher seus candidatos e candidatas para que tenhamos um Brasil melhor e mais justo. As votações para Presidente e Governador têm dois turnos, como todo mundo sabe. A eleição para o Senado é em turno único e, nessa eleição, temos 1 vaga em disputa. No caso do estado de SP, será a vaga deixada por José Serra, eleito em 2014 e que tem o mandato terminando esse ano. É uma eleição simples, o mais votado entra. Para deputado (federal e estadual), a coisa é um pouco mais complexa e não sei se todo mundo está sabendo da regra. O seu voto vai inicialmente para o partido ou federação. Partido vocês já sabem o que é, Federação é uma associação de partidos que atua como um só. Bom, seu voto vai inicialmente para esse partido, e aí ao mesmo tempo se obtém o quociente eleitoral, que é o número de votos válidos dividido pelo número de vagas. Tomando como exemplo o estado de SP, estima-se que haverá algo em torno de 21 milhões de votos válidos. Como são 70 vagas para deputado federal em SP, o quociente eleitoral é de 300.000 votos. Então, a cada 300.000 votos, o partido ou federação tem direito a indicar 1 deputado federal, e essa “ordem” de indicação é escolhida pelo povo, ou seja, é o mais votado dentro daquele partido. Mas tem uma outra regrinha. Imagine que um partido X tenha um candidato com 3 milhões de votos e 9 candidatos com 100 votos cada. Com 3 milhões, o partido teria direito a 10 vagas, então, entrariam todos os 10. Só que tem uma regrinha chamada “cláusula de barreira individual”, que diz que somente candidatos com pelo menos 10% do quociente podem assumir suas vagas. Então, nesse exemplo, os candidatos teriam que ter pelo menos 30 mil votos para se elegerem, e assim, o Partido X fica com só um deputado, ao invés de 10. Portanto, escolham seus candidatos com muita atenção, carinho e sabedoria. Um outro ponto que eu gostaria de ressaltar. Imaginem que houvesse um candidato que tivesse como pauta fomentar as newsletters e podcasts que falam de áreas contaminadas, uma pauta que me interessa muito pessoalmente. Em geral, uma pessoa tem a tendência a votar nesse tipo de candidato. Só que, primeiro, o voto não vai para esse cara, vai para o partido, então, ao votar nele, estou votando no partido dele, e as ideias do partido têm de fazer sentido para mim. Ainda que esse candidato seja eleito (e é muito difícil, como vocês podem imaginar, afinal, ter 30 mil votos não é nada simples), não adianta um deputado que luta pelas Newsletters de áreas contaminadas em 1 projeto de lei, mas passa 4 anos votando contra o que eu penso. Por exemplo, se esse cara e o partido dele em peso votasse a favor da destruição da terra indígena, a favor do desmatamento, contra a educação pública, contra os direitos dos trabalhadores, a favor dos lucros dos bancos. Não adianta ter uma pauta boa, porque essa pauta não é o cerne da atuação de um deputado. Não é porque o deputado é da sua região, ou defende alguma coisa específica de seu interesse, por exemplo, direito dos animais, que ele será um bom deputado. Até porque ninguém será abertamente contra os direitos dos animais, mas curiosamente muita gente tem sido contra os direitos dos trabalhadores no Congresso. Enfim, pensem com carinho em seus candidatos e candidatas até naqueles que a gente não costuma dar muita atenção, como os deputados federais e estaduais. Como o voto é secreto, não vou declarar os meus, mas com certeza vou escolher com carinho. Mais informações: https://www.camara.leg.br/noticias/544742-deputados-sao-eleitos-pelo-sistema-proporcional-veja-como-funciona/   

 

- Vocês devem ter ficado sabendo dessa notícia absurda. Faxineira lavando a calçada com mangueira é agredida na rua. Para quem não acompanhou o caso, basicamente é o seguinte: tem uma senhora, uma trabalhadora doméstica, lavando a calçada com uma mangueira de água. Aí, vem um homem jovem, aparentemente com boas condições financeiras, morador daquele bairro de alto padrão, correndo na rua, com seu cão. A moça recolhe rapidamente a mangueira para não atrapalhar. No entanto, o cara passa pela pessoa, volta, troca algumas palavras em posição visivelmente agressiva, toma a mangueira das mãos da mulher e joga água nela, deixando-a toda molhada, larga a mangueira no chão e torna a correr. A mulher entra na casa toda molhada. Em depoimento posterior, ela disse que o homem reclamou que ela estava “gastando água”. Vamos considerar que seja verdade, e provavelmente esse tipo de conflito ocorre em vários lugares no Brasil. Vejam que coisa: em nome do ambientalismo, que nós somos totalmente a favor, o opressor se acha no direito de subjugar o oprimido. Mas, refletindo melhor, embora seja algo ruim desperdiçar água potável lavando a calçada, esse desperdício representa muito pouco em termos ambientais. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a Sabesp perde, em suas linhas de 25-30% de toda a água potável, imaginem quantas mangueiras precisariam estar ligadas para dar 30% de toda a água da Sabesp . Obviamente devemos fazer a nossa parte, mas não ter a consciência que há problemas muito maiores contra os quais devemos lutar é um ambientalismo míope, ou “ambientalismo liberal”. Isso para não falar que a agricultura consome cerca de 70% de toda a água doce do planeta, e a maior parte dessa água é consumida pela agroindústria, de monocultura, que visa o lucro. Então, as perdas são coletivizadas, socializadas, e os lucros são internalizados. Mas o cara com seu cão não percebe isso, não se revolta contra isso. Na minha opinião, o “Pensar globalmente e agir localmente” acabou saindo pela culatra e criando esse tipo de ambientalista, que oprime os mais pobres para que suas ideias de um ambiente equilibrado prevaleçam.    https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2022/09/20/faxineira-agredida-em-calcada-faz-representacao-criminal-contra-acusado-em-bh.htm

 

- Dica de Lucas Venciguerra: vídeo que fala sobre a Geodiversidade da América do Sul no eixo do Trópico de Capricórnio. Produção muito bem-feita, vale a pena assistir. https://www.youtube.com/watch?v=dXYUK32s2uo

 

- Notícia preocupante: o Bahrein pretende aumentar em 60% o seu território “construindo” ilhas artificiais no Golfo do Bahrein, no Oriente Médio, a maioria delas para construir imóveis e hotéis de altíssimo luxo. Imaginem o impacto ambiental disso. https://www.uol.com.br/nossa/colunas/terra-a-vista/2022/09/18/o-pais-que-vai-aumentar-a-propria-area-em-60---o-que-pode-ser-um-desastre.htm .

 

- Temos falado aqui de problemas de saúde do trabalhador como Burnout, Grande Renúncia, Quiet Quitting, e hoje trazemos algo novo, mas igualmente nocivo para o trabalhador: o “Boreout”, um misto de Burnout com boring, ou seja, trabalho muito tedioso, não desafiador mentalmente. Gostaria de lembrar que o Taylorismo e o Fordismo implementaram justamente isso: processos, linha de montagem, trabalho fragmentado e alienante. Agora há um reconhecimento disso, o que já é um avanço.    https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/09/19/voce-talvez-conheca-o-burnout-mas-e-o-boreout-veja-diferencas-e-prevencao.htm

 

- Semana passada, falei sobre problemas ambientais no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Ali, o desmatamento ilegal do Cerrado vai comprometer as nascentes dos rios nesses 4 estados. Muitos rios que nascem ali são da bacia amazônica ou da bacia do Tocantins-Araguaia, como falou Marcelo Camargo no episódio #117, para vocês terem a noção da importância. E o desmatamento é para o agronegócio, especialmente soja. Em 2021, a área perdeu 390 mil hectares de mata nativa, 23% de tudo o que foi desmatado no Brasil em 2021. O Ministério Público diz que legislação mais frágil favorece crimes ambientais. O Cerrado está sofrendo as consequências disso. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/09/17/desmatamento-ilegal-pode-comprometer-nascentes-de-rios-em-quatro-estados-alertam-ambientalistas.ghtml?

 

- Dica da nossa amiga Tamara Dias: um cara comprou mercúrio e fez, no seu quintal várias experiências interessantes e muito perigosas. Não repitam isso em casa, mas vejam que interessante a relação da densidade do mercúrio com a bigorna de ferro. E vejam também a tensão superficial e o que é um fluido molhante. Perigoso, mas interessante. Na verdade, muito mais perigoso que interessante, mas vale a pena dar uma olhada. https://youtu.be/f5U63IGmy6Q

 

- Para aqueles que, como meu filho e meus sobrinhos, curtem o jogo Minecraft, vejam uma obsidiana do mundo real. https://twitter.com/SpaceToday1/status/1571665613625466887?t=THZOxZMsMPlyrfptEAi62Q&s=08

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (https://youtube.com/c/ecdtraining ) passamos dos 1100 inscritos!!!!!! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 467 inscritos, no Facebook (https://www.facebook.com/ecdambiental ) temos mais de 900 seguidores, e no Instagram (@ecdambiental) já passamos dos 1080 seguidoras e seguidores e 56 colaboradores financeiros no Apoia.Se.

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.

 

Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER

 

Marcos Tanaka Riyis

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